Perguntas: Cremogema
Respostas: Fernanda

1- A cena anda propicia para o grind/ death ?

Cara, acho que de modo geral tem sido bem favorável para o som extremo. Grind é sempre mais difícil, porque são poucas bandas, poucos lugares a fim de fazer o som. Mas temos tocado com uma certa freqüência pra um publico bem legal e na real o que importa pra gente é fazer barulho sempre! (risos)

2- Quando vocês falam em propaganda terrorista anti-humana, afinal o que querem dizer?

Olha, tem toda uma filosofia por trás disso… O conceito do Forbidden Ideas… (idéias proibidas) está ligado à questão da natureza humana. O ser humano é mau, é podre, é egoísta, etc etc etc e as nossas letras sempre trazem temas que escancaram essa podridão humana. A gente fala sobre coisas que todo mundo já pensou em fazer, mas nunca vai ter coragem de contar pra ninguém NUNCA ou porque é muita maldade ou é moralmente inaceitável, sei lá…a gente explicita a decadência da humanidade, mostra como somos podres e o mundo só é esse lixo por nossa causa e a cada ano a gente consegue fazer pior.

3- Foi muito trabalho até o show de estréia da banda e lançamento da demo “Choking With Shattered Glass” ?

Não muito na verdade. Nosso 1o show aconteceu muito rápido! Quando começamos o FI, tocávamos as músicas que já haviam sido compostas pelo Cláudio (guitarra). Então nossos primeiros ensaios eram sempre uns 4 covers (extreme noise terror, assesino, brujeria, anal cunt….algo assim) e mais umas 4 ou 5 músicas que o Claudio já havia feito e a gente ia tirando e acertando os detalhes. Acho que uns 2 meses depois fizemos nosso 1o show! Lembro que nosso set list tinha no Maximo 8 musicas (risos) mas foi MUITO legal.

4- O que vocês ganharam de experiência durante este ano que tiveram entre a demo e o debut ?

Muito aprendizado. A banda foi amadurecendo, fomos aprimorando a complexidade das musicas. A prioridade era, por um lado, tocar ao vivo pra ganhar entrosamento e experiência, e em estúdio precisávamos compor. Foi uma fase bem intensa e bem produtiva. Ficamos bem satisfeitos com o resultado do 1o disco até porque tudo foi tão rápido…

5- Com a saída Bizarro e entrada de Parmito nos vocais na sua visão o que a banda ganhou e perdeu?

Fernanda:
É sempre muito difícil um processo de separação. A saída do Bizarro foi um processo complicado e lento. Todas da banda eram muito unidos, muito amigos e muito presentes um na vida do outro. Foi bem complicado, mas acho que foi o melhor para todos!!

Depois de muitos testes e quase 8 meses sem vocal, o João (batera) foi falar com o Parmito – eles tocaram juntos no FDS (banda de crust do ABC) – pra saber se ele topava entrar na banda e ele aceitou. Tirou as 17 músicas do set list em 1 mês perfeitas! Ficamos impressionados. Daí voltamos a marcar shows, terminar as musicas compostas e a banda tomou um novo fôlego! Ele é um puta vocal e trouxe um novo animo pra gente!! Agora estamos nos preparando pra gravar essas musicas novas e já estamos compondo outras.

6-Quando descobriu que o baixo era onde estava concentrada sua energia?

Fernanda:
Cara, foi no começo dos anos 90 quando ouvi Sepultura e Slayer pela 1ª vez na vida! Eu tinha uns 10 ou 11 anos e pirei total! Abriu um mundo novo a minha frente…eu estudei musica desde os 5 anos de idade, já tocava outros instrumentos e sempre ouvi rock e metal dos anos 70 influenciada pelos meus pais, mas quando ouvi essas 2 bandas meu mundo virou do avesso e queria tocar metal de qualquer jeito, aí corri pra comprar um baixo, porque sempre achei o som e o groove mais interessantes, e abandonei as aulas de piano! (risos)

7-Qual o significado do grind/death em sua vida?

Eu não restringiria só a esses estilos. Não sou muito adepta a esses rótulos todos e nem curto radicalismos, prefiro dizer que me criei no rock e no metal e eles sempre fizeram parte da minha vida. Quando criança ouvia muito rock e muito metal dos anos 70, nos anos 80 eu adorava o Kiss e o Metallica, depois dos 90 acabei preferindo os estilos mais extremos e até mais underground. Em tempo, se minha vida tivesse trilha sonora, 100% seria rock e metal!

8- BATE E VOLTA:

4 bandas nacionais: Sepultura (só a fase com o Max) Krisiun, Hutt, Zumbis do Espaço

4 bandas internacionais: só 4???? Não dá Morbid Angel, Napalm Death, Misfits, Nasum, Atari, eenage Riot, Vader

1 livro: queria ter mais tempo pra ler gosto do Cavaleiro Inexistente do Ítalo Calvino ultimamente tenho lido mais quadrinhos ou uns textos meio cabeçudos de filosofia

1 cd: Crown of Creation do Jefferson Airplane (1968) Psicodelia viajante de ácido, com um pouco de peso em algumas musicas e linhas de baixo geniais em todas as faixas.

nos tempos livres: ouvir musica e tomar cerveja

Falando de hardcore ….

9- Você é a mais nova integrante da família Calibre 12; como é conviver agora com os novo companheiros?

Pois é!! É MUITO na boa, até porque já conheço os caras ha pelo menos uns 10 anos. É irmandade total!

10- Como você recebeu o convite para entrar na banda, e por aceitou já que toca em uma banda com um estilo bem mais agressivo sonoramente?

Então, foram vários fatores: eu já conhecia a banda pessoalmente há muitos anos, ja tinha feito até uns trabalhos meio de produção, de ajudar a marcar show, essas coisas; já tive uns projetosde musica em paralelo com o Oscar (batera), treinei muay-thai com o Navau por bastante tempo, e meu irmão (que também é guitarra do Forbidden ideas) já está na banda há uns 2 ou 3 anos. Por isso, quando o baixista saiu da banda eles me ligaram e obviamente eu aceitei! Eles são tão família quanto o Forbidden e eu não me restrinjo a estilos de som.

11- O que a cena precisa pra crescer cada vez mais?

Independente da cena, a galera precisa se unir mais. As bandas se falarem mais, armarem mais shows, inclusive fora dos circuitos mais conhecidos. Precisa parar com as panelinhas de banda e de galera, com os radicalismos entre os estilos. Cara, é tudo underground, é todo mundo igual, fudido igual!

12- Qual a sua profissão? É possível conciliar com as duas bandas?

Sou produtora cultural, trabalho numa consultoria voltada para patrocínios empresariais…é meio difícil de explicar, mas tem sido relativamente tranqüilo tocar com as 2 bandas e ainda trabalhar. Claro que quando tem algum evento que estou produzindo aí a vida para por alguns dias mas nunca interferiu nas bandas

13- Deixe sua mensagem para os fãns do Calibre e do Forbidden Ideas.

Queria agradecer a todo mundo que apóia o underground nacional e vai nos shows do FI e do Calibre! Sem vocês não existe nada! Estamos todos juntos! Valeu!

Valeu também Cremogema e o Cultura em Peso!!

Até mais!

Cremogema (cep)
14- Contatos:

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Cremo
Sejam bem-vindos ao meu mundo onde a música é pesada, a arte visual é uma paixão e a tecnologia é uma busca incessante pela excelência. Sou um aficionado por Death, Thrash, Grind, Hardcore e Punk Rock, trilhando os ritmos intensos enquanto mergulho no universo da fotografia. Mas minha jornada não para por aí; como programador e analista de segurança cibernética, navego pelas correntes digitais, sempre sedento por conhecimento e habilidades aprimoradas em um campo em constante mutação. Fora do reino virtual, vibro intensamente com as cores do Boca Juniors, e meu tempo livre é uma mistura de leitura voraz, exploração de novos lugares e uma pitada de humor. Seja nas areias da praia, nas trilhas das montanhas, acampando sob as estrelas ou viajando para terras desconhecidas, estou sempre pronto para a próxima aventura. E claro, não há nada que eu ame mais do que arrancar um sorriso do rosto das pessoas com minhas piadas e brincadeiras. Junte-se a mim nesta jornada onde a música, a tecnologia, o esporte e o entretenimento se entrelaçam em uma sinfonia de diversão e descobertas. E lembrem-se: Hail Odin e um firme 'foda-se' ao fascismo e ao nazismo!