deceivers

 

Perguntas: Cremogema
Respostas: Gregório e Márcio

Quando formaram a banda em 1994,qual era o objetivo?

Gregório: Tocar um som que todos nós curtíamos, sempre preocupados com a qualidade das composições e integridade com as idéias que queríamos passar.

Qual a experiência adquirida nos Estados Unidos? Quanto tempo ficaram por lá?

Gregório: Muita experiência mesmo…Conseguimos divulgar nosso trabalho e colher importantes opiniões das gravadoras e empresários do ramo de lá. Ficamos 6 meses, que deram muito trabalho, pois fomos quase sem dinheiro e tivemos que arranjar empregos por lá. A viagem foi muito positiva e creio que adquirimos maturidade o bastante para nos situar melhor na realidade e rumo do mercado do nosso tipo de som.

Qual foi a repercussão que tocar com Krisiun e Sepultura deu à banda?

Márcio: É sempre bom tocarmos com bandas de renome como essas citadas pois além de sermos fãs do trabalho que fazem e as respeitarmos muito, atingimos um bom número de pessoas, que passam a conhecer o Deceivers e até tornam-se fãs e amigos porque geralmente acabamos assistindo e curtindo os shows no meio da moçada. Mas independente disso, o nosso trabalho de divulgação é intenso e o mais profissional possível, assim como nossos shows, o que também acaba chamando a atenção.

Influências da banda? O metal se mostra muito presente,seria a adição que transparece no som da banda?

Márcio: As influências são inúmeras. São 5 pessoas diferentes que escutam absolutamente tudo sem a menor discriminação. É claro que existem bandas que todos gostam e que ouvimos juntos, assim como estamos sempre mostrando coisas novas uns para os outros. Quanto à presença do metal, nós não nos incomodamos com isso, pois todos nós gostamos muito de metal, hardcore, punk e mais um monte de coisa. Acho que isso nos dá bastante liberdade para experimentarmos bastante ao compormos e nos permite fazer um som que as pessoas, ao escutarem, logo sabem que trata-se do Deceivers.

Por quantas formações a banda já passou? Tantas mudanças de formação se referem à divergência ideológica, musical, relação pessoal? Qual a formação atual?

Márcio : Ninguém entra numa banda pensando em sair, mas só que ninguém sabe o que vai acontecer. As pessoas mudam e isso é natural. Uma das grandes dificuldades de se ter uma banda é conseguir administrar o foco dos seus integrantes. O Deceivers sempre teve ótimas formações com músicos de altíssimo nível e a atual está coesa e cada dia mais entrosada, o que pode ser notado em shows, ensaios e novas composições.

Criação das músicas… como vocês fazem?

Márcio : As músicas são criadas com toda a banda junta, tocando e trocando idéias de maneira espontânea. Às vezes alguém vem com uma base ou riff e outras vezes apenas começamos a tocar até que saia algo que nos agrade e vamos desenvolvendo até que todos estejam satisfeitos. Nosso processo de composição é muito tranqüilo e nos divertimos, o que é muito importante. Vale lembrar que estamos com várias músicas para um futuro lançamento e estamos até tocando algumas em shows.

A banda dispõem de estrutura própria para ensaios e gravações?

Márcio: Infelizmente não dispomos de uma estrutura que esteja à nossa disposição. Daí a necessidade e importância da banda ser paga ao se apresentar, pois temos que ensaiar e gravar em estúdios de terceiros, além das despesas que temos com transporte, equipamentos e muitos outros que todos que têm banda sabem que existem e que não são baratos! Apesar do Deceivers ter anos de experiência, acredito que no Brasil são poucas as bandas que os integrantes possam viver exclusivamente dela (ainda mais no underground) e ainda terem estrutura para ensaio e gravações.

Projetos para 2008?

Márcio : Em 2008 o foco da banda se divide entre o máximo possível de shows e a preparação do repertório do próximo disco. Fomos convidados para participar de uma coletânea da gravadora americana respawn records que vai sair ainda no primeiro semestre. Já temos uma boa quantidade de músicas novas e os planos e conversas sobre pré-produção e produção já começaram. Na minha opinião, o Everbreathe é um dos maiores discos de hardcore/metal já gravados no país até hoje e para o disco novo a banda quer evoluir ainda mais, o que nos faz esperar o melhor momento e a melhor situação para a gravação do novo material.

Profissão de cada integrante do grupo?

Márcio: A banda é uma verdadeira instituição que abrange desde a indústria do entretenimento até a saúde bucal, passando por áreas técnicas, culturais e de bem-estar social. Temos dentista, bibliotecário baiano, relações públicas, estatístico e comerciante da área gráfica em nossas fileiras. Sempre fazemos um trabalho limpinho, baratinho e de ótima qualidade.

Bate e volta:

4 bandas gringas:
Márcio : Metallica, Machine Head, Mastodon e Napalm Death
Gregório: Burnt by the sun, Converge, Thrice, Skindred, Vader

4 bandas nacionais:
Márcio : DFC, Subtera, Death Slam e Torture Squad
Gregório: Subtera, Lesto!, Morte Asceta, Los Hermanos, Mortificy

1 livro:
Márcio e Gregório : A cura pelo limão

1 cd:
Márcio: The Age of Quarrel (Cro-Mags)
Gregório: Strife (In this defiance)

Uma frase:
Márcio : “Nem sempre no bingo da vida, as pedras são cantadas na seqüência que a gente precisa pra bingar”
Gregório : “Eu sou a mosca que pousou na sua sopa, eu sou a mosca”

nos tempos livres:
Márcio : uma gelada só faz bem!
Gregório : bate uma redonda, bate uma gostosa!

Melhor show da carreira para cada integrante?

Márcio: Pra mim o último. E o próximo vai ser melhor ainda.
Gregório:O que tocamos com Madball vai para a memória…

Grégorio por que as canções são em inglês? A banda procura o mercado externo?

Márcio: Todo nosso trabalho de divulgação é feito pensando tanto no Brasil quanto no mercado gringo. A experiência da banda no exterior proporcionou uma visão privilegiada da indústria musical para a banda, além de ter resultado em muitos contatos e até propostas para a banda. Estamos sempre fazendo contatos buscando lançamentos e até turnês lá fora. Acreditamos em nosso trabalho e nos empenhamos ao máximo para tornar a banda conhecida.

Gregório: Não acho que nosso som combina com português…Não digo que “é porque penso em inglês” como a saudosa Luciana Gimenez (ex-Mick Jagger, mãe de um filho do intérprete), mas não dá para falar a frase “eu sinto seu sangue acre” em português e soar legal.

A banda vem mantendo seqüência de shows?

Márcio: Começo de ano é sempre um pouco complicado e devagar mas aos poucos vamos embalando. Tocamos com o Krisiun recentemente em Brasília e estamos trabalhando numa agenda de shows bem abrangente mas que ao mesmo tempo não atrapalhe os trabalhos para o próximo disco.

Qual a posição de vocês referente a policiais como os goianos que tiraram fotos com prostitutas em viaturas, ou os cariocas saqueando caminhão de cerveja?

Márcio: A situação do país está ficando cada vez mais complicada e atualmente testemunhamos uma escalada da violência que nos amedronta e nos revolta cada vez mais. Enquanto não houverem investimentos sérios em educação e na formação dos profissionais que trabalham em áreas críticas como a segurança, estamos sujeitos a ver cenas como estas.

Brasília é uma celeiro do hardcore brasileiro?

Márcio: Eu não gosto muito desses termos porque com eles vem aquela conversa dos anos 80 e tudo mais. Não que isso seja ruim, pois o que aconteceu naquela época foi um momento único e que mostrou o que era rock pra muito moleque, inclusive eu. Mas hoje em dia existem tantas bandas, que em qualquer cidade que você vai você pode dizer que tem um celeiro de bandas. Mas existem bandas excelentes aqui como DFC, Innocent Kids, Terror Revolucionário, Lesto!, Galinha Preta e muitas outras que mantém a chama do core acesa com discos e shows maravilhosos.

O que significa família para vocês?

Márcio: Família pra mim significa não só os meus parentes, mas também o pessoal da banda, os meus amigos e todos aqueles com quem eu conto e que podem contar comigo. Ou seja, é aquilo em que você mais pode confiar e que você tem que deixar orgulhoso por ter você como integrante.

Por que o nome Deceivers?

Gregório: Surgiu dentre alguns outros, mas achamos que soava e significava legal para nós na época da formação.

Mensagem da banda para um 2008 melhor?

Márcio: Que seja um ano tranqüilo e que todo mundo corra atrás e se movimente, seguindo o exemplo desse blog, a quem agradecemos imensamente pelo apoio! Fiquem de olho em nossos shows, apareçam e tomem uma cerva com a gente.

Facebook - Comente, participe. Lembre-se você é responsável pelo que diz.
Artigo anteriorDefaced
Artigo seguinteDecore
Cremo
Sejam bem-vindos ao meu mundo onde a música é pesada, a arte visual é uma paixão e a tecnologia é uma busca incessante pela excelência. Sou um aficionado por Death, Thrash, Grind, Hardcore e Punk Rock, trilhando os ritmos intensos enquanto mergulho no universo da fotografia. Mas minha jornada não para por aí; como programador e analista de segurança cibernética, navego pelas correntes digitais, sempre sedento por conhecimento e habilidades aprimoradas em um campo em constante mutação. Fora do reino virtual, vibro intensamente com as cores do Boca Juniors, e meu tempo livre é uma mistura de leitura voraz, exploração de novos lugares e uma pitada de humor. Seja nas areias da praia, nas trilhas das montanhas, acampando sob as estrelas ou viajando para terras desconhecidas, estou sempre pronto para a próxima aventura. E claro, não há nada que eu ame mais do que arrancar um sorriso do rosto das pessoas com minhas piadas e brincadeiras. Junte-se a mim nesta jornada onde a música, a tecnologia, o esporte e o entretenimento se entrelaçam em uma sinfonia de diversão e descobertas. E lembrem-se: Hail Odin e um firme 'foda-se' ao fascismo e ao nazismo!