OBS: O banner do festival que se vê ao fundo das fotos, foi furtado/roubado/”levado por engano(?)”, e até o momento não foi devolvido, se você ver ele, ou souber onde esta esta , informe a produção do festival.
Pedimos a compreensão dos leitores, duas de nossas fotografas e colunistas não puderam enviar suas resenhas, por motivos de saúde e outros particulares que não posso mencionar, as resenhas serão enviadas ainda e colocadas aqui.
A tensão pelos andamentos do festival eram tensas, protestos por todo o estado, bloqueios nas pistas, confrontos com a policia, e uma imensidão de headbangers enfrentando todos os obstáculos para chegarem até Otacílio Costa e curtirem música boa em um fim de semana ao lado dos amigos próximos, dos distantes, de conhecer gente nova, acampar e claro curtir boa música.
Para muitos que chegaram cedo na cidade, além dos bloqueios nas estradas que alguns enfrentaram, tiveram que aguardar o protesto na entrada da cidade por melhorias.
Mas em acordo com a policia militar o bloqueio foi aberto e todos puderam passar.
Otacílio Rock festival é um festival tradicional em Santa Catarina, que neste ano chegou a sua 9º edição, em crescente escala, e esperado o ano todo pelos fãns do metal.
Como é de praxe, Denilson um dos responsáveis pela organização sempre fica boa parte do tempo recepcionando o público que esta chegando e isto é gratificante.
A produção é composta por Denilson, Nani (ariane Poluceno) e Elienai Souza e demais familiares que trabalham em suporte para o bom funcionamento do festival.
O sol indicava que pela primeira vez não haveria chuva em uma edição do festival, ninguém se contentava com as previsões do tempo, deveria ter algo errado, se é Otacílio Rock, te que ter chuva, e a noite de sábado contemplou com um pouco de agua.
As bandas ….
As 13:00 em ponto a banda Abominação de Lages estava no palco, pronta para apresentar e representar muito bem o grind core com bases fundamentadas nas raizes do crossover dos anos 80.
Expressando temas trabalhados no clamor popular, ideais voltados no cunho social, típico do estilo que sempre teve o olhar para as classes menos favorecidas.
Conforme apresentação inicial da produção do festival a banda é relativamente nova, e estava um pouco acanhada no palco, e não se movimentou muito, mas vale destacar os movimentos carismáticos do vocalista que buscava uma interação com o público que logo veio como premiação pelas belas e sincronizadas execuções dos sons da banda, que diga-se de passagem foram muito bem feitos, e renderam algumas “mini-rodas”.
(Texto e fotos de Abominação por Cremo)
Violente Curse mantendo o pontualismo iniciou sua apresentação as 14:00, alias … a banda reiniciou a mesma canção algumas vezes, o retorno não estava chegando ate o baterista e isso de certa forma atrapalhou o inicio da apresentação da banda.
Oriundos de São Bento do Sul, os catarinenses deram o cartão de visitas, thrash metal rude, seco, old school regando as chamas que incendeiam os headbangers, e novamente as rodas preencheram seu devido espaço a frente do palco.
(Texto e fotos de Violent Curse por Cremo)
Ominafarious veio dar calma as águas do festival, voltando a destacar a pontualidade, os meninos de Indaial trouxeram folk metal e um pouco de rock n roll.
Executando melodias outrora cantadas em terras distantes nos tempos longínquos que as vezes nem as mentes mais sagazes podem alcançar.
Buscavam a magia, a alegria, a tristeza e a melancolia, a expressão dos sentimentos mais sinceros, as notas que transparecem a na alma a necessidade da reflexão.
A banda conquistou, mas não empolgou tanto, já que o folk não é tão popular e em um festival de musica extrema as vezes não é tão esperado, porém por outro lado o que se pode ver, foi parte do público feliz e sorrindo a cada canção, o que demonstra que a banda agradou a maioria dos presentes.
(Texto e fotos de Omnifarious por Cremo)
O primeiro Headliner da noite teve atrasos, e tirou a pontualidade da noite, teve pedido de desculpas feito pelo baterista Amilcar, mais do que compreensível, uma banda da grandeza do Torture Squad iria repassar o som e reajustar os parafusos, não foi surpresa para ninguém.
E em clara intenção de redenção, os power trio paulista formado por Amilcar, Christofaro e Castor premiaram os bangers do Otacílio com uma apresentação polida violenta e arrasadora.
Quem é professor da aula, e eles demonstraram o que é death, thrash , o que é metal, com a humildade de sempre e super atenciosos com os fãns, mostraram porque são aclamados e respeitados onde pisam, onde tocam e onde representam o metal nacional.
Fizeram uma apresentação baseada no novo álbum, “Esquadrão de tortura” gravado em 2014,que conta a história do golpe militar de 64, tocando temas como “no espace fromm hell”, “pátria livre”, “nothing to declare”, “Fear to the world” e “Pull the trigger”, além de tocar outras memoráveis obras da carreira, como podemos citar, “Convulsion” do álbum de 99 “Asylum Of Shadows” e “Abduction Was the Case” do álbum de 2001 “The Unholy Spell”. O festival já entrava na madrugada de sábado para domingo, e nenhum headbanger queria o fim deste show, que ficará para a história do festival.
(Texto e fotos de Ttorture Squad por Cremo)
Domingo
Concorde, mais uma representante de Otacílio Costa, sonoramente alternativa, rotulada como post Hardcore.
A banda fez uma apresentação bastante tímida, faltou presença de palco, exagerou nos covers do repertório, mas demonstrou que tem pegada, talento e que tem o sangue do rock n roll correndo nas veias. No fim das contas cumpriram fizeram uma boa apresentação que servirá de experiência para uma carreira que desejamos ser longa.
(Texto e fotos de Concorde por Cremo)
As 10:00 da manha a carismática Eletromotriz estava pronta para tocar, para dividir o café da manha, e levar todynho pros bangers que ainda estavam se levantando.
Domingo de manha num festival, geralmente é ressaca moral, mas quando rola Eletromotriz, a ressaca tem valida expirada, e os bons rapazes de Garopaba tocaram a bota na madeira e fizeram um show estrondoso, mostrando todo potencial e profissionalismo, independente se estavam 1000 pessoas, ou estavam as mais ou menos 150 ou 200 pessoas ali curtindo sua apresentação.
Demonstração profissionalismo, e mostraram que as energias estavam guardadas pro momento certo, diga-se de passagem Misael Furtado que não ficava quieto um segundo só, difícil até de fotografar. Quira e Eduardo demonstraram imensa sintonia e presença de palco, levando com mais intensidade o peso da Eletromotriz, que contagiou ate quem estava com sono, cansado e claro, de ressaca.
(Texto e fotos de Eletromotriz por Cremo)
As 11:00 veio a Manfecto, de Curitibanos.
O power trio que conta com Luciano Magagnin ,Julia Goetten Wagner e Rubens Toscan, fez uma apresentação concisa, cadenciada, com bons vocais e riffs na guitarra, uma cozinha impecável no baixo e uma bateria sem erros.
A Manfecto deixou uma ótima impressão no festival, e fez os banguers poguearem a levada do thrash metal muito bem executado.
(Texto e fotos de Manfecto por Cremo)
FOTOS DO FESTIVAL:
https://www.facebook.com/media/set/?set=a.1738775276185248.1073741951.184867878242670&type=1&l=a1f2fc22b3
Fotos por Cremo, Manuella Pelegrinello e Maria Vaz.