Após um 2016 complicado, e um hiato em 2017, o Festival Agosto Negro reapareceu em 2018 com um novo layout.
A qualidade sem questionamentos de toda estrutura, equipamentos de som, e tendas mostram o porque de ser o maior evento da região Sul Catarinense.
Com a casa reformada no Clube de Campo, todos os shows foram la dentro, saindo do formato Open Air, contou com tendas para Restaurante e banda de doces, além de Bar co opções variadas de cerveja, lanches e almoço e jantar.
Ainda contou com a presença da loja Monalisa Rock Style com vários artigos alternativos.
Em tempos de crise, compareceu um bom público, acima do esperado em ambos os dias de festival, um público muito presente a frente do palco, apoiando, cantando com as bandas e abrindo rodas imensuráveis.
Pontual o evento iniciou na hora marcada, sem nenhum atraso, o público agradeceu.
Sábado
SKOMBRUS
O sábado das bandas autorais já começa com a Skombrus de São José e seu excelente repertório que fez com que a galera presente, já logo cedo no fest, fosse a frente do palco curtir e apreciar a qualidade e técnica dos músicos.
Início do repertório, por sinal muito bom, começa com Death Letters, seguido de Guillotine, Torture and Genocide e Crack Massacre, nessa hora um bom público apreciador de som autoral já se reunia dentro do pavilhão. O set list segue com Skombrus, Bankrapt Justice, State os Suffering, Aim the Head, Soco na Cara, Betrayal of the Breed, Limits of Souls e por fim Violent Life.
A banda mostrou que 8 anos em atividade renderam e muito no som que estão apresentando nos dias atuais. Presença de palco forte e velocidade nas execuções foi o que vimos e esperamos ver novamente, como headliner nos futuros eventos. Vida longa à Skombrus.
(Review – Jonathan Dino)
A quinta banda do primeiro dia do Agosto Negro 8 foi a The Undead Manz, de Criciúma/SC.
O grupo de Metal é composto por Z (vocal e guitarra), Ravenge(Arthur Neto – guitarra), A.K (Nícola Medeiros – baixo) e Jaws (Edy Foster – bateria).
Apresentaram no show as músicas “Seeds of…”, “… Evil”, “Fearless” e “The Death”, do álbum “The Rise Of The Undead”, lançado em 2017; “The Vine”, como uma prévia da nova produção da banda; além de “Only Bad Men”, “The Cluster” e “Rosenrot”.
Com letras “undeadz”, bastante agressividade e melodias muito bem elaboradas, os caras são bastante lúdicos e deu para perceber que tudo foi pensado com detalhes.
Achei muito bom! O que eu posso dizer mais? Se queriam chamar atenção, realmente conseguiram. Lembraram jogos de horror.
Agora, me pergunte se o público gostou! É claro que sim! Todos acompanharam atentos a apresentação do começo ao final. E quem não iria? Além das ótimas músicas, o fato de estarem vestidos a caráter chamou muito a atenção de todos.
Muito bom, The Undead Manz!
(Review – Roberta Amélia)
É sempre assim quando o assunto é a lagunense Alkanza!
Não foi a primeira, nem a segunda vez, mas sempre que se apresentam o público meio que enlouquece. Não é de hoje que percebo o quanto gostam do show. Correm para a frente do palco mesmo antes de começar. Pulam, balançam e vibram desde o primeiro segundo. Não perdem a energia até o final e sempre querem mais.
Com autorais que trazem uma crítica a sociedade, voz e riffs marcantes, a banda de Trash Metal composta por Thiago Bonazza (vocal e baixo), Renato Lopes (guitarra), Pedro Souza (guitarra) e Ramon Scheper (bateria), arrebanha fãs por onde passa.
Dentre suas composições, podemos ouvir no show: “Vala ou Viela”, “Em Coma”, “Moendo Ossos”, “Brasil”, “Enganando o Destino”, “Com Força”, “Primitivo Canibal”, “Psico Terror”, “Dr. Ego”, “Paciência V.T.N.C.” e “Foda-se o Sistema”.
Outro ponto que eu gostaria de enaltecer é o fato de elaborarem letras em português. Com todo respeito aos que optam por outros idiomas, mas sinto um pouco de falta disso.
Então, só posso dizer que Alkanza foi um espetáculo de banda (e de público)! Não teria como ser diferente. Merecem meus mais sinceros parabéns!!
(Review – Roberta Amélia)
Axecuter
O grupo de Curitiba, totalmente enganjado nas raízes do metal dos anos 80.
Eles não abrem, não fazem acordos, ou muito menos dão concessões, não há nada que mude as raízes da sua sonoridade, fazem Heavy Metal galgado de suas raízes, sem efeitos.
Com a liderença dos vocais de timbre forte e rasgados de Danmented, ainda contam na formação com Rascal no Baixo e Verdani na bateria.
O projeto inicial do grupo era resgatar a essência de décadas passadas, e no palco se viu este plano ser realizado com destreza, cavalgadas milimetricas, cozinha perfeita, sem delongas, e logo a frente, rodas, mais rodas e pogos, a nova geração que vive uma tendência de muitos efeitos, também ama o som cru e sujo, porém bonito de se ouvir.
Attack movimentou o show, mas foi quando Danmented gritou No God, No Devil (Worship Metal!) que o caos se instalou, o calor subiu e a roda pegou fogo, foi o ápice do show dos executores.
Com a apresentação ja encerrada, o público gritada unissono “mais uma”, e então trouxeram a faixa título de seu primeiro EP “Metal Invincible” para tornar este show uma obra em homenagem ao Metal.
(Review – Iúri Cremo)
RHESTUS
Os pais do Thrash Metal catarinense se apresentam mais uma vez no cenário underground dos festivais catarinenses, mas dessa vez muito mais especial, pois foi o primeiro show em comemoração aos 25 anos da banda.
Liderada por “Fantasma”, logo na primeira música houve um imprevisto com a guitarra, mas nada que fizesse a banda parar e ele segue apenas com vocal até o fim da canção, já enlouquecendo a galera que estava toda presente no pavilhão do show.
Com direito a fogos pelo palco e muito cabelo balançando, Rhestus executou uma apresentação impecável, como é de costume da banda por onde passa.
O set list fez toda uma cronologia da carreira excepcional de 25 anos e começou com Paying With the Life, Inside a Torn Apart, seguida de Bullet Point, Stavo, Câncer, Hate! Is What I Fill, Games of Joy… Games…, Fuck Off, Noxious Agent, a clássica e mais pedida pelo público Insane War e por fim Nijord Himm.
O destaque fica por conta do baterista Gabriel Kleln. Que agilidade meus amigos! Não era possível enxergar as baquetas, tamanha era a velocidade com que eram executadas as músicas. Viradas, pedal duplo, prato no chão, teve de tudo e devemos bater palmas pra ele que nos mostra como um verdadeiro Thrash tem que ser tocado.
Veremos a Rhestus novamente em breve no River Rock que fica na cidade natal da banda, Indaial SC e temos certeza que será outra apresentação perfeita.
(Review – Jonathan Dino)
MOLITIUM
A banda lagunense de metal progressivo sobe ao palco do Agosto Negro como última autoral de sábado.
Instrumental muito bem executado e com uma pegada forte na guitarra, a banda surpreende com vocal limpo que agradou muito os fãs do gênero ali presentes.
Repertório se inicia com Left to Die seguida de Desert of My Soul, Fight for Freedom, New Reborn, I Walk Alone, Through the Sands of Time e pra fechar Colateral.
Foi uma apresentação técnica e sem erros que a galera pode prestigiar. Laguna conta com mais essa banda autoral, o que fortalece ainda mais a cena local.
(Review – Jonathan Dino)
Domingo
A Chicospell está de volta!!
Em seu segundo show, após um nada breve hiato, o trio de Imbituba/SC, composto por Rafael Freitas (vocal e guitarra), Andrei Garcia (baixo) e Éder Freitas (bateria), esteve presente na manhã do segundo dia do Agosto Negro 8.
Como primeira banda do domingo ensolarado, com suas composições e releituras de “Hall of Sinners” (Marcel Willow, in memorian), serviu como um excelente despertador para o público presente. Dentre as músicas apresentadas estão: “Pure Gold”, “Come The Wiser”, “Chico Feitiço”, “Chakra Sinistro”, “Leave Me Out”, “No One’s Happy Land”, “Ezíplio”, “River Of Infinity” e “Hallucinations”.
As músicas são bastante estruturadas e audíveis, com instrumental e melodias muito bem elaborados, acrescidos de um excelente vocal. “Groove, peso e melodias atmosféricas”. Foi um belo mergulho no Stoner. Com certeza ornaram muito em qualidade o evento.
Merecem aplausos e uma súplica: please, guys, keep doing this job!
(Review – Roberta Amélia)
ANTÍTESE
A banda de Criciúma traz o seu pop rock as terras lagunenses na manhã de domingo, último dia do festival.
Com algumas músicas autorais dentre o repertório o show se inicia com Dinamite, Nova História, Realidade Afinal, Modo de Usar, Estátua, Fogo Cruzado e finalizando com Ser Igual.
Com vocal feminino e muito poderoso, observamos a performance da vocalista Talita Oliveira que foi impecável, mostrando que lugar de mulher é no metal sim, aliás, é em todo lugar.
Fica a expectativa para o próximo show e que tenhamos cada vez mais canções autorais no set list.
(Review – Jonathan Dino)
Muddy Boots
Foi mais uma excelente banda do segundo dia do festival. O trio de Florianópolis/SC é composto por Lucas Hilsendeger (vocal), Gabriel Fernandes (guitarra) e Martins Vicent Bloedom (bateria).
Era visível que todos os presentes estavam animados com o show. Afinal de contas, trata-se do bom e velho Rock’n Roll e não há quem não goste.
Com arranjos bem elaborados e um vocal de dar gosto, o som dos caras é influenciado pelas décadas de 60 e 70. Dentre as músicas apresentadas, podemos conhecer melhor três autorais: “Empty Bottle”, “Facel Vega” e “The Colour Out of Space”.
Já deu para perceber que os garotos trazem muito talento a ser prestigiado. Por isso, espero ansiosamente, poder apreciar mais músicas de autoria do trio. O sucesso é certo!
(Review – Roberta Amélia)
TANATRON
Diretamente de São Luís do Maranhão e finalizando sua turnê The Machine Is On Tour, a Tanatron sobe ao palco com seu Death metal autoral sendo a melhor banda do domingo.
Foi quebradeira do início ao fim, rifs, pedais e vocal extremamente técnico foram os destaques que mais marcaram o show, isso sem contar a presença de palco monstra do guitarra Daniel Azevedo que agitou a galera com sua performance.
Primeira música foi a Dominus Tecum, seguido de Slowly Dying, Batrayed by Yourself, In Front of Your Eyes, Toward Terror, Ready to Kill, Do the Creation Rise, Servorun Sanguinem, Killing and Domination, Tanatron que foi o destaque do show e finalizando Spilling Blood.
Técnica, velocidade, agressividade sonora e vários mosh pits levaram a galera à loucura com essa banda que esperamos rever muito em breve em solo catarinense. Tanatron com certeza é uma das melhores bandas do gênero no Brasil e no mundo!
(Review – Jonathan Dino)
HORROR CHAMBER
Death Metal diretamente de Canoas, Horror Chamber se apresenta sendo a última banda autoral de som extremo do festival.
O set list precisou ser bastante reduzido em função de problemas técnicos antes do show e evitar atrasos para as demais bandas, iniciando com Eternal Torment e seguida de Work Slave, Living in Disease, Believe in The Faith e Dawn of Madness.
Apesar do show menor, foi brutalidade do início ao fim, com influências no death metal internacional, mas com a agressividade e peso que é característico das bandas do Brasil. Horror Chamber foi um dos destaques do festival e aguardamos a próxima apresentação com o set completo, pois, é uma banda que tem uma história longa e muita qualidade técnica de seus integrantes.
(Review – Jonathan Dino)
Texas Funeral
O penúltimo show do domingo foi Texas Funeral e, como era de se esperar, emergiu o público no bom e velho Rock’n Roll. O quarteto de Tubarão é formado por Paulista no vocal, “Chubaca” na bateria, Andboy na guitarra e Ratão no baixo.
Trata-se de uma banda com 12 anos de história, que iniciou sua trajetória apresentando covers de Blues e Rock. Posteriormente, lançaram seus autorais, contando, hoje, com três registros “Garota rock n roll” (Demo), “Harley Davidson” (EP) e “Hoje eu vou beber” (Full Length).
As músicas apresentadas no evento foram: “Whiskie de segunda”, “Embriagado e feliz”, “Ressaca”, “Dinossauros”, “Natacha”, “Menina sangue ruim”, “O que eu preciso”, “Seis canecos”, “Hoje eu vou beber”, “Esse veneno até que me faz bem” e “Rock’n Roll sou eu”.
Muitos dos presentes já conheciam as músicas que, por sinal, são bastante divertidas e muito bem embaladas. Cantavam e curtiam junto com a banda. Não havia como ficar parado, da criancinha ao mais velho. Foi uma apresentação para todos os públicos e deixou os fãs orgulhosos.
Bom destacar que todos os músicos que compõem o grupo carregam uma bagagem espetacular e merecem aplausos!! Por isso, a repercussão não poderia ser diferente, deixaram todos envolvidos.
(Review – Roberta Amélia)
O Cultura em Peso agradeço produção, público, bandas pelos dois excelentes dias de evento.
Cobertura:
Fotos: Iúri Cremo e Roberta Amélia
Resenhas: Jonathan Dino, Roberta Amélia, Iúri Cremo
Entrevistas: Iúri Cremo, Filmagens : Roberta Amélia
Gravações dos shows: Iúri Cremo
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Fotos do evento:
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