Perguntas: Cremogema
Respostas: Will
Loca: Morro da Capuava – show da banda portuguesa Simbiose.
Como a banda começou? Onde vocês se conheceram?
A gente começou em 1996 pra falar a verdade, como um projeto, depois disso ficou eu e uma mina. A gente gravou nossa primeira demo tape em 1997, ela tocou bateria, eu toquei guitarra e vocal, ela gravou o baixo, nessa época a gente não tinha uma baixista fixo, sempre tinha alguém dando suporte em alguns shows, a gente chegou a tocar alguns shows sem baixo. E o começo foi isso ai, depois entrou um baixista fixo, gravamos um split com ele, ep que saiu nos Estados Unidos com o Lixo em 1999, daí pra frente foram várias formações, veio muita gente.
E qual formação emplacou?
É difícil falar, por que todas as formações com exceção de uma que o Cláudio ficou no baixo, todas as outras tiveram um material lançado, todas fizeram um trabalho. Acredito que todas as formações foram importantes para história, fizeram alguma coisa, lançaram algum disco.
Qual a sua visão de 1997 para cá,11 anos depois?
Hoje é mais aberto, em 1997 a gente era mais de um circuito punk, hoje a banda tem um leque maior de pessoas que conhecem, a gente toca em vários shows, não só em shows punk, tocamos em shows de metal, e em eventos na cidade da gente também. Acho que, a gente já tem muito disco lançado, foi um trabalho muito produtivo da banda nesses 11 anos, a banda fez muita coisa boa, uma boa história, muita coisa que conquistamos neste tempo.
Hoje o Desastre é uma das principais bandas tanto do cenário de Goiânia, como de Brasília, como você reconhece isso tocando bastante 11 anos depois?
Eu só tenho a agradecer as pessoas que gostam, compram o disco da gente, vão nos nossos shows, fazemos isso por que gostamos mesmo, é uma diversão para nós e é bom que as pessoas se divirtam junto com a gente, e é muito bom isso.
Vocês trabalham para o lado comercial,ou para o lado político?
Não, nenhum dos dois, a gente escreve sobre o que a gente gosta, pensa, acredita. A gente não escreve uma música querendo mudar alguma coisa, ou querendo vender alguma coisa. Escrevemos o que pensamos, sem muita pretensão, é uma coisa para as pessoas ouvirem, pensarem e tirarem suas próprias conclusões. A gente não quer mudar ninguém, a gente não faz parte de nenhum movimento político e nem quer ganhar dinheiro com isso também.
Qual a formação atual do Desastre?
Sou eu Wil no vocal, Rassan na guitarra, Danny no baixo, e o Bibi na bateria.
Para você qual show mais marcou do Desastre?
Nossa…tem muitos shows cara, é difícil falar um show. Tocar com o Armnagedon em Goiânia foi muito bom para a gente. Os shows que a gente fez no Goiânia noise, foram muito bons, os do Biri da rock atitude foram muito bons, Brasília sempre tem shows muito bons que a gente fez…é difícil um só.
Teve algum momento em que você teve vontade de acabar com a banda e parar de tocar?
Já teve sim, teve fazes que acabou, ficou só eu. Eu chamei esse pessoal que está tocando comigo, a idéia era começar uma banda nova, daí a gente começou a tocar umas músicas do Desastre, ai eu falei vamos voltar com a banda que já tem um nome, daí voltamos e foi quando a gente gravou nosso ep mundo velho que saiu na Suécia, o ep saiu nessa volta dos ensaios com os caras, e a banda se firmou novamente.
Quais são os planos concretos da banda para 2008?
A gente …está divulgando nosso último disco, “Procurando saída” ainda quer fazer mais alguns shows, e vamos começar a compor umas músicas para gravar um ep, a gente quer fazer umas músicas bem punk, bem d-beat hard core, por que o último foi uma coisa mais metal, misturada, a gente quer fazer este disco um ep com 4 músicas punk, vamos gravar esses material em um equipamento analógico, em um porta estúdio tudo em k7, 4 canais, a gente quer fazer uma coisa bem retrô com isso. E depois fazer músicas para um álbum de novo cheio.
Quantos trabalhos gravados a banda já tem?
Temos a nossa demo tape de 1997 ,o split ep com o Lixo, o ep mundo velho lançado na Suécia,o cd pesadelo real lançado aqui no Brasil que ganhou em lp na França,o perigo iminente cd lançado no Brasil que ganhou uma versão na Alemanha,temos uns k7 com algumas compilações de material na República Tcheca, e nosso último disco o procurando saída. Que deve ganhar um versão em LP também na República Tcheca.
Esta facilidade de ter material lançado fora do Brasil, já abriu as portas para alguma turnê?
Já cogitamos e já tivemos uma tour marcada, mas que não deu certo, por que não conseguimos fechar todas as datas, da tour, ficou alguns buracos, e não era viável ir, tem o cara que quer fazer a tour, mas esse ano acho que não vai dar, esta foda pra mim de trabalho, a nossa intenção é isso a gente trabalha pra isso. Tanto pelo que a gente lança ai, pela intenção de espalhar o nosso som por ai.
Quais são as influências da banda?
Punk, metal, rock, tudo que a gente ouve, é influência, somos bem eclético assim, acho que isso vale pra música também.
Contatos da banda?
www.myspace.com/desastrehc
[email protected]
Podem escrever que a gente responde na maior boa vontade. Nossos discos são bem distribuídos:
No sul tem a terrotem que distribui, em Goiás tem a Tbntb em São Paulo a Bush discos, o pessoal acha para comprar por ai com facilidade.
O ue você tem a dizer da cena goiana para pessoas que pensam que só tem música sertaneja?
A Goiânia é uma cidade que tem muito rock ,muitas bandas de todos os estilos, muitos festivais durante todo ano, uma cena muito ativa, para as pessoas que acham que Goiânia só tem música sertajena, precisam conhecer essa cena. É uma cidade que não tem essa tradição, mas acredito que seja mais movimentada que Rio de Janeiro, São Paulo pela sua proporção.
Qual a mensagem do Desastre para um 2008 melhor?
2008 está ai, acho que as pessoas tem que buscar o melhor para si, e a gente pretende fazer shows, e fazer músicas novas, divertir junto com o pessoal, é isso ai paz para todo mundo, e tudo que puder e vier de bom para todos é isso.