No último dia 8 de dezembro, Lima foi palco do retorno de uma banda lendária do punk rock mundial, Bad Religion estava de volta ao Peru e prometia agitar o Teatro Leguia junto com todos os seus fãs que buscavam reviver os momentos agitados do passado. Tudo isso graças à Bizarro Producciones, que teve coragem e apostou novamente no público peruano, que mostrou total apoio e entusiasmo para este grande show.
Embora tenha sido surpreendente a ausência de uma banda de abertura, não teve um grande impacto, já que graças ao DJ responsável, o público já estava se aquecendo e se preparando fisicamente e mentalmente para a grande agitação que viria naquela noite.
“Fuck You, We’re Only Gonna Die e To Another Abyss foram as próximas músicas, onde, depois de um tempo, Greg pôde se comunicar com o público, porque, como todos sabemos, os concertos do Bad Religion e do punk rock em geral são diretos, todas as músicas direto ao ponto, e desta vez, não foi exceção.
Devido à ótima organização da Bizarro, nós, jornalistas, pudemos ficar no palco do recinto por 3 músicas e depois nos ofereceram um quarto para guardar nossas coisas e continuar cobrindo o concerto, mas agora da pista, do próprio campo de batalha.”
“Anethesia” e “Requiem for Dissent” foram as próximas músicas, momentos em que eu e meu colega percebemos a grande quantidade de gerações neste concerto. Podíamos ver pessoas na faixa dos 40 ou 50 anos, até jovens (que estavam na linha de frente) com idade entre 18 e 28 anos, uma verdadeira loucura.
Também conseguimos reconhecer alguns artistas da cena local, ficamos surpresos com a presença de Macha do Aeropajitas e Charly do Diazepunk, dois grandes cantores do punk rock peruano.
Depois de um pequeno bate-papo com o público, eles tocaram um clássico, uma música que todos nós já jogamos no Guitar Hero, falo de Infected do álbum Stranger than Fiction, que fez todo mundo na sala pular e gritar, incluindo eu. Do What You Want e No Control continuaram, mas nesse momento, já estávamos perto do palco, onde pudemos ver diferentes pessoas com seus copos de cerveja e sem camisa curtindo o concerto, revivendo a grande era de ouro.
21st Century Boy começou a tocar e o público pulava, girando camisetas e cantando “Cause I’m a 21st century digital boy, I don’t know how to live, but I’ve got a lot of toys”. Também foi possível ver uma bandeira clássica da banda, com o nome e a cruz riscada.
MOMENTO PERFEITO PARA FAZER ISSO, pois pouco antes de encerrar o concerto tocaram “Sorrow”, “You” e “Punk Rock Song”, onde posso garantir que o local quase desabou, inclusive meu colega, que estava usando sapatos formais, também curtiu o pogo nessas grandes músicas, clássicos do punk rock e da música em geral.
Para fechar com chave de ouro, tocaram “Generator” e a indispensável “American Jesus”. Foi nesse momento que, depois de algumas voltas no pogo, houve um encontro com uma grande personalidade mencionada anteriormente; estou falando do Charly, cantor do Diazepunk, que também estava aproveitando essas músicas clássicas e se jogou no pogo também.
Lembra quando disse que o pogo era inevitável? Pois nessas últimas músicas, NINGUÉM SE SEGUROU, todos pulavam, se empurravam ou cantavam junto, uma noite para ser lembrada.
No final, Brian Barker, o guitarrista, veio falar algumas palavras, mas infelizmente muitos de nós não conseguimos entender, devido à emoção do momento, à adrenalina, à barreira do idioma e à falta de ar naquele momento (hahaha).
Esta noite foi uma grande lembrança para muitos fãs da vida, foi uma noite cheia de nostalgia, de pogo e muito punk rock. O público peruano mostrou do que é feito e não decepcionou de forma alguma. Esperamos que isso continue abrindo portas no Peru para diferentes festivais internacionais que possam trazer artistas de alta qualidade, como Bad Religion. Agradecemos muito à Bizarro Live e ao Primavera Sound Festival por dar ao Peru essa grande oportunidade. Esperamos que tenham gostado da estadia neste maravilhoso país e que voltem a nos visitar em breve.