Fundada há quase 40 anos, a banda estadunidense AT WAR segue na ativa com seu Thrash Metal, tendo em frente o baixista e vocalista Paul Arnold, que ao lado do guitarrista Shawn Helsel mantém intacta as características daquela década de ouro para o estilo e que tornou a banda “cult” com os álbuns “Ordered to Kill” (1986) e “Retaliatory Strike” (1988). Para falar sobre esta trajetória e planos futuros, o canal do YouTube HEAVY CULTURE bateu um papo com o frontman, que revelou estar sempre trabalhando em material novo, mas sem previsão de lançamento no momento, mas que deverão tocar uma música inédita no Maryland Deathfest, festival que será realizado em maio nos EUA.

Sobre o visual baseado em temas bélicos, Paul Arnold contou que se trata de algo que sempre o acompanhou desde criança: “Em primeiro lugar, éramos todos grandes fãs dos fãs de filmes da Segunda Guerra Mundial. Meu pai lutou na Segunda Guerra Mundial, então eu tive uma conexão direta apenas com essa geração, e quando criança ficava assistindo aos filmes da Segunda Guerra, onde nos primeiros dias eles usavam imagens reais nesses filmes em vez de atuação. Era muito legal ver essas coisas, mas como era uma criança, não sabia nada sobre os horrores da guerra. Então ao crescer eu carreguei isso comigo e depois durante a guerra do Vietnã, enquanto criança, eu via isso na TV o tempo todo. Meu irmão mais velho poderia ter sido convocado e não foi, mas nessa idade eu tinha uma ligação direta com os caras que estavam indo para o Vietnã também. Então ao crescer era algo que eu carregava comigo”.

Ainda sobre a temática que influenciou o AT WAR, o baixista/vocalista comentou, deixando claro que não há motivações políticas na banda: “Qual é a forma de agressão mais sincera do planeta? É a guerra. Boa, ruim ou indiferente, é a coisa mais agressiva que os humanos fazem, quer dizer, nenhuma outra criatura se mata como nós. Mas para nós era a imagem… Todo mundo está em guerra com alguma coisa, em vez de reclamar sobre isso e choramingar e chorar, saia e declare guerra ao que está incomodando você em sua vida e assuma o controle. Essa era a ideia toda, então era natural que todo o motivo da guerra tivesse surgido com as armas e a camuflagem e os cintos de bala… Não estávamos tentando fazer nenhuma declaração”. 

Para conferir o bate-papo com Paul Arnold, acesse:

O HEAVY CULTURE também estreou seu novo quadro, Heavy Ladies, com o episódio “Mulheres do Rock que admiramos”, com a participação de diversas mulheres ligadas à imprensa e canais de música nacionais. 

Assista ao Heavy Ladies:

Crédito da foto: Carlos Delagusta

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