No dia 02 de fevereiro de 2019, o Cultura em Peso esteve na audição de pré-lançamento do álbum CAOS CODIFICADO da lagunene Alkanza, banda que atualmente é composta por Thiago Bonazza (baixo e vocal), Renato Lopes (guitarra e b. vocal), Pedro Souza (guitarra e b. vocal) e Renê “Moskito” Ramos (bateria).
CAOS CODIFICADO conta com músicas desenvolvidas pela própria banda e letras assinadas por Thiago Bonazza. O álbum foi gravado, mixado e masterizado no Orland Stúdio – Criciúma/SC; a produção ficou nas mãos do grande Orland Bússulo; a arte foi construída por Renato Lopes; e a fotografia é de Alice Durante. Cabe destacar, ainda, que Ramon Scheper dominou a bateria durante as gravações de todas as músicas, pelo qual o grupo expressou grande gratidão.
As músicas presentes no disco são: “Vala ou Viela”; “Por Todos Nós”; “Desistir? Jamais!”; “Colonizados”; “Enganando o Destino”; “Primitivo Canibal”; “Moendo Ossos”; “Alkanza”; “Mundo Insano”; “Entre Órfão e Bastardos”.
Ao ouvir o CD, a impressão inicial foi bem favorável e causou um impacto muito bom. Inclusive, gostei das batidas presentes na intro e acho até que ela poderia ser estendida (quem sabe nos shows, heim?!).
No tocante a gravação, não há o que reclamar, foi muuuito bem feita!! As músicas estão bem apresentadas e trazem um desenvolvimento muito legal! Só acho que elas poderiam ser mais demoradas e com maior destaque do instrumental. O álbum ao todo totaliza pouco mais de 30 minutos.
Cabe lembrar que Alkanza apresenta-se como Trash Metal, mas muitas das novas músicas vieram com uma pegada de New Metal, trazendo algumas distorções fora do usual da banda. Mas isso não é ruim, muito pelo contrário!! Gostei bastante da inovação!! Ficaram beeem interessantes mesmo!! Eu até apostaria mais nisso, heim… só que sou suspeita (origens).
Em alguns outros momentos foi possível perceber certos traços de Rock’n roll (só que intensificados ao cubo, óbvio). Essa é outra questão interessante, muito boa e que, em conjunto com o observado no parágrafo anterior, pode chamar a atenção de apreciadores de outros subgêneros.
No tocante as letras, Alkanza não mudou muito o caminho, tendo em vista que já apresentava críticas relacionadas ao cenário político/social brasileiro. Percebi que agora estão um pouco mais focados nos “humanoides” e seus atos padronizados. Mas a essência é a mesma. Bastante interessante exteriorizar tais situações!
Gosto de ressaltar o fato de manter o idioma pátrio. Acho isso muito válido! Se estamos no Brasil e escrevemos para brasileiros, nada mais justo do que utilizar o português.
Quanto a parte poética das letras, não fiz a métrica, mas acho que elas encaixaram bem na melodia e expõem o que a banda quer passar para o público. Então, acredito que o objetivo será alcançado com êxito: Alvo abatido!
Então, creio que a junção das partes componentes do CD faz jus ao nome: CAOS CODIFICADO.
A arte da capa, de Renato Lopes, apresenta uma releitura da Teoria Darwinista da evolução humana que, após alcançar o homo sapiens sapiens (homem moderno), desencadeia numa visão de repetição de condutas, a qual foi caracterizada pelo centralizado código de barras. Aliás, boas escolhas para a criação, o resultado ficou muito bonito!!
Dessa forma, relacionando a arte com as letras e melodias, acredito que a ideia do álbum seja expressar uma crítica mais específica para a conduta humana, teoricamente evoluída, tendente a repetição de “condutas de aprovação duvidosa”. Achei boa a ideia e gosto da construção apresentada pelo CD.
Para finalizar, gostaria de destacar que a música que mais gostei foi “ALKANZA”. Ela tem um embalo diferenciado e um refrão daqueles que cola na mente. Posso até imaginar o efeito dele no público… “AL AL ALKANZA”!!
Então é isso, galera! Aguardem que o lançamento oficial é amanhã!!!
E parabéns pelo CD, rapazes!!
“Juntos até o último mosh!!”
Eu, Roberta Amélia. Nós, Cultura em Peso.