Foto público Mosher Fest 2021 – @cremo_iu

As primeiras impressões são sempre as que ficam?

Talvez sim, talvez não, fato é que o Mosher Fest trouxe as melhores impressões da cena portuguesa ao Cultura em Peso.

Já por volta das 15:00 ainda de portas fechadas, já haviam muitos headbangers à espera do retorno do Mosher. 

O festival é uma espécie de filho querido dos bangers portugueses e não era menos de esperar que cedo ou tarde a casa iria encher. 

De produção impecável baixo as ordens de Rui (aniversariante do dia), tivemos uma festa linda do início ao fim. 

O Festival não é grande por estrutura, isto é visível, pelo histórico nota-se que é um evento que vem se afirmando no cenário, mas por outro lado, é um Festival de uma grandeza imensurável no que tange a família metal, um evento baseado na amizade, headbangers de todos os lados matando saudade, e em grande harmonia. 

Outro ponto a salientar, não menos importante, com um cast 100% com pratas da casa, apenas bandas nacionais nesta edição, seja devido a pandemia que complicou limitações de deslocamento, ou a qualquer raíz que impulsionou tal decisão, a prova é que Portugal tem material de grande qualidade, e, o que há em casa não deixa a desejar em lado nenhum. 

Com visão para o rio Mondego de Figueira da Foz, mais precisamente a beira do Rio , a Drac (Direito de Resposta Associação Cultural) é um local pequeno, mas bastante aconchegante, com dois pisos, onde a estrutura atendeu muito bem todo o festival. 

Evil Syndrome – Mosher Fest 2021 – @cremo_iu

Evil Syndrome foi a responsável por dar início aos trabalhos da festa, que vale ressaltar foi muito pontual e só teve atraso em uma única banda. 

Sincronizados ao relógio, iniciavam já com algum público a frente do palco, de forma tímida começaram a se render ao groove vindo de Coimbra, notas graves, muito peso e ritmos cadenciados caracterizaram a apresentação da banda, sem deixar de mencionar a presença forte dos vocais de Pedro.  

O destaque fica por conta de “Crown of Shame” , o próprio Dimebag poderia dizer: “Deram aulas”. 

 

Crab MOnsters – Mosher Fest 2021 – @cremo_iu

Na sequência os responsáveis por continuar a festa foram os Crab Monsters, que tiveram um pequeno problema já na primeira música e precisaram de um tempo para se ajustar. 

Voltaram com muita energia, onde um vocalista inspirado e cheio de expressão, fizeram um som que é baseado no hardcore punk, vários golpes seguidos como ” Rock n Roll, Good home, Pisswizard e Net of spies “. 

É notório que que além de hardcore e punk, ronda em alguns riffs pegadas e viradas velozes um espirito do thrash oitentista, claro, em pequenos momentos. 

Um shoot/ cerveja e Crab Monsters, o frio foi se embora, as primeiras rodas “punk” vieram com eles. 

 

Em seguida foi a vez da Soul Of Anubis, Doom Metal.  

Quem lê imagina uma quebra de som radical que vinha do Groove e HC/Punk para o Doom. 

Soul of Anubis – Mosher Fest 2021 – @cremo_iu

Impetuosos e esbanjando atitute, o grupo de São João da Madeira mostrou que mais de uma década de carreira não é pouca experiência, e tiraram de letra a pressão que as bandas anteriores naturalmente colocaram. 

Num show focado mais no seu lado sludge e menos no Doom, onde puderam movimentar a galera/malta que estava a sua frente. Sua variação de repertório possibilitou manter o carro em velocidade de cruzeiro, o que proporcionou bate cabeças e até mesmo uma pequena roda. 

 

Foto público Mosher Fest 2021 – @cremo_iu

Verme subiu ao palco e eram definitivamente a banda que faria a transição da tarde para o início da noite. 

Verme – Mosher Fest 2021 – @cremo_iu

Me senti em alguns momentos em um show do Disrupt, mas não, está não é uma comparação e sim uma suave lembrança do crust empregado por ambas as bandas. 

Os “Verme”, não pouparam energia, com riffs curtos velozes e rasgados, eles foram um Ford Mustang em linha reta. Música a música ganharam seu espaço, muitas rodas e violência sonora, houve momentos quehouve lapsos até mesmo de thrash. Sensacional. 

 

Revolution Within – Mosher Fest 2021 – @cremo_iu

A surpresa para mim foram os “Revolution Within“, talvez a banda que teria o som mais “clean”, na minha particular visão, teve um dos melhores shows da noite. 

Seus mais de 15 anos de carreira se fizeram notar, iniciando com”Back from the shadows , Chaos e Pull the trigger “, fizeram o thrash metal da nova geração, limpo veloz e sem perder a essência que o thrash pede, com boas pitadas  inclusive de groove. Eles proporcionaram bons bate cabeças e ainda realizaram uma boa sequência com “Broken soul, You will burn e Pure hate. 

 

 

Destroyers off All – Mosher Fest 2021 – @cremo_iu

 

Fazendo jus ao nome, os “Destroyers of All” literalmente destruíram desde o início. Com um vocalista chamando o público para si desde o começo, naturalmente se abriram rodas, gritos e apoio, grande parte dos presentes estiveram a ver a banda, neste momento a casa já estava cheia seja em cima ou seja no piso de baixo. 

“False idols e Hellfall” foram as responsáveis pelo início devastador. 

 

 

A noite foi adentrando e chegou o momento do Death metal, puro em seu esplendor, com os Sacred Sin. 

Sacred Sin – Mosher Fest 2021 – @cremo_iu

Fizeram um show mais “apresentativo”.  

Timidamente algumas rodas se iniciavam, mas entre as duas primeiras músicas se desfizeram muito rápido.  

Nada de monotonia, muito peso, qualidade, uma cozinha muito bem sincronizada (Baixo e bateria fizeram o casamento perfeito), os olhares até este momento demonstravam admiração e também de análise, mas logo tudo veio abaixo quando eles pisaram no acelerador, rodas e moshs estouraram. Experientes não deixaram a desejar.  

“Ghoul Plagued Darkness e Born Suffer Die” foram seus destaques.  

 

Foto público Mosher Fest 2021 – @cremo_iu

 

Em sequência veio o Corpus Christii, talvez das mais experientes no que tange a presença de palco até o momento.  

Uma aura negra pairou no ar, fizeram um show longo, energético e de grande poder sonoro. O grupo fez a casa ir abaixo, e neste momento tomou a atenção de cada alma no recinto, brutal, insana e insaciável foi a apresentação deles.  

Corpus Christii – Mosher Fest 2021 – @cremo_iu

Performática, sincronizada, pesada e violenta, ouviu-se pedidos de “mais”, uma hora era pouco para eles. 

 

Então chegava o momento do fim do festival e aqui fica o questionamento, era mesmo os Downfall of Mankind que deveriam fechar? Não deviam eles terem ficado com o melhor horário da noite? Fica uma sugestão. 

Talvez certamente Corpus Christii deveriam fazê-lo, pois eram a banda mais extrema da noite. 

Mas falando de “DOM”, eles são sem dúvida alguma a banda com maior ascensão no cenário português.  

Downfall Of Mankind – Mosher Fest 2021 – @cremo_iu

Num cenário dominado pelo metal, eles esbanjam qualificação, profissionalismo, imagem visual e sonoridade impecável fazendo DeathCore. 

De certo modo, foram eles os donos da noite, todas as cabeças da casa foram à frente do palco, e fizeram valer o nome o Festival. Moshs não faltaram! 

Seu vocalista luken torna a vida da banda muito mais fácil, sendo o grande front do grupo e chamando a responsabilidade para si. 

Um baterista que demonstrou estar em um nível fora do comum, outro patamar.  

 

Rodas, Mosh, gritos, os Downfall foram mesmo uma metralhadora, mesmo o espaço da casa não sendo favorável para as rodas que um deathcore do nível deles pede, eles souberam impor e propor toda sua performance. 

Novamente, um festival impecável, perdeu quem não pode ir. 

Foto público – Mosher Fest 2021 – @cremo_iu

Siga nossas Redes sociais, seu apoio é nosso combustível:  

https://culturaempeso.com/cep 

Todas as fotos do Festival estão no Facebook oficial, álbum “Mosher Fest 2021”: (Principais fotos estão no Instagram Oficial 

Marque os amigos nas fotos e comentários.

 

FOTOS AQUI:

https://www.facebook.com/media/set/?vanity=Culturaempeso&set=a.4734238136638932

Facebook - Comente, participe. Lembre-se você é responsável pelo que diz.
Artigo anteriorSEPULTURA e DORSAL ATLÂNTICA no Circo Voador
Artigo seguinteEntrevista com produção do Assembleia do Metal 2021
Cremo
Sejam bem-vindos ao meu mundo onde a música é pesada, a arte visual é uma paixão e a tecnologia é uma busca incessante pela excelência. Sou um aficionado por Death, Thrash, Grind, Hardcore e Punk Rock, trilhando os ritmos intensos enquanto mergulho no universo da fotografia. Mas minha jornada não para por aí; como programador e analista de segurança cibernética, navego pelas correntes digitais, sempre sedento por conhecimento e habilidades aprimoradas em um campo em constante mutação. Fora do reino virtual, vibro intensamente com as cores do Boca Juniors, e meu tempo livre é uma mistura de leitura voraz, exploração de novos lugares e uma pitada de humor. Seja nas areias da praia, nas trilhas das montanhas, acampando sob as estrelas ou viajando para terras desconhecidas, estou sempre pronto para a próxima aventura. E claro, não há nada que eu ame mais do que arrancar um sorriso do rosto das pessoas com minhas piadas e brincadeiras. Junte-se a mim nesta jornada onde a música, a tecnologia, o esporte e o entretenimento se entrelaçam em uma sinfonia de diversão e descobertas. E lembrem-se: Hail Odin e um firme 'foda-se' ao fascismo e ao nazismo!