Fundada em 2002, o banda é um dos bons nomes que o Nordeste oferece ao Metal Nacional, mas seu Debut levou longos 13 anos para ser lançado. Quais foram os principais fatores para esta demora?

Principalmente fatores financeiros, pois não tínhamos recursos para bancar uma gravação decente, até porque não existiam estúdios decentes para gravar heavy metal na época. Fora isso, passamos por algumas mudanças de formação que decorreram em alguns hiatos. Nossa continuidade de fato foi a partir de 2014.

 

 “Reason For Violence” , segundo disco da banda veio com uma qualidade inquestionável.

Qual a evolução interna que a banda percebe nas suas próprias avaliações em relação ao Debut de 2015 Blow On The Eye?

Foi um álbum mais pensado. O primeiro foi um compilado de canções que já existiam, o Reason foi algo meticulosamente planejado e para tanto precisamos achar as pessoas certas para compor e executar a ideia inicial. Uma coisa puxou a outra e obviamente que isso nos trouxe mais maturidade. Com esse disco chegamos num som mais próximo do que queremos artisticamente e chegamos na formação ideal.

 

Ainda sobre “Reason For Violence”, o Disco foi bastante elogiado e está na boca de muitos com uma das grandes atrações do Underground Nacional em 2018. Como a banda recebe os elogios, e o que este tema pode colaborar no crescimento do grupo?

Nós escutamos tudo o que é pertinente. Temos nossa visão de onde queremos chegar com nosso som e somos incorruptíveis em relação a isso. Já sabemos como nosso próximo trabalho vai soar e felizmente o público que nos acompanha apoia essas decisões. Recebemos vários feedbacks positivos, mas, escutamos os negativos também. Mas, o mais importante é não nos afastarmos de nossa visão e essência.

 

Com apenas dois discos, mas uma vasta caminhada no Metal, a banda é uma referência para tantos outros grupos que estão iniciando, quais são as principais dicas que vocês dão aos que estão a iniciar suas carreiras?

Eu acho que a continuidade é algo importante. Não atingimos nem perto do que pretendemos e muitos outros na nossa situação já teriam desistido. Entenda, nós não somos uma banda de jovens e muito menos trabalhamos com música. Nossos trabalhos financiam a banda, e mesmo com todos os obstáculos, ainda estamos aí. Enfrentando preconceitos e tentando romper algumas barreiras. Nesse sentido, acho que a continuidade é um fator importante para quem começa pra que mostre quem está nessa por uma fase e quem está nessa por um estilo de vida.

 

Fusão do Heavy Metal Tradicional a um Thrash Metal contemporâneo que flerta com um peso brutal. Essa formula nasceu naturalmente ou é um planejamento da banda?

Apesar de natural e genuíno, tenho que dizer que foi planejado. Sempre quis mesclar influências de forma genuína, inclusive de aspectos da nossa cultura, que é algo que estamos fazendo agora. Mostrando pro mundo que temos uma cultura rica no maranhão que pode ser pano de fundo para uma banda de heavy metal com orgulho de suas raízes. Então, nunca fui purista, gosto de misturar, desde que essa mistura soe coerente e não seja forçada.

 

Jogo rápido:

4 bandas nacionais: Claustrophobia, Darksyde, Torture Squad e Tanatron

4 bandas internacionais: Iced Earth, Judas Priest, Slayer e Kreator

1 cd: Reason for Violence

1 livro: Musashi

Maranhão: Cultura rica, povo guerreiro e corrupção política

Metal: Estilo de vida

Família: Brutallian

Uma frase: We are all warriors

Ano passado o Juíz Douglas de Melo Martins condenou os organizadores do festival ‘Metal Open Air’ (MOA) a ressarcir e pagar indenização por danos morais aos consumidores prejudicados naquele evento.

Você acredita que ouve um “Antes e depois” na cena não somente no Maranhão, mas em todo o Brasil? Como mudaram as coisas no cenário local em relação as produções que vocês vivenciaram?

Houve sim um impacto na cena logo após o ocorrido, mas, acho que isso já passou. Acredito que houveram muitos outros fatores para que a cena tivesse diminuído tanto como foi o caso. Está tudo muito difícil e cada vez mais as bandas tem que se bancar. O heavy metal acabou virando um risco de mercado que nem todos querem correr. Tem público pulverizado e desunido e bandas sem visão de estrutura centralizada. Viramos reféns de nossa própria arrogância e isso é triste de perceber.

 

Voltando a falar sobre “Reason For Violence”, onde foi produzido, mixado, gravado? Quem fez a capa do Disco? E como foi todo o processo de produção desta obra?

Reason for Violence foi todo feito no Base SLZ aqui de São Luís, com produção compartilhada conosco. A capa foi feita pelo nosso baixista Fábio Matta que é também um designer muito talentoso e ela segue todo contexto sonoro do disco. As letras, a parte musical e visual, tudo segue esse contexto de modo a passar a mesma mensagem e o mesmo conteúdo.

 

Quais são os canais de Merchan, links de audição, e meios de comunicação para as pessoas conhecerem o Brutallian?

Estamos em todas as plataformas digitais imagináveis, youtube, spotify, Itunes, etc. Também estamos nas redes sociais e os contatos podem ser feitos pelo facebook e instagram.

 

Mensagem final:

Se vocês querem ouvir uma banda genuína, com um trabalho de qualidade e uma busca incessante por achar o próprio som e identidade, resgatando e inovando, ouçam e consumam o Brutallian.

 

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Cremo
Sejam bem-vindos ao meu mundo onde a música é pesada, a arte visual é uma paixão e a tecnologia é uma busca incessante pela excelência. Sou um aficionado por Death, Thrash, Grind, Hardcore e Punk Rock, trilhando os ritmos intensos enquanto mergulho no universo da fotografia. Mas minha jornada não para por aí; como programador e analista de segurança cibernética, navego pelas correntes digitais, sempre sedento por conhecimento e habilidades aprimoradas em um campo em constante mutação. Fora do reino virtual, vibro intensamente com as cores do Boca Juniors, e meu tempo livre é uma mistura de leitura voraz, exploração de novos lugares e uma pitada de humor. Seja nas areias da praia, nas trilhas das montanhas, acampando sob as estrelas ou viajando para terras desconhecidas, estou sempre pronto para a próxima aventura. E claro, não há nada que eu ame mais do que arrancar um sorriso do rosto das pessoas com minhas piadas e brincadeiras. Junte-se a mim nesta jornada onde a música, a tecnologia, o esporte e o entretenimento se entrelaçam em uma sinfonia de diversão e descobertas. E lembrem-se: Hail Odin e um firme 'foda-se' ao fascismo e ao nazismo!