Foi muito boa a sensação de pisar novamente no Memorial da América Latina e poder presenciar um dos maiores Festivais do País, o Bangers Open Air, que veio substituindo a marca Summer Breeze Brasil.

Rótulos a parte, foi praticamente o mesmo modelo utilizado no Festival do ano passado, mas houve mudanças benéficas como a do Waves Stage para o Teatro, um espaço amplo, com uma estrutura para shows melhor. A entrada para imprensa também estava bem ágil, não tivemos problemas em nenhum dos 3 dias de evento, além de estar mais bem localizada esse ano, próxima à sala de imprensa, o que agilizou muito a mobilidade, outra mudança importante foi criar uma saída da pista vip à esquerda do Ice Stage, que facilitou muito as idas e vindas de um palco para outro, apesar de no último dia ter que recorrer ir pela rua, pois estava impossível a locomoção.

Quanto a praça de alimentação, banheiros, estrutura das lojas, estavam muito boas, porém achei os preços bem salgados esse ano, mesmo assim, no calor que estava fazendo, uma cerveja gelada é sempre um convite irrecusável.

Mas vamos ao que interessa que são os Shows. Esse ano fizemos uma logística diferente, como tinham vários shows que eu queria assistir na íntegra, resolvi ver um número menor de bandas que no ano passado, mas assistir o show deles por inteiro, sim, perdi alguns shows que queria muito assistir, fiquei na dúvida em vários deles, mas no final, achei que fiz boas escolhas e assisti shows épicos nesse Bangers Open Air, e, que a marca se consolide com ótimos Shows como sempre tem feito, com respeito ao público e muito Rock para contar história.

Sexta feira – dia 2/5

Kissing Dynamite

Quer saber começar um Festival grande? Chama os alemães do Kissing Dynamite que eles te ensinam como fazer isso em grande estilo, logo de cara ganhando o público que começava a chegar para o evento e que não ficou tímido, até porque a energia contagiante dos caras não deixou isso acontecer. O Vocalista Hannes Braun é uma simpatia, agitava o pessoal fervorosamente, pulou o tempo inteiro, correu de um lado a outro do palco, não deixou a galera esfriar, até porque também estava fazendo um sol forte que deixou os alemães vermelhos na primeira música. A banda tem uma pegada forte, batidas pesadas, estilo bem Metal Alemão, sem frescuras, um convite a balançar a cabeça e sair do show sem pescoço. Meu destaque fica para “I’ve Got the Fire”, estou com esse refrão na cabeça até agora.

Setlist:

Back With a Bang

DNA

No One Dies a Virgin

I’ve Got the Fire

My Monster

The Devil Is a Woman

Not the End of the Road

You’re Not Alone

Raise Your Glass

Foto cortesia @bangersopenair – @diegopadilha – MHermes Arts
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Dogma

Uma Intro sinistra calou o Memorial da América Latina por um instante, as “freiras” do Dogma começaram seu culto com muita energia e sensualidade, as meninas são muito carismáticas no palco e incendiou a galera que já começava a chegar mais em peso, o detalhe negativo do show foram o “Sub” muito alto, quando a baterista Abrahel socava os dois bumbos não se ouvia mais nada da banda, prejudicando a sonoridade do show, pelo menos de quem estava lá na frente, mas independente disso elas esbanjaram energia e levantaram o público presente, principalmente quando tocaram “Like a Prayer” da Madonna, fazendo todo mundo cantar junto com elas, garantindo assim agitação até o final do espetáculo.

Setlist:

Forbidden Zone

My First Peak

Made Her Mine

Banned

Like a Prayer

(Madonna cover)

Bare to the Bones

Make Us Proud

Pleasure From Pain

Father I Have Sinned

The Dark Messiah

Foto cortesia @bangersopenair – @MarcosHermes – MHermes Arts
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Armored Saint

Uma das bandas mais esperadas do dia por mim, afinal nada mais nada menos que o grande John Bush no vocal, então a expectativa já estava grande e o cara é demais ao vivo, canta muito, é simpático, perfeccionista no palco, sabe onde estar posicionado e, sinceramente, não tem como a gente não lembrar saudosamente do Anthrax e da época que ele fez história com eles. Joey Vera no baixo é outro espetáculo à parte, é um absurdo vê-lo tocar com tanta maestria e simplicidade.

O som infelizmente pecou, seria sério candidato a banda da noite se o som não estivesse tão baixo até o meio do show, comprometendo até a agitação do público, para se ter uma ideia, no começo do show, com a banda rolando dava pra conversar normalmente, isso que estávamos colados na grade. Problema resolvido foi só curtir o rolê de John Bush pela galera, sim…ele desceu do palco na “Can U Deliver”, foi lá na grade e pulou na pista cantando no meio da galera sem se importar com nada, foi um momento único no Festival e quem estava lá para conferir viu um grande Show e saiu de lá extasiado.

Setlist:

March of the Saint

End of the Attention Span

Raising Fear

Long Before I Die

The Pillar

Last Train Home

Left Hook From Right Field

Standing on the Shoulders of Giants

Win Hands Down

Can U Deliver

Reign of Fire

Foto cortesia @bangersopenair – @diegopadilha – MHermes Arts
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Pretty Maids

Esse primeiro dia foi bem legal por conta do deslocamento, com um palco ao lado do outro não passamos dificuldades em transitar entre eles, a pista premium também não estava lotada ainda e foi fácil se posicionar para assistir essa lenda do Metal mundial. O Pretty Maids é uma daquelas bandas que fizeram parte da construção dos Roqueiros acima dos 50 anos como esse que vos escreve, foi muito nostálgico vê-los ao vivo, coisa que eu achei que nunca iria, foi a mesma sensação de ver o Tigers of Pan Tang ano passado, e olha que o show dos caras é muito bom, boa movimentação de palco, apesar da idade e do peso não deixaram nada a desejar e fizeram um show baseado nos discos “Future World” e “Pandemonium” e um ótimo Cover do John Sykes.

Setlist:

Mother of All Lies

Kingmaker

Rodeo

Back to Back

Red, Hot and Heavy

Pandemonium

I.N.V.U.

Little Drops of Heaven

Please Don’t Leave Me (John Sykes cover)

Future World

Love Games

Foto cortesia @bangersopenair – @diegopadilha – MHermes Arts
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Doro

Como é forte a identificação da Doro com o publico brasileiro, não sei se pelo guitarrista Bill Hudson que toca com ela e é brasileiro, ou por tantas vezes que já veio tocar por aqui em nossas Terras a fizeram ter essa empatia, mas era nítido o quanto ela estava empolgada em tocar por aqui, foi um show impecável tanto na parte sonora (que na minha opinião foi a melhor da noite) quanto na garra de tocar, foi um show enérgico, bem movimentado, visceral.

Doro estava encantada com a galera, que nessa altura já lotava todos os espaços possíveis do Memorial e todos cantavam com ela, em um show praticamente focado nas músicas do Warlock, banda que revelou a artista, mas o ponto alto para mim foi o cover de  “Breaking the Law” do Judas Priest tocado de uma maneira bem inusitada numa versão mais “Clean” e não menos linda de cantar junto. Um ótimo show, o público sentiu essa simbiose e participou do show, a impressão que dava era que tinha muita gente lá só para vê-la e esse foi o ponto alto do show.

Setlist:

I Rule the Ruins

Earthshaker Rock

Burning the Witches

Hellbound

Fight for Rock

Time for Justice

Raise Your Fist in the Air

Metal Racer

Für immer

Fire in the Sky

Breaking the Law (Judas Priest cover)

All We Are

Foto cortesia @bangersopenair – @diegopadilha – MHermes Arts
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Glenn Hughes

Outra lenda do Rock Mundial sobe nos palcos do Bangers Open Air para fechar a noite com muita disposição e profissionalismo, o ex baixista do Deep Purple, Glenn Hughes, fez um ótimo show embasado na obra da banda que o consagrou e até arrepiou começar o show logo com a “Stormbringer”, um clássico, foi hipnotizante o show dele, no auge dos seus 73 anos toca baixo como poucos, canta muito, alcança notas como se tivesse 20 anos de idade, agita o tempo todo e mostra que a idade, no caso dele, não é barreira nenhuma para se fazer um grande espetáculo.  A galera foi a loucura, um visual de palco bem bacana, remetendo mesmo aos anos 70 e a simpatia de Hughes deixou também uma nostálgica vontade de vê-lo em um show solo, sem limitação de tempo e curtir essa brisa dos anos 70 como se fosse um bom vinho.

Setlist:

Stormbringer

Might Just Take Your Life

Sail Away

You Fool No One

Mistreated

Gettin’ Tighter

You Keep On Moving

Burn

Foto cortesia @bangersopenair – @MarcosHermes – MHermes Arts
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Foto cortesia @bangersopenair – @ThiagoHenriqueFotografia – MHermes Arts
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