Novo álbum dos Poloneses do Behemoth, décimo segundo da carreira, “Opvs Contra Natvram” veio para consagrar de vez essa excelente banda de Blackened Death Metal. Um disco cheio de nuanças, variações e muitos climas inerentes ao estilo, faz com que galguem um andar maior no cenário Mundial. Não que já não o tenham, Nergal sabe como poucos ser um protagonista e por onde passa deixa sua marca, negativa ou positiva, depende, mas que ele é uma das grandes figuras do Mainstrean atual, isso é; completam a banda o baixista Oreon, que também cuida dos teclados e vozes e o infernal baterista Inferno, dono das baquetas e que forma com o resto do time uma banda cascuda e merecedores de tudo que vem acontecendo com eles, afinal ostentar uma banda por longos 31 anos é missão para poucos.

Opvs Contra Natvram” foi gravado em plena Pandemia e lançado em Setembro de 2022 pela Colossal gravadora Nuclear Blast, o disco foi produzido pelo próprio Behemoth e masterizado pelo mitológico Joe Barresi, que já trabalhou com Alice in Chains, Nine Inch Nails e por ai vai, o que só faz com que essa obra seja mais brilhante. O disco contém dez faixas, que se dividem em pouco mais de 43 minutos de pura brutalidade e, apesar das más línguas destilarem algum veneno de que eles tenham se vendido, que tornaram seu som mais transitável, eles pouco se importam para o que falam e fazem um bom disco, cheio de elementos e não achem que a pancadaria ficou parada no passado, então, vamos destrincha-lo.

 

Post-God Nirvana” é aquela introdução que a gente gosta de ouvir em qualquer que seja o disco de Black Metal, parece uma horda do Inferno caminhando em sua direção, prenuncio da desgraceira que entra, “Malaria Vvlgata” entra sem dó nem piedade de nós, pobres mortais, e aí a gente vê que o nível de gravação desse álbum foi diferenciado, o couro come e como é bom conseguir ter o discernimento de todos instrumentos, o baixo desse som é sensacional, faz um fraseado no meio da desgraça muito lindo, ótima ideia começar o disco com esse som, aguça a mente para a próxima, mais cadenciada “The Deathless Sun” destaque para as viradas de bateria do Inferno e para o coral do refrão, o solo desse som também é bem legal, assim como as variações que vão acontecendo ao decorrer da música, puta som!!! “Ov My Herculean Exile” é apoteótica, começo da música com aquela guitarra fritando em meio de um clima mais batido, baixo fraseando e bateria marcada, gosto muito da viradas do Inferno nesse disco, os tambores gritam e a cozinha é muito segura, dá a segurança pra que Nergal desenvolva todo seu potencial, no qual destaco também o solo de guitarra, e o fechamento do som em meio ao Caos, seguimos com “Neo-Spartacvs“, mais marcada, dando um andamento diferente, aquela levada de baixo e bateria com a guitarra marcando, bem elaborado, aí vem a surpreendente “Disinheritance“, aquelas guitarras dissonantes características do Black Metal dão o tom dessa musica, sapatada que todos esperam ouvir de um Behemoth, a música é uma avalanche, riffs rápidos, variações de pancada na cabeça, uma das minhas preferidas do disco (que som de baixo pqp), “Off To War” é mais moderna, cheia de dedilhados e notas harmônicas, varias variações ótima música, mas é aquela que os mais radicais vão ficar de nariz torto, pois ela é moderna, musicada, e é legal de ouvir, mas foge daquela banda que gravou o  Pandemonic Incantation, até por que o som que segue “Once Upon A Pale Horse”  lembra um pouco bandas mais modernas, chegando próximo de um New Metal, ms sem perder o peso e a rapidez que os caras fazem como ninguém. “Thy Becoming Eternal” é bem rápida, pesada e cheia de variações também, gostei muito desse som, rápido onde deve ser, pesado como deve ser, apoteótica como a banda se propõe a ser, particularmente essa parada das letras eu não curto muito, mas dentro do nicho que propõem a fazer é isso, não tem muito como fugir do tema, até por entender um País como a Polônia de ter uma grande banda de Black Metal, no Mainstream causando pelo mundo. “Opvs Versvs Christvs” encerra esse excelente disco com chave de ouro, os corais são bem legais, o som bem elaborado, finalizando com uma pancadaria sonora coroando esse explosivo lançamento.

Finalizando, um disco que enaltece a supremacia do Behemoth no meio, e não é por menos, os caras estão sempre gravando, tocando e infernizando os ouvidos dos fãs com muita brutalidade. Vale muito a pena a audição. Nota do editor (9,0).

Segue o clipe da Opvs Versvs Christvs:

 

 

 

 

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