Os Guilt Trip, banda britânica de hardcore com influências de metal, foram os primeiros a subir ao palco da Sala Tejo naquela noite chuvosa de março. Iniciaram a sua performance com “Tearing Your Life Away”, estabelecendo imediatamente o tom agressivo e intenso que caracterizaria todo o seu set.

A banda apresentou uma mistura explosiva de riffs pesados e breakdowns esmagadores, criando uma atmosfera opressiva que capturou rapidamente a atenção do público. O vocalista Jay Valentine destacou-se pela sua entrega física e emocional, canalizando toda a raiva e intensidade das letras numa performance visceral.

Seguiram-se “Surrounded By Pain” e “Severance”, que mantiveram o nível de energia elevado. À medida que o set avançava, o público começou a reagir com mais entusiasmo, formando os primeiros circle pits da noite.

O ponto alto da atuação dos Guilt Trip chegou com “Burn”, momento em que o circle pit ganhou vida própria. A energia da banda parecia alimentar-se da resposta do público, com cada breakdown gerando novas ondas de caos na plateia.

O final do set foi particularmente memorável, com três “petardos” musicais: “Sweet Dreams”, “Broken Wings” e “Thin Ice”. Estas três levaram a energia do público ao auge, provando que a plateia estava mais do que preparada para o resto da noite.

Guilt Trip | @the.goldenrush

Em seguida, os belgas Brutus subiram ao palco, oferecendo uma performance que foi além das expectativas. Iniciaram o seu set com a intensa “War”, estabelecendo imediatamente uma atmosfera carregada de emoção. A vocalista e baterista Stefanie Mannaerts destacou-se pela sua impressionante capacidade de conciliar vocais poderosos com uma técnica de bateria precisa e dinâmica.

O público ficou especialmente entusiasmado com as interpretações de “Liar”, “Justice de Julia II” e “Miles Away”. Os Brutus encerraram a sua atuação com “Sugar Dragon”, recebendo uma ovação calorosa da plateia, que já estava completamente envolvida no espetáculo.

Brutus | @the.goldenrush

O momento mais aguardado da noite chegou quando os Architects subiram ao palco. A banda britânica de metalcore ofereceu uma performance “avassaladora”, a melhor palavra para descrever a sua entrega incondicional ao público lusitano. A energia da banda, liderada pelo carismático vocalista Sam Carter, criou uma conexão imediata com o público, resultando numa “simbiose perfeita” entre artistas e espectadores.

Carter não apenas impressionou com seus vocais potentes, mas também interagiu de forma divertida com a plateia. Trajando a camisola de CR7 da equipa das Quinas, sentiu-se desafiado a fazer o famoso festejo “Siiiiiiiiiuuuu!” de Cristiano Ronaldo, para deleite dos fãs portugueses.

Architects | @the.goldenrush

Os Architects apresentaram um setlist que incluiu tanto clássicos como material do seu mais recente e 11º álbum de estúdio, “The Sky, The Earth & All Between“. A mistura de riffs pesados, melodias cativantes e letras profundas manteve o público em êxtase durante todo o concerto. O encore foi particularmente memorável, com a banda executando “Seeing Red” e para fechar a noite, soltaram o seu “Animals”, duas faixas que levaram a energia do público ao auge.

Architects | @the.goldenrush

É importante notar que a inclusão de Lisboa nesta turnê europeia não foi sem desafios. Em entrevista prévia ao concerto, o baterista Dan Searle havia mencionado as dificuldades logísticas de trazer o espetáculo para Portugal. No entanto, o esforço claramente valeu a pena, pois sentiu-se na sala que o concerto foi unanimemente intenso, visceral e absolutamente inesquecível para todos os presentes.

Os fãs, que esperaram mais de dez anos para ver os Architects novamente em solo português, saíram da Sala Tejo da MEO Arena com a certeza de terem testemunhado um dos concertos mais marcantes do ano. Obrigado Prime Artists!!

 

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