RESENHA – Necrobiotic (cd-demo – Alive and Rotting)
Estou neste exato momento com uma dor fudida no pescoço, causada pelo cd-demo da banda Necrobiotic de Divinópolis. Ao ouvir este petardo do death metal nacional, a sensação que você tem não é outra senão chacoalhar seu cérebro até a cabeça cair, já que a porradaria come solta do início ao fim. Destaque especial para a capa, que honra filmes de pesquisa genética laboratorial tecnocrata ao estamparem 2 fetos dilacerados em meio a muito sangue, seringas e outros materiais cirúrgicos, e um logo muito bem desenhado . De quebra, o fundo conta com algumas engrenagens, que dão todo o clima para o som sinistro que vai estourar as caixas de seu estéreo. Legal também que os nomes das músicas vêem destacadas em meio a vários instrumentos cirúrgicos, lembrando muito as preciosidades do Carcass. Pois bem, de cara o Necrobiotic manda o som Into Necrobiotic, curta e direto ao ponto, mostrando qual a intenção da banda: fuder a vida dos seus vizinhos se tocado em um volume adequadamente ensurdecedor. A faixa Foie Gras possui um refrão muito bom, daqueles que ficam gravados na sua cabeça e te fazem lembrar da banda rapidinho. Já a faixa Shame, com passagens cadenciadas marcantes, solos de guitarra para os apreciadores e uma introdução que ilustra um ouvinte de rádio trocando as estações, chama muito a atenção, já que a intenção aqui parece ser criticar as rádios que hoje só possuem uma programação religiosamente inadequada para aqueles que não querem essa merda alienante chamada religião. Metal Hell é uma daquelas faixas mais porradas do disco, que com certeza, quando executada ao vivo, deve abrir uma roda de mosh muito foda!!! A faixa Alive and Rotting (homônima ao nome do cd-demo) já mostra uma pegada bem death old school me lembrando um Dismember. As faixas seguintes são Calamitous Epidemic e Viruses of Your Sickness, ambas me chamando muito a atenção pelos seus respectivos nomes e também execuções ultra-rápidas. Never Will, que também possui uma metranquera muito bem marcada do início ao fim, se inicia com uma intro bem sombria, além de contar com intercalações bastante interessantes entre as metrancas. Sweet Slow Death se inicia mais lenta, porém com um peso muito foda e uma base de guitarra que ajuda muito no processo de balançar miolos. Fechando Alive and Rotting, mais metranca com a faixa Reign of Him, muito boa por sua velocidade e bases que lembram um pouco de Deicide. Os vocais urrados de Flávio (guitarra/vocal) intercalados com os vocais mais gritados, somados aos riffs de guitarra muito bem feitos e a poderosa execução da bateria, com metrancas, bumbos duplos e levadas cadenciadas fazem do som do Necrobiotic algo digno de se prestar atenção ao underground nacional, principalmente o mineiro. Talvez o que seria um ponto fraco do disco é a falta do som do baixo, mas nada que comprometa a audição do material e muito menos a apreciação das músicas. Já tive oportunidade de conferir a banda ao vivo aqui em Belo Horizonte e meu amigo, eu te digo: se o Necrobiotic tocar perto da sua maloca, vá, pois terá um show com muita energia e uma oportunidade de poder conferir uma excelente banda do gênero. No todo, o Necrobiotic é muito honesto e altamente recomendável para os fãs do mais puro death metal. Para referências ao som da banda, eu citaria Malevolent Creation, uma pitada de Cannibal Corpse e as já citadas Dismember e Deicide. Que nós do underground possamos sempre contar com materiais da qualidade sonora e visual deste cd-demo do Necrobiotic – Alive and Rotting. Parabéns para os caras e vamos torcer para que em breve eles nos presenteiem com mais sons de qualidade. E em breve, postaremos aqui uma entrevista com os caras, falando um pouco mais do trabalho do Necrobiotic.

Feito por Egon – Expurgo!

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Cremo
Sejam bem-vindos ao meu mundo onde a música é pesada, a arte visual é uma paixão e a tecnologia é uma busca incessante pela excelência. Sou um aficionado por Death, Thrash, Grind, Hardcore e Punk Rock, trilhando os ritmos intensos enquanto mergulho no universo da fotografia. Mas minha jornada não para por aí; como programador e analista de segurança cibernética, navego pelas correntes digitais, sempre sedento por conhecimento e habilidades aprimoradas em um campo em constante mutação. Fora do reino virtual, vibro intensamente com as cores do Boca Juniors, e meu tempo livre é uma mistura de leitura voraz, exploração de novos lugares e uma pitada de humor. Seja nas areias da praia, nas trilhas das montanhas, acampando sob as estrelas ou viajando para terras desconhecidas, estou sempre pronto para a próxima aventura. E claro, não há nada que eu ame mais do que arrancar um sorriso do rosto das pessoas com minhas piadas e brincadeiras. Junte-se a mim nesta jornada onde a música, a tecnologia, o esporte e o entretenimento se entrelaçam em uma sinfonia de diversão e descobertas. E lembrem-se: Hail Odin e um firme 'foda-se' ao fascismo e ao nazismo!