No último dia 8 de dezembro, Lima foi palco do retorno de uma banda lendária do punk rock mundial, Bad Religion estava de volta ao Peru e prometia agitar o Teatro Leguia junto com todos os seus fãs que buscavam reviver os momentos agitados do passado. Tudo isso graças à Bizarro Producciones, que teve coragem e apostou novamente no público peruano, que mostrou total apoio e entusiasmo para este grande show.

Embora tenha sido surpreendente a ausência de uma banda de abertura, não teve um grande impacto, já que graças ao DJ responsável, o público já estava se aquecendo e se preparando fisicamente e mentalmente para a grande agitação que viria naquela noite.

Bad Religion en el escenario en Lima. Fuente: Mario de la Cruz
Com a pontualidade britânica, a banda liderada por Greg Graffin subiu ao palco às 9:00 em PONTO, nem um minuto a mais, nem um minuto a menos, iniciando o tumulto com “The Defence“, uma faixa épica e perfeita que os acompanhou por toda a turnê no Primavera Sound Fest. As pessoas não se fizeram esperar e o espaço para agitar começou desde o primeiro minuto. Na sequência, “Against the Grain“, outro pilar da noite para dar início ao concerto. Com “Suffer“, tudo se tornou mágico, NENHUM CELULAR PODIA SER VISTO NO MEIO DO PÚBLICO; os peruanos optaram por aproveitar o momento antes de gravar (só nós, da imprensa, parecíamos estranhos gravando haha).
Bad Religion tocando Against the Grain. Fuente: Mario de la Cruz

Fuck You, We’re Only Gonna Die e To Another Abyss foram as próximas músicas, onde, depois de um tempo, Greg pôde se comunicar com o público, porque, como todos sabemos, os concertos do Bad Religion e do punk rock em geral são diretos, todas as músicas direto ao ponto, e desta vez, não foi exceção.

Devido à ótima organização da Bizarro, nós, jornalistas, pudemos ficar no palco do recinto por 3 músicas e depois nos ofereceram um quarto para guardar nossas coisas e continuar cobrindo o concerto, mas agora da pista, do próprio campo de batalha.”

Greg Graffin y compañía en el escenario. Fuente: Mario de la Cruz

“Anethesia” e “Requiem for Dissent” foram as próximas músicas, momentos em que eu e meu colega percebemos a grande quantidade de gerações neste concerto. Podíamos ver pessoas na faixa dos 40 ou 50 anos, até jovens (que estavam na linha de frente) com idade entre 18 e 28 anos, uma verdadeira loucura.

Também conseguimos reconhecer alguns artistas da cena local, ficamos surpresos com a presença de Macha do Aeropajitas e Charly do Diazepunk, dois grandes cantores do punk rock peruano.

Brian Baker y Jay Bentley en el escenario. Fuente: Mario de la Cruz

Depois de um pequeno bate-papo com o público, eles tocaram um clássico, uma música que todos nós já jogamos no Guitar Hero, falo de Infected do álbum Stranger than Fiction, que fez todo mundo na sala pular e gritar, incluindo eu. Do What You Want e No Control continuaram, mas nesse momento, já estávamos perto do palco, onde pudemos ver diferentes pessoas com seus copos de cerveja e sem camisa curtindo o concerto, revivendo a grande era de ouro.

21st Century Boy começou a tocar e o público pulava, girando camisetas e cantando “Cause I’m a 21st century digital boy, I don’t know how to live, but I’ve got a lot of toys”. Também foi possível ver uma bandeira clássica da banda, com o nome e a cruz riscada.

Concierto de Bad Religion en Lima. Fuente: Mario de la Cruz
“My Sanity” e “Los Angeles Is Burning” foram as próximas, onde o público teve um momento para respirar, enquanto outros continuavam avançando, dando tudo por este concerto. Para surpresa de muitos, ouvimos um cover da banda Dead Boys, sendo esta a música “Sonic Reducer”. “Recipe for Hate”, “Wrong Way Kids” e “Fuck Armageddon… This is Hell” vieram em seguida.
Bad Religion en el Road to Primavera Fest Perú. Fuente: Mario de la Cruz
“Drunk Sincerity”, “Candidate” e “I Want to Conquer the World” foi inevitável não se juntar à multidão, o pogo estava totalmente chamativo e, depois de tanto me provocar, não consegui resistir, o punk rock chamava a todos nós. Foi aqui que todo o público peruano mostrou do que era feito e se lançou em direção ao palco (literalmente), enquanto várias personalidades “voavam” pelo lugar.
Bad Religion en el Teatro Leguía. Fuente: Mario de la Cruz

MOMENTO PERFEITO PARA FAZER ISSO, pois pouco antes de encerrar o concerto tocaram “Sorrow”, “You” e “Punk Rock Song”, onde posso garantir que o local quase desabou, inclusive meu colega, que estava usando sapatos formais, também curtiu o pogo nessas grandes músicas, clássicos do punk rock e da música em geral.

Para fechar com chave de ouro, tocaram “Generator” e a indispensável “American Jesus”. Foi nesse momento que, depois de algumas voltas no pogo, houve um encontro com uma grande personalidade mencionada anteriormente; estou falando do Charly, cantor do Diazepunk, que também estava aproveitando essas músicas clássicas e se jogou no pogo também.

Lembra quando disse que o pogo era inevitável? Pois nessas últimas músicas, NINGUÉM SE SEGUROU, todos pulavam, se empurravam ou cantavam junto, uma noite para ser lembrada.

Greg Graffin en el escenario. Fuente: Mario de la Cruz

No final, Brian Barker, o guitarrista, veio falar algumas palavras, mas infelizmente muitos de nós não conseguimos entender, devido à emoção do momento, à adrenalina, à barreira do idioma e à falta de ar naquele momento (hahaha).

Esta noite foi uma grande lembrança para muitos fãs da vida, foi uma noite cheia de nostalgia, de pogo e muito punk rock. O público peruano mostrou do que é feito e não decepcionou de forma alguma. Esperamos que isso continue abrindo portas no Peru para diferentes festivais internacionais que possam trazer artistas de alta qualidade, como Bad Religion. Agradecemos muito à Bizarro Live e ao Primavera Sound Festival por dar ao Peru essa grande oportunidade. Esperamos que tenham gostado da estadia neste maravilhoso país e que voltem a nos visitar em breve.

Clásico logo de la banda californiana. Fuente: Mario de la Cruz
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