Estou paralisada da dor e pensei que…
Este sangue nem fosse meu.
Envenenei meus lábios com todo verbo que colhi,
Mas tuas raízes moviam-se agonizando as feridas…
Aquelas que ainda não cicatrizamos.
Por vezes apeou de mim,
Como desespero de quem quer findar
E eu tão tola!
Cerzi tu dentro de mim muitas vezes mais.
Se possível fosse,
Gerar de tal altura o remorso …
Porém, tal demasia me era necromancia!
O medo me deteve por segundos
Beirando o precipício de meu ego ser,
Arrancaste a ti de mim voluntariamente
E feito estátua meus olhos pasmos nem se moviam,
Despedindo-se de ti que caia
Leve feito brisa
Foste e deixaste-me o teu pesar.
-Aliz de Carvalho