Com a idéia inicial de fazer um esquema totalmente DIY, enfim chegou o dia em que se colocaria em prática as idéias discutidas nas reuniões que antecederam nos arredores do centro de Uberlândia por um grupo de pessoas que se encontraram algumas vezes. A entrada tinha um valor irrisório um pacote de macarrão, no qual seria doado para a APAC(Associação de Proteção e Assistência aos Condenados) ótima iniciativa de caridade à quem realmente precisa.

Marcado para começar as 18:00 horas e com o forte discurso de pontualidade, o evento se inicia com um atraso de cerca de 30 minutos, com a exibição do vídeo ”Vivendo de rock no Espírito Santo”de 2007, dirigido por Mila Néri no qual mostrava algumas figuras da cena do ES dando depoimentos de como é a vida de quem vive do rock, o início, os obstáculos e dentre outros aspectos em seguida um pequeno e interessante debate no qual contou com alguns comentários de algumas pessoas presentes, discutindo, essa questão da cena mesmo, do DIY, dos ”corres” que se tem que fazer para que algo no meio aconteça. O evento contou também com a venda de lanches vegetarianos, feitos por Aline Ludmila, Júlio, Joao Vitor e Thiago, que por sinal estava realmente bom. Então vamos às bandas, a primeira a se apresentar foi a Melvin Blast, banda original de Uberlândia, executava um Punk rock animado, inclusive ouvi algumas pessoas me dizendo ”Punk colegial” ou ”Punk adolescente”. Logo de inicio, alguns que estavam na frente puxaram um ”Surfing Crowd” com algumas pranchas, repertório próprio e contando com alguns covers como Blink 182 e Bad Religion, o que fez alguns presentes cantarem junto ao microfone no palco. A banda fez um show cativante, não muito curto, no entanto a massa maior de pessoas seria da próxima banda. Heart 72, banda também de Uberlândia, que executou um show frenético, musicas próprias, stage dives, na ”Mosh Area”,moshs e o surf que seguia firme também, Raul(vocal) dedicou um cover de Step Down do Sick of it All(que por sinal foi cantado em massa pelos presentes) em nome do Caleb (ex- vocalista do Attero banda local), um dos organizadores do evento, que ajudou a fazer a correria, busca do local, venda de ingressos e dentre outras funções. Mas voltando a apresentação da banda, o pogo não parava, e depois de algumas musicas, foi então que sobe ao palco os Membros que tocaram no Fuerza Douglas, João Victor e Thales se juntaram a Geléia e Karcassa que já fazem parte do Heart 72, e tocaram alguns sons, dentre eles um cover de Casa de Caboclo da banda de SP Point Of no Return, a intensidade do público ainda permanecia ” na alta”. Depois da pequena participação do Fuerza, encerra-se a apresentação da segunda banda do dia. Após um pequeno intervalo, colocou-se o vídeo ”Bela Dona: meninas na cena punk” dirigido por Anelise Paiva, que mostrou a participação das mulheres no Hardcore/punk, e em seguida outro pequeno debate, comandado “comandada” por DUAS garotas – com envolvimento de alguns ali presentes que, inclusive, enriqueceram pra cacete a discussão, tal como o padero – , Aline Ludmila e Amanda., no qual foram discutidos a questão da mulher no meio musical, já neste debate houve uma maior participação dos presentes, discutindo os preconceitos e interesses sobre a figura feminina na música, muitas vezes subestimada e deixada em segundo plano. Passado o debate e o vídeo, sobe no Palco a DYF, banda já um pouco mais conhecida na cidade, o palco era tomado seguidamente por pessoas que cantavam em coro junto com Ávner as musicas da própria banda e logo em seguidas caiam no ”Mosh Area” como estava escrito no chão, Um dos pontos mais altos do show, foi o cover do Colligere, este sim, o público mais na frente do palco cantava em coro e frenéticos, a banda fez um show também intenso, no entanto o público já era um pouco menor, porém não menos mosh nem ”surfing crowds”. Sai banda entra banda, era a vez da última banda; o Outra Chance, como as outras também originais de Uberlândia, com seu Hardcore Old school, fez uma apresentação também frenética, porém com um público já menor em relação ás anteriores, o que não os fez tocar menos intenso. Uma performance bem executada, a banda seguiu com seus sons próprios e alguns covers que também fez agitar bastante publico frontal. A discotecagem do evento abrangeu sons de bandas de hardcore de Uberlândia, iniciativa discutida durante as reuniões o que é interessante, pois mostra ao público mais novo no meio o que já acontecia no cenário a mais tempo. Em minha sincera opinião, eu digo, curto hardcore, porém o som das bandas apresentadas não é o que costumo ouvir, mas parabenizo o Coletivo HC Udi e as bandas que deram suas melhores performances, o que fez acontecer o evento no esquema totalmente DIY, organização 100 %, vídeos apresentados e debates foram ótimos também, regulagem de som perfeita,o lanche também está de parabéns, enfim, ocorreu tudo conforme planejava-se, mais uma vez parabéns ao coletivo, e as bandas, pois é este caminho para que ocorra uma cena bacana no underground em várias vertentes, tanto no hardcore, tanto no metal quanto punk e etc.

 

Feito por Luiz Felipe

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Sejam bem-vindos ao meu mundo onde a música é pesada, a arte visual é uma paixão e a tecnologia é uma busca incessante pela excelência. Sou um aficionado por Death, Thrash, Grind, Hardcore e Punk Rock, trilhando os ritmos intensos enquanto mergulho no universo da fotografia. Mas minha jornada não para por aí; como programador e analista de segurança cibernética, navego pelas correntes digitais, sempre sedento por conhecimento e habilidades aprimoradas em um campo em constante mutação. Fora do reino virtual, vibro intensamente com as cores do Boca Juniors, e meu tempo livre é uma mistura de leitura voraz, exploração de novos lugares e uma pitada de humor. Seja nas areias da praia, nas trilhas das montanhas, acampando sob as estrelas ou viajando para terras desconhecidas, estou sempre pronto para a próxima aventura. E claro, não há nada que eu ame mais do que arrancar um sorriso do rosto das pessoas com minhas piadas e brincadeiras. Junte-se a mim nesta jornada onde a música, a tecnologia, o esporte e o entretenimento se entrelaçam em uma sinfonia de diversão e descobertas. E lembrem-se: Hail Odin e um firme 'foda-se' ao fascismo e ao nazismo!