Caudal Fest voltou a ser uma das maiores referências de música ao vivo do norte da península ibérica. Em 2024, o festival lucense celebrou sua edição mais bem-sucedida até hoje, tornando-se, mais uma vez, a última grande festa do verão, lema com o qual nasceu em 2018.

O festival, que ocorreu no fim de semana de 20 e 21 de setembro, foi definido pela grande variedade de músicos do cenário nacional.

A jornada de sexta-feira começou com as apresentações dos galegos Lontreira, que deram lugar ao artista catalão Ramón Mirabet. Esta noite contou com Viva Suecia e Amaral como os principais destaques, mas antes pudemos curtir os galegos Carlangas y los Cubatas, que apresentaram faixas de seu primeiro disco como “Se acabó la broma” e “Paseíto por Madrid”. Logo após, apareceu Huecco, com quem dançamos e cantamos alguns de seus sucessos mais conhecidos como “Reina de los Angelotes” e “Pa Mi Guerrera”.

Chegava a vez de um dos principais destaques desta edição, Viva Suecia, que subiu ao palco Estrella Galicia dez minutos após o previsto, para que o público que estava aproveitando o show anterior pudesse chegar a tempo do início de seu espetáculo. Rafa Val e sua banda subiram ao palco com “No hemos aprendido nada” e não decepcionaram os milhares de fãs entusiasmados por vê-los ao vivo com faixas como “La orilla” e “Lo siento”, demonstrando o porquê de sua fama e criando uma noite mágica cheia de música e confetes. Eles encerraram o show com três de seus grandes sucessos: “El rey desnudo”, “Lo que te mereces” e “El bien”, reafirmando o grande momento que estão vivendo.

Depois disso, a maioria dos presentes se dirigiu ao palco Cutty Sark, onde Carlos Sadness começou seu show ao som de um ukulele, e, após um pequeno problema de som, continuou com um público totalmente entregue a músicas como “Todo está bien” e “Perreo bonito”.

Amaral, com Juan Aguirre e Eva, entrou em cena com “Sin ti no soy nada”, levando o público à loucura. Eva anunciou que o show seria uma retrospectiva de toda sua discografia, mas que também queriam apresentar algumas faixas novas do próximo álbum, como foi o caso de “Rompehielos”. Sem dúvida, foi o grande show da noite, em que tocaram faixas como “Toda la noche en la calle” e “El universo sobre mí”.

No sábado, começamos com a incerteza sobre o clima, pois a previsão era pior do que a do dia anterior. Spoiler: a chuva não nos incomodou e pudemos aproveitar todos os shows do dia. A jornada começou com os shows de Beach Avenue e Querido, este último, filho de Iván Ferreiro, surpreendeu o público que não o conhecia pelo grande tom de voz similar ao de seu pai. O campo do Caudal Fest começou a encher, e, depois de curtir a festa criada por Monoulious Dop, chegou a vez da galega Dani Dicostas, que fez um tour por faixas de seus primeiros discos e apresentou músicas de seu terceiro álbum, como “Yo también sé portarme mal” e “Ni una sola palabra”, versão do clássico de Paulina Rubio. Chegou a vez do catalão Nil Moliner, que apresentou seu último álbum, “Lugar Paraíso”, e também revisitou músicas de seus três discos, levando o público a uma atmosfera de festa e diversão. O show continuou com Tu otra bonita e Ginebras, duas bandas completamente diferentes, mas que valem a pena ouvir e transmitiram uma ótima energia no Caudal Fest. Siloé ficou encarregado de manter a festa, e o show começou com seu vocalista e guitarrista Fito Robles interpretando “La Verdad” com sua gaita e violão acústico. O show continuou com faixas de pop rock com toques de eletrônico como “Sangre en las venas” e “La niebla”, que o público cantou em coro.

Ao final, mudamos de palco para curtir Mikel Izal, que, com suas músicas, nos proporcionou um escape da realidade cotidiana, um momento em que as preocupações externas perderam toda sua importância. Ele apresentou seu álbum “El miedo y el paraíso”, em que o público pôde desfrutar de seu magnífico projeto solo. Não faltaram clássicos como “Pequeña gran revolución” e “El baile”, e ele encerrou o show com “El paraíso”, para onde nos teletransportou a todos os presentes. Após a apresentação de Ladilla Rusa, com sua mistura de música eletrônica e letras cheias de humor, chegou a vez dos grandes cabeças de cartaz da noite, Arde Bogotá. O palco Estrella Galicia estava lotado, e a banda iniciou o show com “Antiaéreo”, um verdadeiro espetáculo que não decepcionou os milhares de fãs que se deslocaram até Lugo para curtir seus grandes sucessos como “La Salvación”, “Los Perros” e “Qué Vida Tan Dura”. E, para encerrar a noite, tivemos Parkineos, o artista, com sua peculiar máscara, fez os resistentes da noite se divertirem com suas sessões.

 

@ddickyvs

 

 

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