Confira a entrevista com a banda Adjudgemente da Alemanha!
1 – Juntos desde de 1993, qual o aprendizado que a banda ganhou?
Olá! Meu nome é Markus e sou guitarrista do Adjugement. Os outros são Ruven (bateria), Marc (vocal) e Wilko (baixo) e nós tocamos HC oldschool. Ruven e Marc são irmãos, Wilko é seu primo. Portanto, é uma espécie de família. O segundo nome dos outros pe Brodowski. Eu sou o único que tem um nome diferente. Mas nos conhecemos desde o jardim de infância, nós somos do mesmo lugar, e em 1992 decidimos começar uma banda.
2- Human Fallout é o novo trabalho de vocês, o que mais mudou neste álbum em comparação com o anterior?
Com o Human Fallout, nós tentamos voltar às raízes. Isso tem a ver com o fato de que voltamos com a formação que tínhamos em 1993: quatro de nós com apenas uma guitarra. Entretanto, fazer o som do Adjudgement do nosso jeito. Temos que ter algumas restrições. Especialmente eu e minha guitarra. Eu quero que as músicas soem ao vivo da mesma forma que soam no cd. Então quando tocamos com apenas uma guitarra, não faz nenhum sentido gravar sete ou oito vezes ou algo com efeitos diferentes. Soa bem no cd, mas ao vivo não é possível fazer com que soe como nos cds.
Esses dois cds são diferentes nesse ponto, porque com o Tim nós tínhamos uma segunda guitarra que nos dava possibilidades diferentes nos arranjos. Hoje todos nós fazemos as composições, Wilko, Ruven e eu, sabemos sobre as restrições e não nos sentimos mal por causa disso. Com a diferença que nos outros álbuns nós planejamos gravar na nossa própria sala de ensaios para depois mostrar para o nosso engenheiro de som Marc Dörge da Tank Records. Mas nós descobrimos que isso era mais dificil do que imaginávamos. E no final só podíamos usar a bateria nas gravações. O resto da gravação era separada. Wilko ia para o estúdio com Marc Dörge e gravava como um maníaco todas as noites e eu trabalhava nas guitarras com meu bom amigo Jens Schwanbeck no seu estúdio Woodpecker. Trabalhamos com isso dois meses, mas no final, quando o vocal de Marc foi gravado, ficamos mais que felizes com o resultado.
3 – A banda soa agressiva nesse novo álbum, essa é a proposta para os trabalhos futuros?
Bem, depois de 15 anos na estrada nós agora achamos que o Adjudgement tem algo especial no seu próprio estilo musical e sonoridade. Existem várias matérias que a pessoa tentou nos comparar com outras bandas. Uma vez nós rotulamos nossa música como “No School Hardcore”, mas chamar nosso álbum Human Fallout de um álbum de hc oldshool com elementos novos e diferentes estaria tudo bem. E vamos seguir nosso caminho do nosso jeito!
4 – A banda programa algo para o fim desse ano?
Nós queremos sair em turnê no outono deste ano por causa do nosso aniversário de 15 anos pra tocar em alguns shows nos fins de semana. O plano é tocar em lugares onde nós já estivemos várias vezes, nos divertir. Tocar junto com bandas que se tornaram nossos amigos através dos anos.
Nós estivemos escrevendo novas canções e pensando sobre fazer um álbum especial de 15 anos com velhas e novas músicas… Talvez também um vídeo (profissional) e outras coisas.
Infelizmente todos nós estamos muito ocupados com o trabalho e coisas particulares no momento, então não temos muito tempo para tomar conta desses projetos. Mas vamos fazer isso, mesmo que leve mais tempo.
Porque fazemos tudo sozinhos (reservas, planejamento, etc.), claro que às vezes alguns amigos nos ajudam, o que nos tira mais tempo.
5 – Na última turnê tocaram em mais de 400 shows, e vocês tocaram em grandes festivais da Europa como “Full Force And Force Attack”, que pode ser considerado patrimônio do hardcore, porque são fiéis ao seu estilo de vida. O que podem falar sobre isso? O que podem dizer de sua fase atual?
Eu posso te contar uma pequena história sobre isso…
Esse foi meu primeiro show de hardcore em 1992. Sick Of It All tocou em Hannover num pequeno clube perto do centro da cidade. Meu ingresso era número 351 e eu tinha certeza que não cabia mais gente no lugar. Wilco estava lá também e o show foi tão incrível, com tanta energia positiva que vinha do palco que resolvemos comprar o “Blood, Sweat and No Tears”.
Em casa nós ouvimos esse disco com nossos amigos Marc e Ruven e queríamos mais e mais shows. Depois do Sick Of It All em Hannover, no mínimo para mim e Wilco ficou claro que nós tínhamos que fazer música! Hardcore com significado, com uma boa mensagem. Isso não é como dizer “nós vamos fazer hardcore”, sem todos nós decidirmos isso. Então você poderia dizer que esse show do Sick Of It All e o disco deles foi o início para o Adjudgement.
Em 15 anos algumas coisas não desenvolveram bem na cena por um tempo, como esse sentimento de união que estava se perdendo pelo caminho e algumas coisas não eram importantes mais.
Naquela época eu estava sentindo que a cena estava começando a morrer. Claro, algumas das pessoas continuaram daquele jeito, mas as pessoas que “começaram” viviam de outra forma já. Isso torna as coisas complicadas. Mas nesses momentos eu tinha a sensação de que essas coisas podiam melhorar por causa do grande crescimento da cena que consistia de Alternativo, Punk HC e qualquer coisa parecida. Novas bandas como Bane, Comeback Kid, This is Hell ou America Endstand, ou Waterdown estão fazendo isso acontecer.
6- Bate e volta:
4 bandas nacionais:
– Settle The Score
– Waterdown
– Tackleberry
– Bullseye
4 bandas estrangeiras
– Sick Of It All
– Rise Against
– BANE
– Comeback Kid
1 livro:
“You should be beast” de Uzondinma Iweala.
1 CD:
“Blood, sweat and no tears” do Sick Of It All.
Uma frase:
Quem para de tentar melhorar a si mesmo, deixa de ser bom!
8- A banda já passou por algum momento ruim, e quase acabou?
Claro que surgem discussões de tempo em tempo, mas podemos lidar com isso e no final tudo fica bem… Quero dizer, somos amigos e não apenas companhia…
9- E me fale, qual foi a melhor turnê para vocês?
Em 2000 e 2002 fizemos turnês na Europa Oriental e experimentamos muitas coisas. Nós conhecemos muita gente e fizemos bons shows. A Europa Oriental vai continuar tendo esse charme especial, que a torna fascinante.
10 – Por quantas formações a banda passou?
De 1997 a 2004 nós tivemos um segundo guitarrista chamado Tim. Quando ele teve que parar, por causa de problemas com tempo, nós decidimos continuar com uma banda de apenas quatro integrantes como no começo.
11– O que é esperado do futuro nas suas vidas? Já pensaram sobre isso?
O bom resultado que conseguimos com Human Fallout fez a gente se encaixar e ousar mais para o futuro… então não há nada que podemos fazer para mudar isso agora, existem idéias para novas músicas e nós temos que decidir isso. Como eu disse sobre o plano que temos de um vídeo (que já temos algumas idéias).
Nossa gravadora é da Grã Bretanha e queremos tocar lá algum dia. E queremos também tocar nos maiores festivais da Alemanha!
12 – Existe alguma esperança para a humanidade e as atrocidades que estão acontecendo?
Você nunca deve perder sua esperança, mas no momento isso está muito difícil. A crise econômica mundial, guerras, fome, pobreza, descaso… Existem muitas coisas que você tem que se preocupar. Se você é idealista você deveria manter a esperança que isso torna possível manter as pessoas unidas.
Talvez uma sociedade como a Star Trek tem a solução certa. Uma ideologia básica são os bons valores. Mas para ser realista, isso vai levar muito tempo, mas enquanto formos uma banda somos capazes e vamos continuar tentando fazer as pessoas pensarem com nossas músicas.
13– Turnê pela América do Sul, alguma data agendada?
Claro que uma turnê ou alguns shows na América do Sul seriam ótimos, mas você precisa de uma equipe lá para tomar conta de tudo (transporte e assim por diante). E no final nós precisaríamos, no mínimo, dinheiro suficiente para passagens de avião e toda a viagem. Tudo tem que ser planejado muito bem e embora fazemos turnês por 15 anos, tenho medo não sermos muito conhecidos na América do Sul. Mas, se fosse oferecida uma turnê ai seria ótimo!
14 – Mensagem da banda e contatos.
Cuidem-se e mantenham o pensamento positivo!
Você pode escrever para a banda ou para mim:
[email protected]@adjudgement.de