Nascida nos Países Baixos, Sonia Anubis de apenas 21 anos, já possuí muita história para contar. A guitarrista vem ganhando reconhecimento rapidamente e é endorser de marcas como Jackson, D’Addarío, EMG, EVH e In Tune. Ganhou mais visibilidade ao passar pela banda de Heavy Metal Burning Witches e agora faz parte da banda brasileira de Death Metal Old School Crypta e da banda de Heavy/Rock Cobra Spell. Fizemos uma entrevista via e-mail na qual ela conta como iniciou na música, como foi sua passagem pela Burning Witches e como está sendo sua recepção na Crypta. Vamos a entrevista!

Quando você se interessou pela música?

Minha primeira interação com a música foi quando eu tinha 10 ou 11 anos. Entrei para o coral da igreja na minha escola com essa idade. Quando eu tinha 11 anos, comecei a tocar flauta transversal também.

Minha paixão pela música extrema começou aos 14 anos. Foi quando fiquei obcecada pela banda de Hard Rock KISS, que me inspirou enormemente a começar a tocar baixo também! A partir daí, comecei a descobrir cada vez mais os gêneros extremos, do Thrash ao Black, passando pelo Death Metal. Eu sempre fui muito curiosa em descobrir novas bandas, principalmente através do YouTube. Há um tempo, também decidi começar a tocar guitarra além de baixo.

Quando você decidiu mudar para a guitarra?

Um ano depois, quando eu tinha 15 anos. Eu queria tocar guitarra também. Ainda que eu não tenha levado isso tão sério quanto o baixo. Mais ou menos 4 anos atrás eu comecei a levar isso mais a sério, desde que passei a querer tocar em bandas como guitarrista solo. E aí foi quando a guitarra também se tornou um instrumento principal para mim.

Quais são as suas influências musicais?

Pessoalmente, minhas maiores inspirações são: KISS, W.A.S.P., certamente o Blackie Lawless, Tony Macalpine, Yngwie Malmsteen, Dokken e muito mais.

Você tem uma técnica muito avançada, apesar de ser muito jovem. Você teve professores de música ou aprendeu por conta própria?

Como guitarrista, eu sou autodidata. Mas, recentemente eu tive algumas aulas de guitarra com o Marcel Coenen, guitarrista do Ayreon.

Muitas pessoas não sabem, mas você tocou baixo em uma banda de Death Metal chamada Sepiroth. Essa foi sua primeira banda?

Minha primeira banda de metal foi uma banda de Thrash/Black Metal dos Países Baixos chamada Deamension. Eu era baixista nessa banda.

Seu trabalho mais reconhecido foi como guitarrista na Burning Witches. Por quanto tempo você permaneceu na banda e como foi a experiência de tocar com elas?

Eu toquei como guitarrista no Burning Witches por cerca de 2 anos e meio. Nós tivemos experiências maravilhosas e impagáveis, como tocar em festivais gigantes, fazer turnês internacionais e lançar 2 álbuns, o “Hexenhammer” e o “Dance With the Devil”. Eu deixei a banda por razões pessoais.

Você acabou dividindo o palco com a Nervosa em 2018, se eu não me engano. Foi isso mesmo?

Em agosto de 2018, a Nervosa e a minha banda antiga, Burning Witches, fizemos um show juntas em Luzern, Suíça.

Vocês chegaram a se conhecer, a se falar?

Durante o último show eu falei brevemente com elas. Foi assim que mantivemos contato pelas redes sociais.

Como foi o convite para tocar no Crypta.

Em junho de 2019, Fernando Lira e Luana Dametto decidiram começar um projeto secundário de Death Metal. Para esse projeto secundário elas precisavam de uma guitarrista. Por conta disso, elas me chamaram para conversar, o que me surpreendeu muito, já que eu moro do outro lado do planeta hahaha! Enfim, a partir disso nós começamos a pensar em um nome para a banda e a escrever músicas juntas.

Como foi a reação da sua família quando você disse que iria tocar em uma banda brasileira?

Boa pergunta! Minha mãe ficou positivamente surpresa porque ela tinha visto a Luana e a Fernanda ao vivo com a Nervosa. Ela gosta muito da Nervosa. Estar, de uma hora para outra, em uma banda com elas foi impressionante para nós. Meu pai também me deu apoio com isso.

O que você sabe sobre o nosso país, de forma geral?

Na verdade, eu nunca estive no Brasil. Então, honestamente, eu não posso falar muito. Eu sei que a situação política aí estava meio que fodida… Mas, além disso, eu sei que o carnaval é incrível no Brasil. Eu não sei muito mais, mas eu adoraria experimentar a comida por aí.

Como você sentiu que foi a recepção do público brasileiro?

Desde o momento que a Crypta me anunciou, grande parte de quem reagiu é do Brasil; todo mundo estava super animado e receberam a gente de forma muito positiva. De forma geral, eu sinto que o público brasileiro é muito emotivo e aberto! Eu realmente espero que nossa turnê visite o Brasil pela primeira vez logo!

Por conta da Pandemia do novo Coronavírus vocês ainda não tiveram a oportunidade de se encontrar e compor juntas. Como tem sido a experiência de compor um álbum remotamente?

Honestamente, mesmo antes da pandemia nós estávamos compondo à distância, então isso é um procedimento muito normal para nós. Nos comunicamos muito por chamadas e mensagens no WhatsApp, enviamos nossas ideias para as gravações. Então, colaboração à distância é normal para nós.

Recentemente a Crypta assinou um contrato com a Napalm Records. Como tem sido isso para você, tudo isso acontecendo em um tempo tão curto; uma nova banda, nova gravadora, novo material?

Absolutamente incrível, sem dúvida! Nós não esperávamos assinar um contrato tão rápido, sem ainda nem ter lançado uma música. Nós estamos incrivelmente motivadas a levar a Crypta para todos os palcos do mundo!

Você é muito ativa nas redes sociais e no YouTube, onde você posta covers e responde perguntas de seus seguidores. Como é essa interação com os fãs?

Interagir com os fãs é uma das minhas coisas favoritas. Sem as pessoas que me apoiam, eu não sou nada. A razão pela qual eu toco, claro que a primeira é porque eu amo a música, mas também porque eu espero fazer as pessoas sorrirem. E quando as pessoas reagem de maneira feliz e se sentem inspiradas, isso me deixa feliz também. Eu não desejo nada mais que isso.

Além da Crypta você também começou uma banda de Glam Metal, chamada Cobra Spell, com o seu namorado. Você pode falar um pouco sobre esse projeto?

Cobra Spell é uma banda de Heavy/Rock com membros que moram na Europa e nos EUA. Nós somos inspirados pelas bandas de Hard Rock e Heavy Metal dos anos 80.

Atualmente qual “set up” você usa para tocar?

Como guitarrista eu uso o modelo Warrior da Jackson. O amplificador eu uso tanto um EVH 5150 III de 100w quanto um Kemper Profiler. Meu cabeçote é um EVH 5150 4×12.

Você tem experiência na área de Desenvolvimento de Web. Se eu não em engano, você criou seu próprio site. Você ainda trabalha com isso ou dedica todo seu tempo para a música?

Eu saí da minha carreira como Desenvolvedora de Web para me dedicar 100% à música. Um sonho “full-time” que eu tenho.

Uma curiosidade sua é que você é muito interessada em mitologia egípcia. Como esse interesse começou?

Esse interesse sobre a mitologia egípcia é algo que veio de forma muito natural. De alguma maneira, isso sempre esteve lá. Minha mãe e minha avó também amavam isso. Eu sempre achei simbolismos ocultos e hieróglifos muito interessantes. E todas aquelas histórias antigas da mitologia egípcia também.

Você gostaria de deixar uma mensagem para os fãs brasileiros?

Um milhão de agradecimentos por todo o apoio e pelas boas-vindas calorosas que vocês deram à Crypta! Não esperávamos que fosse tanto e estamos morrendo de vontade de mostrar nossas músicas e fazer turnês perto de vocês! Fiquem atentos, seguindo nossas páginas e “espalhando a palavra”!

Muito obrigado pela entrevista e também pela leitura, “stay wild and brutal”!

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