Chaos Cult: Explorando as Fronteiras do Chaos Metal

Formada em 2013, no coração de Bucareste, o Chaos Cult é uma banda que redefine os limites do gênero metal. Embora suas raízes estejam no Progressive Death e no Groove Metal, eles preferem definir seu estilo único como Chaos Metal, um rótulo que reflete a energia e a complexidade de sua música.

Com uma estreia forte após o lançamento de seu primeiro EP em 2013, que inclui faixas como Pillars…, Human Shield e Unconscious, o Chaos Cult consolidou sua presença na cena metal romena. Em setembro de 2024, eles voltaram fortes com o single Welcome to the Show, um exemplo da maturidade e evolução artística da banda.

Tivemos o prazer de conversar com os membros do Chaos Cult sobre seus primórdios, seu processo criativo, seu novo material e seus planos futuros. Abaixo você pode ler a entrevista completa com essa banda inovadora.

  • Começos e evolução

Alin CEP: Como surgiu a ideia de formar a banda em 2013? Qual foi a visão inicial para o seu som?
Chaos Cult: A banda foi formada porque queríamos tocar. Não tínhamos uma visão inicial, isso foi se formando quando incorporamos o Bogdan na guitarra e, posteriormente, com a integração da equipe junto com as duas Gabi (vocal e bateria).

Alin CEP: Você descreve seu estilo como Chaos Metal. Você pode explicar o que esse termo significa e como ele difere de outros subgêneros do metal?
Chaos Cult: É assim que nos chamamos na nossa “arrogância”, sem necessariamente saber em que estilo nossa música se encaixa, usamos parte do nome da banda.

Alin CEP: Desde o lançamento do seu primeiro EP em 2013, como você acha que sua música evoluiu?
Chaos Cult: Consideramos que amadurecemos musicalmente, estamos muito mais cuidadosos com tudo que envolve o ato artístico, desde a execução até a apresentação.

Alin CEP: Você já pensou em ajustar o EP… para deixá-lo mais próximo do estilo que você pratica hoje?
Chaos Cult: Sim, ainda não sabemos se haverá uma regravação/remix, mas pelo menos duas músicas entrarão na rotação do setlist ao vivo, sem grandes mudanças composicionais.

  • Processo criativo

Alin CEP: Como você normalmente aborda o processo de composição? É um esforço colaborativo entre todos os membros ou alguém assume a liderança criativa?
Chaos Cult: Novas músicas vêm na forma de uma demo de guitarra, depois criamos a base rítmica e, finalmente, os vocais.

  • Material novo

Alin CEP: Em setembro de 2024, eles lançaram o single “Welcome to the Show”. Que mensagem você quer transmitir com essa nova música? Tem relação temática com seus trabalhos anteriores?
Chaos Cult: Deixamos a mensagem por trás da letra para a interpretação dos ouvintes, o título representa um convite auditivo da nossa parte. Não podemos confirmar ou negar que há uma conexão temática entre as duas eras, é algo que os ouvintes podem decidir por si mesmos.

Alin CEP: Você tem planos de lançar um álbum completo em um futuro próximo ou mais lançamentos em um futuro próximo?
Chaos Cult: Nós definitivamente gostaríamos de um álbum completo, semi conceitual, mas por enquanto vamos nos concentrar em lançar singles regularmente, pelo menos no futuro próximo.

  • Influências e cena musical

Alin CEP: Quais são suas principais influências musicais, dentro e fora do metal?
Chaos Cult: Seria demais citar todos, mas em geral somos atraídos por tudo que tem groove e riffs “pesados”. Fora do reino do “metal”, acho que inconscientemente enriquecemos nosso estilo com sons ouvidos de artistas do K-Pop ao Hip-Hop e Funk.

Alin CEP: Como você vê a cena metal na Romênia? Que desafios e oportunidades vocês encontraram como uma banda de metal na Romênia?
Chaos Cult: Não a vemos muito, temos alguns amigos e conhecidos e nos consideramos sortudos por termos lugares para fazer shows.

  • Futuro

Alin CEP: Quais são suas expectativas para os próximos anos em termos de turnês, novos lançamentos ou colaborações?
Chaos Cult: Queremos manter um ritmo constante de lançamentos de singles, estamos abertos a turnês de qualquer magnitude, mas no momento não temos nada planejado.

Alin CEP: Como você vê o futuro do Chaos Metal? Você acha que ele pode se tornar um estilo mais reconhecido dentro da cena metal?
Chaos Cult: Não, acho que não, é só uma jogada de marketing da nossa parte para não nos perdermos entre nomes de estilos e tudo o que envolve colocar rótulos musicais. Mas certamente riríamos se no futuro descobríssemos que esse termo “pegou” (… a caminho do OSIM para registrar “chaos metal” como marca registrada).

Muito obrigado, pessoal. Aqui estão algumas perguntas para cada um de vocês.

Dragoș
Alin CEP: Como você começou a tocar baixo? O que te inspirou a começar?
Dragos: No ensino médio, com o grupo de amigos, um deles comprou uma guitarra elétrica e começou a estudar, eu fiquei com o baixo porque tive a sorte de “herdar” um baixo do meu irmão mais velho.

Alin CEP: Existe alguma técnica ou abordagem especial que você gosta de usar no seu instrumento e que você acha que o distingue como músico?
Dragos: Acho que qualquer parte do baixo em nossa música é pensada e repensada muitas vezes para enriquecer sonoramente os riffs de Bogdan e complementar os ritmos de Gabi, não necessariamente algo que me distingue como músico, mas é uma soma de muitas influências (do rock progressivo ao DnB). Gosto de pensar nesses “brinquedos” e “truques” como a “cereja do bolo”, não necessariamente perceptíveis na primeira audição.

Bogdan
Alin CEP: Quais músicos ou bandas mais influenciaram seu estilo de tocar? Existe algum artista que você admira particularmente no seu instrumento?
Bogdan: A resposta genérica seria que há muitos artistas que admiro, muitos para mencionar, mas o que mais ressoa comigo são os estados de tensão e depois liberação criados por uma linha de guitarra “seca” ou por uma técnica específica como “pular cordas” ou por orquestração adicional; Esses aspectos dominam a música do CC, pelo menos no momento.

Alin CEP: Você tem algum objetivo pessoal como músico que gostaria de alcançar nos próximos anos?
Bogdan: O objetivo principal é lançar o máximo de música possível, para criar uma espécie de mapa onde podemos acompanhar nossas decisões estilísticas e a evolução iminente.

Gabi (Batería)
Alin CEP: Como vocês trabalham juntos como banda ao compor? Há espaço para improvisação ou experimentação durante as sessões?
Gabi B: As músicas, pelo menos até agora, nos foram apresentadas em formato demo, e cada uma tem espaço para deixar sua marca. Novos riffs são testados na sala de ensaio, onde experimentamos diferentes ritmos e ideias de apoio até chegarmos a uma forma final que agrade a todos.

Alin CEP: Que novos desafios você pretende enfrentar com o Chaos Cult em termos de ritmo e habilidades instrumentais?
Gabi B: O desafio seria o processo de experimentar até encontrar a fórmula certa que faça essas músicas especializadas soarem orgânicas e coesas.

Gabi (Voz)
Alin CEP: O que te atraiu no metal e como você decidiu que queria cantar esse estilo de música?
Gabi V: Sempre me senti atraída pela falta de restrições que o metal traz. Qualquer som pode ter um contexto em que soe bem, você só precisa encontrá-lo. É bom saber que não há limitações no processo criativo, e é por isso que escolhi esse estilo.

Alin CEP: Como você contribui para o processo de composição da banda? Você escreve riffs, letras ou estruturas de músicas?
Gabi V: Eu escrevo as letras e as adapto para a parte instrumental. Quanto à estrutura das músicas, é um processo coletivo no qual todos nós nos envolvemos até certo ponto.

Muito obrigado pelo seu tempo, pessoal, e boa sorte no futuro.

@demonaz_neo

@ chaos_cult

@culturaempeso

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