ESPAÑOL ORIGINAL AL FINAL

 

Experiência imersiva e comunidade no coração do underground mexicano

O Doom City Fest é um festival que ainda pode ser considerado underground, mas com uma execução de primeiro nível. Segundo a organização, “mais que um festival, somos um projeto construído por e para a comunidade”. A Cultura em Peso acompanhou a 2ª e 3ª edições (a primeira ocorreu antes da pandemia) e podemos afirmar que se trata de um dos melhores festivais de metal da capital. É evidente que, para os organizadores, “o mais importante é a experiência dos fãs“.

Integrantes da banda Oscuro em performance ao vivo, foto por Afrika Balboa
Oscuro, fotografia de Afrika Balboa

Chegamos pouco depois das 15h, antes do horário de início. Os stands de merchandising já estavam montados, e era possível ver integrantes de bandas circulando pelo local. Minutos antes das 16h, subimos ao palco LSDR para assistir à apresentação do Oculto, conhecidos por sua pontualidade. A bateria marcante do grupo se destacou – o baterista não só mantém o ritmo com precisão, como incorpora padrões complexos. O baixo alterna entre linhas tradicionais e acordes rasgados, quase guitarrísticos.

Com dois integrantes da capital mexicana, riffs pesados e lentos marcaram um início sólido para o festival. Antes da última música, o vocalista do Oculto agradeceu ao público pela presença e pelo apoio durante seus 7 anos de trajetória.

Performance ao vivo do Majestic Downfall, mostrando a intensidade do vocalistaNo palco principal, sons atmosféricos ecoavam pelas caixas enquanto névoa artificial envolvia o espaço. Uma explosão sônica anunciou a entrada do Majestic Downfall (Querétaro). Na opinião de Afrika, são a banda nacional com o melhor desempenho técnico, evocando o doom metal dos anos 1990. Com cinco álbuns de estúdio e uma base de fãs dedicada, o grupo provou seu status quando fãs ansiosos lotaram a frente do palco. O vocal transmitia desespero e ira, harmonizado com instrumentais que equilibravam peso e emotividade.

De volta ao segundo andar, uma das apresentações mais aguardadas por Josshua: o Black Glow de Monterrey. Apesar de ter apenas um lançamento discográfico, a banda já conquistou espaço na cena. Os vocais ecoantes de Gina Ríos (ex-Spacegoat) conduziram o público em uma jornada cósmica, ancorada pela bateria e baixo precisos.

Gina Ríos, vocalista do Black Glow, comandando o palco com sua guitarra

A plateia pedia Gone, seu hit mais conhecido, mas Obscured Clouds e More mg também arrancaram reações entusiasmadas. Ao final, gritos de “Gina! Gina!” pediam um bis, mas o cronograma rígido impediu. A guitarrista demonstrou gratidão pelo carinho recebido.


Integrantes do Black Tusk em performance energética no palcoChegou a vez do Black Tusk, banda americana com uma sonoridade eclética que eu (Afrika) ainda não conhecia profundamente – mas que agora entra para minha playlist. A primeira impressão foi a riqueza de influências: punk, thrash melódico, heavy metal da era mais densa do gênero e até resquícios de doom melódico. De repente, uma virada funk surgia, como se o Deep Purple resolvesse transformar sua psicodelia em pura potência. Riffs brutais e uma vibe punk completavam o pacote do chamado swamp metal. Embora o conceito não seja novo, descobri-lo ao vivo com uma banda tão experiente foi revelador. O swamp aqui ganhou tons sombrios sob influência do doom. Sem dúvida, a recomendação principal do festival.

Bitterdusk no palco, com destaque para os vocalistas harmonizandoCom o Bitterdusk, a experiência começou na postura: ao subir ao palco, cumprimentaram o público e dois integrantes trocaram um abraço. Musicalmente, trouxeram um doom clássico temperado por vocais únicos, cheios de harmonias que transmitiam introspecção e emotividade. A banda chilena preserva ainda o DNA do rock latino dos anos 80-90, criando uma identidade inconfundível. Estavam apresentando seu novo álbum, lançado em parceria com os selos mexicanos Concreto Records e LSDR Records – estes últimos, co-organizadores do festival.

Dopethrone no palco, com distorções pesadas e atmosfera intensaO Dopethrone trouxe uma sonoridade desafiadora de primeira ouvida. Os canadenses estavam entre os mais aguardados do palco principal, misturando a abrasividade do sludge, a psicodelia lamacenta do stoner e a lentidão opressiva do doom. A crueza se equilibrava com um ritmo hipnótico, criando uma combinação irresistível. Foram os que mais energizaram o público, iniciando o primeiro moshpit da noite.

Vinnum Sabbathi no palco, com sintetizadores e luzes azuis futuristasO Vinnum Sabbathi atendeu ao clamor do público – enquanto outras bandas no palco LSDR tinham plateia, com eles o espaço ficou lotado. A banda começou avisando que a apresentação seria gravada, e a plateia respondeu com gritos de “¡Vinnum!”. Seu som é único: doom metal com narrativas de ficção científica, como uma trilha sonora para filmes espaciais. Sintetizadores criavam atmosferas interestelares, enquanto samples de missões da NASA mergulhavam o público em uma jornada cósmica. Foi a viagem mais intensa do festival, fechando o palco LSDR com força.

Conan em performance, com riffs pesados e atmosfera épicaNo palco Sangriento, o britânico Conan era a atração principal para muitos. Abriram com riffs primitivos e distorções brutais, vivendo up ao título de “caveman battle doom“. A harmonia épica e os ritmos tribais marcaram sua estreia no México, incluindo faixas do novo álbum (já resenhado aqui). A plateia cantou Parabéns para o baterista Johnny King, que comemorava aniversário com um bolo no palco.

Baterista do Conan sorrindo com bolo de aniversário no palcoJohnny King do Conan tocando com intensidade

Entre clássicos e novas músicas, o Conan cativou tanto fãs antigos quanto iniciantes – prova disso foi o moshpit que eclodiu repetidas vezes. E então veio o fechamento apocalíptico com o Bongzilla: fuzz saturado, baterias arrastadas e baixos que faziam o pecho vibrar como um segundo coração. Seu som era monolítico, atemporal e aterrador – uma avalanche de peso quase agonizante.

Bongzilla no palco com névoa densa e iluminação vermelha

Integrante do Vinnum Sabbathi manipulando sintetizadoresMembro do Conan erguendo uma cerveja no palco

Bandas circularam pelo festival inteiro, interagindo com o público. A iluminação do palco Sangriento era impecável, enquanto o LSDR optou por um clima soturno – ótimo para atmosfera, ruim para fotos. O som em ambos foi impecável, e a cerveja, surpreendentemente acessível. Um contratempo: os banheiros masculinos fecharam durante o Bongzilla, causando desconforto. Mas a organização soube equilibrar os detalhes, consolidando o Doom City Fest como um evento de resposta excepcional do público.

Confira o álbum completo de fotos:

ORIGINAL EN ESPAÑOL

********************************************************************

El Doom City Fest es un festival que aún puede considerarse underground , pero que su ejecución es de primer nivel. En palabras de la organización, “más que un festival, somos un proyecto construidos por y para la comunidad”. En Cultura em Peso hemos asistido a la 2da y 3era edición (la primera fue antes de la pandemia) y podemos decir que es uno de los mejores festivales de metal de la capital, y es notorio que para la organización, “lo más importante es la experiencia de los fans“.

Oscuro, fotografía de Afrika Balboa

Llegamos poco después de las 3 de la tarde, antes de la hora de inicio. Los stand de merch ya estaban listos y se veía a algunos miembros de las bandas deambulando por el lugar. Unos minutos antes de las 4 subimos al escenario LSDR, a ver la presentación de Oculto , ya que sabíamos que iniciarían a tiempo. Una buena batería siempre se nota, el baterista de Oculto además de llevar el tiempo y darle fuerza al sonido, usa ritmos interesantes que combinados con un bajo que a veces es tocado como tal y con melodías oscilantes; y a veces tocado rasgando acordes como en una guitarra.

Dos integrantes, riffs pesados y lentos, un comienzo firme para el festival. Antes de tocar la última canción, el vocal de Oculto agradeció por llegar temprano y por el apoyo a sus 7 años de trayectoria.

En el escenario principal comenzaron a sonar sonidos atmosféricos en la bocinas, el humo a fluir en el escenario, luego, se sintió un golpe de viento generado por una explosión sónica en la bocina, sale la banda: Majestic Downfall . A mi gusto (Afrika), son la banda nacional (Querétaro) que se lleva una ovación a nivel técnico. Me recordó mucho al doom metal de los noventa. La banda cuenta con 5 álbumes de estudio y una fanbase grande entre los doomers nacionales, esto lo pude constatar cuando comenzó su presentación, hubo mucha gente ansiosa por verlos y reconocerlos. En el escenario, un vocal que proyectaba desesperación, ira y sufrimiento, acompañado de música lo suficientemente pesada para balancear los sentimientos expresados.

De regreso al escenario del segundo piso, una de las presentaciones que más esperaba (Josshua), Black Glow , la banda de Monterrey relativamente nueva, pero con presencia en la escena. Los vocales cargados de eco de su líder y guitarrista, Gina Ríos (ex Spacegoat) te adentran en un viaje cósmico, guiados a la perfección por la batería y bajo. Desde el inicio la audiencia gritaba Gone! , una de sus canciones más conocidas, aunque Obscured Jail y More mg , también fueron muy disfrutadas. Al terminar, la audiencia gritaba: ¡Gina! ¡Gina! y pedía otra canción. Como era necesario apegarse al horario, no pudieron seguir tocando, pero Gina se mostró muy contenta y agradecida del recibimiento.

Fue el turno de Black Tusk , una banda estadounidense con sonoridad variada. Lo primero que escuche fue la variedad y riqueza de sus influencias a la hora de componer su música, escuche mucho punk, thrash muy melódico, heavy metal heavy metal de la época mas pastosa del género, bases que remiten al doom melódico/heavy , y de pronto una mezcla funk , como si Deep Purple decidiese hacer un experimento sonoro y convirtiera su psicodelia en dureza pura, riffs contundentes y sonoridad punk . Esto es lo que se conoce como metal de pantano o swamp metal . Así que lo que escuche si bien no es un concepto nuevo, fue bastante agradable descubrirlo sonoramente, mas de mano de una banda tan experimentada con él. El swamp también se ha visto influenciado del doom , dándole más oscuridad. Sin duda la banda que mas recomendaría de este festival.

Con Bitterdusk se sintió la experiencia desde la actitud con la que entraron al escenario. Saludaron al público, dos de ellos se saludaron con un abrazo. En la música un sonido allegado al doom clásico, la voz muy peculiar, con muchas armonizaciones que proyectaban introspección y sentimientos profundos. A su vez, esta banda chilena preserva el toque de rock latino de los 80-90s, en general, una banda con un sonido muy característico. Estaban presentando su disco nuevo, el cuál lanzaron con las productoras mexicanas, Concreto Records y LSDR records, la segunda parte de la organización del festival.

Dopethrone fue una sonoridad difícil de entender al principio. Pero sin duda, los canadienses fueron de los más esperados del escenario principal. Su sonido es complicado, ya que combina los sonidos más abrasivos del sludge con la psicodelia fangosa del stoner y la lentitud opresiva del doom . Su crudeza combina bien con el ritmo hipnótico. Se vuelve casi una combinación irresistible. Fueron los que mas animaron al publico, abriendo el paso al moshpit.

Vinnum Sabbathi , una de las bandas que el público pidió que se presentaran en el festival, y fue notorio. Cuando todas las bandas en el escenario LSDR había gente, pero con Vinnum se llenó el espacio, por lo que nos quedamos un poco lejos del escenario. La banda inició recordando que la presentación se grabaría, la gente coreo en respuesta: ¡Vinnum!, ¡Vinnum! El sonido y temática de esta banda es muy particular. Se definen como música pesada de ciencia ficción, música que es como el soundtrack de una película. Y lo hacen con una base de doom , toques progresivos y de otros géneros. En el escenario se distinguen por el sintetizador, de donde provienen los sonidos espaciales, así como las grabaciones, las cuales tienen que ver con la exploración espacial. El viaje fue bueno, quizás el más intenso del festival, y la pasión con la que tocan en el escenario fue evidente. De esta manera, los capitalinos cerraron intensamente el escenario LSDR.

Las últimas dos bandas se presentaron en el escenario Sangriento . La primera de ellas fue Conan, no eran una banda sorpresa, pero sí LA banda, ya que eran los estelares en la mente de muchos de los asistentes. Iniciaron con el repertorio mas primitivista: riffs graves, sonidos crudos, es imposible no relacionarlo a la asignación propia de la banda de ” Doom de batalla cavernícola”. Con una base doom, la epicidad que solo da la armonía, y el primitivismo de los ritmos, es como Conan se presenta por primera vez en México, trayendo consigo su nuevo álbum, del cual ya hemos hecho una pequeña reseña en este sitio. Hicieron un intermedio para felicitar a su baterista, ya que era su cumpleaños. Le entregaron un pastel y la audiencia cantó Feliz cumpleaños, a lo que Johnny King se mostró muy alegre.

                     

Mostrando tanto su nuevo material como las canciones mas emblemáticas de su repertorio, Conan no dejó indiferente a nadie, tanto a entendidos del género como a los que recién lo descubren. De esto se dejó prueba en el moshpit que se mantuvo activo intermitentemente durante la presentación.

Por ultimo, el viaje termina con Bongzilla , con fuzz saturados, ritmos arrastrados, batería contundente, haciendo que los altavoces retumbaran como en el mismo infierno, el booming retumbaba en el pecho como otro corazón. Así, Bongzilla se presentaba en el Doom City , espeso, duro, amplio, pesado, casi agonizante. Su propuesta sonora podría definirse como monolítica, atemporal, aterradora. Y es difícil desengancharte.

                             

Las bandas estuvieron presentes durante todo el festival, disfrutando la música e interactuando con la gente. La iluminación del escenario Sangriento era buena, la del LSDR muy básica, generando un ambiente oscuro y agradable, pero dificultando tomar fotografías. El sonido en ambos escenarios era de muy buena calidad. La cerveza era más barata de lo usual. Cuando Bongzilla estaba tocando, cerraron los baños de hombres, no sabemos por qué, pero causó algo de incomodidad en algunos asistentes. En general, la organización tomó en cuenta los diferentes factores para hacer de esto una gran experiencia, consolidándolo como un festival con mucha fuerza y con gran respuesta del público.

 

En el siguiente álbum encuentras las fotos del evento:

Facebook - Comente, participe. Lembre-se você é responsável pelo que diz.