Entrevista realizada por Frank Rodrigues e Iúri Cremo.

Primeiro de tudo, excelente o material da banda. Aí vem a curiosidade do entrevistador, de onde começou o interesse pela música pesada e agressiva?  E quais as principais referências/influências, consigo ver muita coisa boa envolvida?

Opa! Valeu pelo elogio!

O interesse pelo peso e agressividade surgiu desde os primórdios das nossas vidas. Eu (Fernanda) e a Débora somos irmãs e convivemos desde muito cedo os mesmos dramas familiares, enquanto o Marcelo teve também alguns dissabores bem sinistros desde a tenra infância em seu núcleo familiar. Essa atmosfera à qual fomos submetidos desde muito cedo acabou por alimentar o interesse pela arte mais violenta, mais visceral. Assim que fomos apresentados ao submundo “underground”, tanto nós duas quanto o Marcelo, logo nos identificamos e ficamos fascinados. Ali estava a base da essência de nossas existências. Sobre nossas influências, curtimos muito Hardcore, Thrash e Death Metal, além dos clássicos do Heavy, do Black Metal e Grindcore.

Agora uma pergunta exclusiva para as meninas, os pais enlouqueciam ou não com as duas querendo fazer som pesado?

Nossos pais sempre tiveram um lado ousado. No casamento deles, ao invés de saírem da cerimônia em um automóvel caretão e quadradão, eles se mandaram de moto, uma BSA 500 cilindradas… Então lá em casa nunca houve esse tipo de repressão, pelo contrário, nosso DNA já foi forjado em fúria, sabor por aventura e loucuradas, nada convencional. Bem como dizia uma tia avó nossa – a falecida Dona Dejanira – sobre esse tipo de tendência:  A fruta nunca cai muito longe do pé da árvore.

O nosso pai costumava ouvir o disco dos Rolling Stones, Camisa de Vênus, Raul Seixas, Jards Macalé, Emerson, Lake & Palmer e Robertinho do Recife até a agulha furar o vinil! Tudo no último volume! HE HE HE! Assim, como fazíamos aulas de dança Jazz e Piano desde muito cedo, não teve muita surpresa quando um pouco mais tarde aparecemos em casa com guitarra e baixo. Além disso, passamos a frequentar a boêmia do bairro Bom Fim, o que o nosso finado avô Alcides também costumava fazer em sua juventude, quando ia ao mal afamado Bar do Fedor, na mesma área da cidade…

Com tanto tempo de estrada já devem ter tocado com bastante gente grande, quais as bandas, com um pouco mais de renome, quais são os principais nomes e que já dividiram palco, e qual foi a experiência agregada a história da banda?

De fato nós nunca fomos uma banda de abrir shows pra bandas gringas. Então tocamos com muita gente bacana, muitas bandas excelentes, mas sobressair um nome entre elas é complicado, porque certamente esqueceríamos alguém importante e nos colocaríamos em uma saia justa…

Claro que sabemos que o nome Losna representa o sabor amargo da planta, mas como chegaram a escolha do nome?

A princípio a banda iria se chamar Ossos Expostos, mas parecia um nome muito grande e queríamos algo mais sintético. Então nos lembramos da erva losna, que nossas avós costumavam ministrar para curar problemas hepáticos, de sabor de fel, terrível. Achamos que combinava conosco, com nossa proposta. Lembrando que é justamente a Artemisia Absinthium L o ingrediente principal do absinto, que libera a substância alucinógena Tujona – A Fada Verde, responsável por causar tremores, espasmos e convulsões. Muitos artistas e boêmios, na Bélle Epoque, usaram o absinto para se inspirarem e desopilarem, até que foi proibido em 1915.

Losna também é a deusa etrusca da Lua.

E como está a cena na região de origem de vocês? Metal ainda vive forte?

Temos fortes guerreiros resistentes, mas o espaço disponível para eventos é limitado. Especialmente depois do trágico evento do incêndio da Boate Kiss, que provocou o aumento de fiscalização sobre as casas de shows quanto às exigências para atendimento dos planos de combate a incêndio, ocasionando o fechamento de vários bares e dificultando o surgimento de novos estabelecimentos comerciais focados no entretenimento.

O metal ainda pulsa, mas com um vigor limitado.

E as mídias atuais, têm ajudado ou não na divulgação dos trabalhos? Qual a opinião sincera de vocês sobre Spotify e meios parecidos?

Ajudam bastante! Tem muitas facilidades e recursos acessíveis. A gente usa sem moderação.

Agora vamos para as perguntas tradicionais, como funciona o processo de composição da banda?

Geralmente começamos com alguns riffs de guitarra ou frase de baixo, mas não temos regras rígidas. Se na bateria surgir algo interessante, puxamos uma ideia e vamos acrescentando os outros elementos. Já a linha do vocal fica por último.

Qual a principal inspiração das letras? E como funciona a criação delas?

O lirismo tem uma origem caótica, mas o conteúdo principal orbita em torno da agressividade. Assim que alguma ideia brota, registro no papel e vou juntando anotações, depois vou depurando, encaixando na melodia e registrando com um gravadorzinho. É basicamente isso!

Indiquem duas bandas que conheceram por meio do underground e valem a pena muito conhecer.

Visceral Feast e Infected Sphere.

Sobre o disco Another Ophidian EXtravaganza como tem sido a divulgação dele?

Olha, já estamos divulgando ele há um tempão, inclusive precisamos gravar logo outro trabalho! Esse ano pudemos ir no Uruguai e na Argentina para mostrá-lo aos hermanos. E foi muito intenso!

Ainda sobre Another Ophidian Extravaganza, oque a banda perecebe de crescimento profissional e amadurecimento pessoal em relação a Distilling Spirits (2011)?

Acaso tenha havido alguma evolução nós não sentimos… HE HE HE!

O grupo tem preparado alguma novidade para este fim de 2018 e decorrer de 2019?

Estamos ávidos por gravar novas composições. Já temos a parte instrumental praticamente concluída de 11 sons, mas ainda faltam os vocais e alguns ajustes. Queremos gravar logo!

Vocês vão tocar em Floripa no próximo final de semana, dividindo palco com as bandas Trator BR e Khrophus. Qual é a expectativa  de vocês para o evento? O público pode esperar alguma surpresa para este show?

Sabemos do poder bélico dessas bandas e estamos dispostos a detonar também. Vai ser um evento histórico, sem dúvida!

Contatos merchan:

Direto com a banda, através das redes sociais (www.facebook.com/losnametal e www.instagram.com/losnametal) ou email: [email protected].

Mensagem final:

Aguardem o bote da Losna, haverá peso, brutalidade e alucinações absínticas!!!

Acompanhem e curtam a Losna nas redes sociais e website: www.losna.com.br

Forte abraço

Abração!

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Cremo
Sejam bem-vindos ao meu mundo onde a música é pesada, a arte visual é uma paixão e a tecnologia é uma busca incessante pela excelência. Sou um aficionado por Death, Thrash, Grind, Hardcore e Punk Rock, trilhando os ritmos intensos enquanto mergulho no universo da fotografia. Mas minha jornada não para por aí; como programador e analista de segurança cibernética, navego pelas correntes digitais, sempre sedento por conhecimento e habilidades aprimoradas em um campo em constante mutação. Fora do reino virtual, vibro intensamente com as cores do Boca Juniors, e meu tempo livre é uma mistura de leitura voraz, exploração de novos lugares e uma pitada de humor. Seja nas areias da praia, nas trilhas das montanhas, acampando sob as estrelas ou viajando para terras desconhecidas, estou sempre pronto para a próxima aventura. E claro, não há nada que eu ame mais do que arrancar um sorriso do rosto das pessoas com minhas piadas e brincadeiras. Junte-se a mim nesta jornada onde a música, a tecnologia, o esporte e o entretenimento se entrelaçam em uma sinfonia de diversão e descobertas. E lembrem-se: Hail Odin e um firme 'foda-se' ao fascismo e ao nazismo!