riders metal fest

1 – Gostaria que em poucas palavras você? definisse o porque do festival ser criado, seria escassez de eventos na cidade?

Escassez talvez seja o melhor termo para se usar em relação a eventos de metal em Lages, temos alguns festivais por aqui, mas os que realmente focam o Metal e suas vertentes são poucos. A cidade já teve seus dias de “ouro” em relação a isso, mas hoje os organizadores preferem dar ênfase ao que chama mais público, como por exemplo o Rock e as malditas bandas cover, que eu particularmente repudio. Foi pensando nisso que tive a intenção de fazer um evento que dê oportunidade para as bandas autorais de região e procurando trazer sempre alguma banda inédita por aqui. Nunca tive intenção de lucro com o evento, quem me conhece sabe que faço isso só pela vontade de ter alguma coisa rolando aqui, tanto que já tive prejuízo com isso, mas ver o metal sendo visto em Lages não tem preço…sempre coloco o preço do ingresso totalmente acessível, mesmo assim tem muita gente que reclama pedindo um “descontinho” ou chega com aquele papo “libera a entrada pro amigo aí”…pessoas assim não contribuem em nada, e ainda querem estar por cima…fica aqui um recado pra elas: Não compareçam no meu evento…fiquem em casa sentados em frente ao computador…enquanto vocês estão aí eu estou fazendo alguma coisa pelo metal!
2- A abertura da sede do Vutu’s MC foi um marco importante pra cena extrema underground de Lages?

Definitivamente não. A abertura da sede foi importante para a idealização e realização do Riders. Devido a eu ter vários conhecidos que fazem parte do Motoclube aqui em Lages ficou mais fácil. Eu entrei com a ideia do evento e eles queriam alguma coisa que desse um agito na sede, por isso tudo deu certo. Eles cederam o local e ajudaram na divulgação do evento, enquanto eu fiquei com a parte de organização e contato com as bandas. Uma boa parceria, mas que não chega a ser tão significativo pra Lages quanto os eventos antigos no Bar do Tio Ivo na Caraha e o Rock no Lago…esses sim foram eventos históricos aqui na cidade. Quem sabe no futuro o Riders também possa se tornar um ícone do undergroud lageano.
3- As edições anteriores foram realizadas no Vutu’s, e agora será na Aservs, qual o motivo da mudança de local?

Por motivos internos a sede do Vutu’s teve que ser fechada em Lages, o que deixou o Riders de molho por algum tempo, mas logo, também por intermédio do vutu’s, surgiu outro lugar em potencial para realização do evento, com mais recursos que a própria sede do motoclube.
4- Qual o motivo de ter apenas duas bandas na primeira edição?

A primeira edição serviu como cobaia, eu não tinha certeza do sucesso do evento e por isso o fiz da maneira mais simples possível, gosto de deixar as bandas tocarem a vontade e sem pressão de horário. Como tanto a Conspiracy 666 e a Warhell são bandas com repertório longo, presumi que seria o necessário para o evento somente duas bandas. Tive uma boa impressão do fest em relação a isso…as bandas tocaram a vontade e o tempo de som foi ótimo, depois do evento sempre rola som mecânico para os que querem estender um pouco mais a noite.
5- Warhell de Curitibanos, ja tocou duas vezes no evento, ela é uma banda respeitada na cena de Lages?

A Warhell é sempre um nome lembrado em relação ao metal extremo aqui na região. Os caras são praticamente profissionais, além de serem excelentes músicos eles levam muito a sério o que fazem com uma competência excepcional. São muito respeitados não só aqui em Lages mas também em todo o estado…sempre estão tocando em algum evento e mandando bem. Mas além de tudo isso são grandes amigos meus, isso torna o contato muito mais fácil e rápido, por isso eles tocaram nas 2 primeiras edições e com certeza vão voltar a tocar num futuro próximo.

6- Jogo rápido:

 

4 bandas de Lages: Lages tem boas referências de bandas no estado, posso citar as que mais se destacam no metal que são: Orquídea Negra, Infernal War666, Ovários e Neófito

4 bandas nacionais: Sarcófago, Flesh Grinder, Calvary Death e Vulcano

4 bandas internacionais: Deicide, Benediction, Death e Obtuary

Metal: Extremo de Preferencia

1 cd: Samael – Blood Ritual

1 livro: Clive Barker – Coldheart Canyon

Família: Base e Inspiração

Lages:Um ótimo lugar pra mim

Uma frase: Qualidade é fazer o certo mesmo quando ninguém está vendo.
7- A  Dyingbreed que já é uma banda respeitada na cena de São Leopoldo foi a primeira banda a tocar no evento que não é de Santa Catarina, algum motivo especial em ser ela a escolhida?

Tenho contato direto com o Leonardo (Vocal) e com o Lucas (Baixo)…os caras são gente boa pra caralho, o Léo organiza o Storm Fest lá em São Leopoldo e tocamos lá com a Ovários em 2012. A Dyingbreed é um banda que vem se destacando no cenário do metal extremo do sul e tem experiência internacional (já tocaram no Uruguai se não me engano). Foi a primeira banda que pensei em trazer pra tocar aqui, e foi super fácil fechar o show. Foi muito bom poder conhecer todos e o show foi ótimo, o lugar quase foi pequeno pra galera se quebrar no show. É, assim como a Warhell, uma banda que pretendo trazer novamente pela qualidade do som e pela parceria. Quem ainda não conhece pode comprar a demo sem medo que é um som monstro e de alta qualidade.
8- Por que houve duas edições em um ano só?

O Riders não é um evento regular, ele acontece quando há a oportunidade de acontecer, pretendo fazer 2 por ano, mas depende muito da aceitação do público no novo local e a disponibilidade das bandas que pretendo trazer.

 

9- “Riders Metal Night”, qual a razão deste ser o nome do evento?

O nome eu bolei com a intenção de envolver o metal e relacionar isso com motos, já que os vutu’s de Lages contribuem diretamente para o evento. Sendo assim saiu o nome Riders Metal Night. No futuro pretendo fazer uma edição do evento em um domingo a tarde, aí eu vou ter que fazer algumas adaptações no nome do fest.

 

10- Fale sobre a estrutura do antigo local e do novo. O que a Aservs tem de novo a oferecer aos banguers?

O lugar antigo era em uma chácara afastado da cidade, mas de fácil acesso, já que fica em uma das principais vias de entrada da cidade. O som rolava em uma casinha construída no terreno…era de tamanho ideal para o evento.

O novo local é maior e melhor para realização do evento, porém não é tão fácil de achar quanto a sede dos vutu’s. Também é afastado da cidade, mas voltada para o interior e a estrada não é pavimentada, mas vale muito a pena ir…além do salão principal o lugar conta com uma enorme piscina, campo de futebol área para camping que ficarão disponíveis no evento.

 

11-Terá bebida e comida no local? Já tens tabela de preços ?

A bebida fica por conta do Vutu’s MC e contará com destilados, cerveja, refrigerante e água, mas ainda não temos tabela de preço…porém será com preço justo. Não será permitido entrada com bebidas. Em relação a comida a gente não pensa em comercializar, mas quem chegar cedo pode participar do nosso churrasquinho pré evento…

 

12- Contatos / Links do evento:

Quem tiver alguma dúvida em relação ao evento pode entrar em contato pelo email [email protected] ou pela página do evento no facebook.com/ridersmetalnight

Esse email também está disponível para bandas de metal AUTORAIS que estiverem afim de tocar em futuras edições do evento

 

13-Considerações finais:

Quero agradecer a oportunidade da entrevista e assim estar contribuindo mais ainda para o underground lageano e catarinense, e agradecer o vutu’s de Lages pela parceria. Quero deixar um recado aqui também pra todos os organizadores de eventos em SC…Santa Catarina tem excelentes bandas que não cobram muito, é um insulto chamar bandas covers e bandas de fora, pagando uma fortuna e depois ficar chorando prejuízo…Abraço a todos e espero que compareçam ao evento.

 

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Cremo
Sejam bem-vindos ao meu mundo onde a música é pesada, a arte visual é uma paixão e a tecnologia é uma busca incessante pela excelência. Sou um aficionado por Death, Thrash, Grind, Hardcore e Punk Rock, trilhando os ritmos intensos enquanto mergulho no universo da fotografia. Mas minha jornada não para por aí; como programador e analista de segurança cibernética, navego pelas correntes digitais, sempre sedento por conhecimento e habilidades aprimoradas em um campo em constante mutação. Fora do reino virtual, vibro intensamente com as cores do Boca Juniors, e meu tempo livre é uma mistura de leitura voraz, exploração de novos lugares e uma pitada de humor. Seja nas areias da praia, nas trilhas das montanhas, acampando sob as estrelas ou viajando para terras desconhecidas, estou sempre pronto para a próxima aventura. E claro, não há nada que eu ame mais do que arrancar um sorriso do rosto das pessoas com minhas piadas e brincadeiras. Junte-se a mim nesta jornada onde a música, a tecnologia, o esporte e o entretenimento se entrelaçam em uma sinfonia de diversão e descobertas. E lembrem-se: Hail Odin e um firme 'foda-se' ao fascismo e ao nazismo!