Banda Güettoh lança álbum ao vivo

O Güettoh é banda que está na ativa desde 2011, formada na cidade Guarulhos, grande São Paulo. O próprio nome da banda representa a intenção da banda, um grito pelo que acontece na periferia e na sociedade humana. A parte gráfica e o logo da banda já denúnciam que a banda vai muito além do hardcore, a banda tem uma base calcada no HC, porém, é notável a passagem de vários elementos, como stoner rock, rock instrumental, algo até difícil de ver, deixando o som da banda bem original. Bati um papo com o Fábio, exímio baixista e também vocalista da banda, ele falou das influências da banda e sobre o sobre próximo material da banda: Ao Vivo No Red Star Studios, que será lançado dia 22/09. Se você não conhece, corre lá, confere o material da banda nas plataformas digitais! E já dá um pre save no material novo!

Foto promocional

Como vocês estão?  Pra começar, aquela velha pergunta clichê, mas que é sempre legal saber: como foi a trajetória da banda até aqui? 

Salve galera da Cultura em Peso e Igor tudo beleza por aqui.

O Güettoh foi formado em 2011 na cidade de Guarulhos situada na grande São Paulo, inicialmente éramos um Power Trio (Fábio – Renato – Beg) e nossas primeiras apresentações usávamos a sigla GHC (Guetto Hardcore) gravamos um EP “Ghetto Hardcore” neste mesmo ano ficamos com essa formação até 2013. Até que nesse mesmo ano o Ronaldo que era um amigo muito próximo da banda passou a integrar a banda como guitarrista, daí pra frente a banda vira um quarteto e seguimos compondo e fazendo apresentações.  A partir de 2014 Beg que era o baterista, acaba saindo, no seu lugar assume Kkarlos que fica na banda até o começo 2015 ele sai da banda e no seu lugar entra o  Carlos Eduardo assume a bateria, com essas trocas de bateristas acabamos dando uma atrasada na gravação e no lançamento do disco, mas nesse mesmo ano entramos em estúdio e gravamos nosso primeiro full álbum. Em 2016 ” Ruas e Guettos” e lançado, daí pra frente começamos a usar o nome inteiro da banda Guetto Hardcore deixando a sigla (GHC) de lado, depois de alguns shows de divulgação desse novo trabalho Renato deixa a banda, a partir daí voltamos a ser um power trio e continuamos a divulgação do nosso álbum. Em 2017, Alexandre passa a integrar a banda como guitarrista e voltamos a ser um quarteto, e nesse mesmo ano gravamos um DVD ao vivo “Caos No Deco” juntamente com as bandas Mollotov Attack, CR13 e Estado Alterado. Depois de muitas apresentações até 2020, e uma pausa devido o período pandêmico, em 2021 entramos em estúdio pra gravação do nosso segundo álbum “Paranóia Cibernética Artificial” que e lançado em agosto de 2022 e também damos uma repaginada no slogan e nome da banda passando a usar o nome Güettoh que uma abreviação do nome original (Guetto Hardcore) e aqui estamos hoje, nessa luta  que e ter banda no underground brasileiro.

 

Tive a oportunidade de ver o show da banda, e na ocasião, o batera Carlos não pôde ir, mas mesmo assim, o show rolou, com o Ronaldo fazendo a batera, e vocês tocando como trio, mas o show rolou de forma impecável, com uma energia incrível, como que vocês conquistaram essa capacidade de se “reinventar” e se adaptar? Como são os shows da banda?

O Ronaldo é multiinstrumentista, e sei da sua capacidade como baterista, pois já tocamos e vários projetos antes do Güettoh no qual ele foi baterista, devido alguns compromissos pessoais em que o Carlos não pôde ir, ele assumiu a bateria e o bom é que conseguimos cumprir as agendas de show sem perder a essência da banda.

Tentamos sempre entregar um show energético com muita entrega verdadeira e muito feelling, eu acho que isso nos ajuda muito a sempre estar se reinventando tem muito haver com espírito punk que está em nossa alma, o verdadeiro faço você mesmo a nossa atitude refleti nas nossas apresentações.

 

Aproveitando a pergunta anterior, vocês estão bem ativos, tocando sempre, como está a cena em SP, o que podemos fazer para melhorar [a cena] cada dia mais?

Güettoh ao vivo

Pra uma banda independente é essencial sempre estarmos na ativa com shows, lançamentos musicais, clipes, e material de divulgação (merchandising) pra que possamos fazer nossas articulações e isso nos mantém sempre na ativa pra que possamos procurar sempre algo novo pra trabalhar.

A cena atual de SP está bem melhor do que era quando começamos em 2011, me lembro que nessa época quando começamos os lugares eram escassos, hoje tocamos em equipamentos melhores, temos lugares como a (Fenda, 74 Club, FFFront, Red Star Studios, Gaz Burning)  que dão uma ótima estrutura pra que as bandas possam se apresentar e consigam proporcionar um som de qualidade para o seu público. Temos muitas bandas fazendo ótimos trabalhos com bastante seriedade e muito amor a música, outra coisa que percebo muito depois da pandemia, é que o público voltou a estar nos shows prestigiando as bandas, isso fortalece uma cena toda no geral, que vai desde a manutenção das casas de espetáculo, passando pelas as bandas e a cena que ganha muito com isso. Com certeza, nos dias atuais de hoje a cena de SP está bem melhor.

Ouvindo o disco lançado em 2021, Paranóia Cibernética Artificial, é possível notar influência de várias paradas, as variações acontecem até mesmo no som, de forma bem orgânica e criativa, variando às vezes de um hardcore para um doom paradão, é possível notar influencias até de surf music, skatecore, etc. O que vocês têm ouvido e de que forma isso encaixa no som?

Desde que quando comecei a banda,  a minha intenção era fazer uma mistura de Hardcore, Stoner Rock, Skate Punk, Noise Rock Instrumental, Crossover, Punk Rock, Metal Alternativo acho que isso refletiu muito em nosso último trabalho “Paranóia Cibernética Artificial”.

Cara, as referências que eu ouço e sempre se encaixaram no som são bandas como:  Kyuss, Fu Manchu, C.O.C, Sleep, Melvins, High on Fire, Helmet, Body Count, Neuroses, Cro Mags, Black Flag, Bad Brains, Suicidal Tendencies, Circle Jerks, DRI, Discharge, Exploited, Sepultura, Slayer não esquecendo também das referências nacionais como Olho Seco, Ratos de Porão, Cólera, Devotos, Grinders, Gritando HC, Lobotomia, Korzus, Agrotóxicos, Calibre 12, Questions, Claustrofobia fora as que não me lembro aqui, rs…

Güettoh tem influências que vão desde thrash metal, rap e stoner rock

Vocês estão para lançar em breve um novo material ao vivo, gravado em setembro 2021 durante o Festival “Carnarock Live Streaming”, o que tem de novidade para esse lançamento? Como a galera vai poder conferir esse som novo?

Lançamento previsto para dia 22.09, em todas as plataformas digitais

Sim, o nosso terceiro trabalho vai ser um álbum ao vivo gravado em uma live durante a pandemia e vai ser denominado  “Ao Vivo no Red Star Studios” gravado em 2021, no Red Star Studios antigo Espaço Som, o repertório dessa apresentação se baseia em nosso dois primeiros trabalhos de estúdio. Vocês vão poder conferir todo peso, agressividade e groove do Güettoh, sem perder a indentidade da banda. Este trabalho estará disponível a partir do dia 22/09/2023 em todas as plataformas digitais. [LINK DO PRE SAVE].

 

Agradeço a disponibilidade. O espaço está aberto!

Nós que agradecemos a você Igor e toda galera do Cultura em Peso pelo espaço, o trabalho de vocês é essencial para que todos, possam conhecer o trabalho de bandas independentes como nós, muito obrigado a todos que sempre nos apoiam, isso cada vez nós fortalece ainda mais para que  sempre possamos seguimos em frente, muito obrigado a todos.

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Güettoh é:

Fabio Braga: Vocal & Baixo
Ronaldo Moura: Guitarra
Alexandre Barros: Guitarra
Carlos Eduardo Cordeiro: Bateria

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