Os Estadunidenses do Enforced lançam seu terceiro álbum “War Remains” e chegam espancando literalmente seu espaço no cenário Thrash/Crossover Mundial com muita propriedade. A banda, formada por Knox Colby – Vocals, Will Wagstaff – Guitars, Zach Monahan – Guitars, Ethan Gensurowsky – Bass e Alex Bishop – Drums, considerando sua existência, é relativamente nova, formada em 2016, essa banda de Richmond, Virginia, Estado que nos brindou com bandas como GWAR e Lamb of God, vem abrindo espaço no meio e com esse disco galgam alçar um lugar soberano no cenário Underground.
“War Remains“ , que tem a previsão de ser lançado dia 28 de Abril pela Century Media, tem a produção de Ricky Olson e levou a idéia de transpassar para um disco a força e extrema agressividade dos palcos, é um disco orgânico, pesado, rápido, agressivo, assim como os shows da banda, que vêm dividindo palco com bandas como Municipal Waste, Obituary, Exhumed, além de tocarem em vários festivais nos EUA e Europa. A capa segue a linha dos discos anteriores, preta e branca, mas exprime a violência do que vem a seguir.
A destruição começa com “Aggressive Menace” que já mostra como será o resto desse lindo disco, porrada sem frescura, não tem sininhos, não tem assovios, é cru, um convite ao Mosh pit, “The Quickening“, tem palhetadas sinistras e um clima tenebroso, a chamada no meio do som da guitarra é genial e chama uma pancadaria sem igual, isso no show vai quebrar alguns dentes com certeza, sugiro levar um protetor bucal, “Hanged by my Hand” não dá refresco ao disco, aquele mosh ao velho estilo Nuclear Assault nos faz banguear sem parar enquanto tenta descrever essas linhas, destaque para o solo de guitarra que é incrível e as dobras de guitarra no final dão um tempero especial nesse som, “Avarice” entra com um ritmo marcado e os dois bumbos da bateria vão comendo solto, esse som é mascado, pesado, até a horda Thrash chegar e mandar o pau comer solto, aí é violência generalizada até o fim, a faixa título é a próxima, “War Remais” tem uma linha de voz interessante, gritada, a música tem variações rítmicas intrigantes ao longo dela, é cheia de energia, palhetadas cavalgadas e o refrão é demais!!! War Remaaaiiinnnnnssssss, “Mercy Killing Fields” tem um começo bem ao estilo Slayer, pesada, aliás, não tem como não citá-los nessa resenha, não entendam como cópia, mas nota-se uma grande influência, principalmente nesse som, e isso é simplesmente maravilhoso, que venham mais mil bandas assim, “Nation of Fear” é a próxima, mais pesada, cadenciada, um convite a aquele quebra pescoço na beira do palco, as chamadas de guitarra nesse disco são fantásticas, “Ultra-Violence” não poderia ter outro nome, pancadaria sem precedentes que só para para entrada do solo de guitarra em uma base mascada, mas a pancadaria volta no final, que aliás é bem inesperado, “Starve” também é cheia de climas e um convite ao Circle pit, se o show dos caras seguir a vibe desse disco não sobra um osso no lugar ao término dele, esse disco é violento, um soco na fuça literalmente, do jeito que eu gosto, “Empire” coroa esse magnifico disco, deixando aquele gostinho de quero mais, são dez musicas que nos dão aquela nostálgica lembrança do final dos anos 90, Thrash sem frescuras, a gravação é excelente, tem essa pegada saudosa e eles souberam fazer isso muito bem.
“War Remains” é um disco que com certeza vai entrar na minha coleção e espero que eles desembarquem por aqui para que eu possa quebrar alguns ossos no meio da bacueira, se você gosta de porradaria e violência como eu, ouça no repeat, vale a pena demais.
Nota do editor (9,5/10).
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