-Olá, obrigada pela entrevista!! Gostaria de começar falando sobre o começo de sua carreira. Como e quando tudo começou?
Começou na escola, foi lá que tive a primeira e concreta experiência com o heavy metal, onde entendi o som, me acostumei com a sonoridade e acabei montando uma banda, acho que eu tinha de 16 para 17 anos, fui influenciado diretamente pelos colegas de sala de aula. Nessa escola, tinham muitos rockeiros e headbangers em especial, aí os anos se passaram e quando vejo hoje depois de 4 décadas me orgulho muito da trajetória e ajuda para a cena nacional, me sinto um vencedor em poder trabalhar por tanto tempo no que amo, que é o HEAVY METAL!
-Visto que você tem uma longa carreira, anos de estrada e muitas experiências, como que foi a pandemia pra você? Como ficou o seu lado artista durante este período?
A pandemia para mim foi um misto de tristeza, medo e desesperança, realmente nos primeiros 5 meses achei que a possibilidade de tudo acabar era uma verdade que estava rondando, tive vários outros sentimentos ligados a Pandemia, muitos problemas familiares durante aqueles anos, perdi meu pai, tivemos casos de covid em minha casa.
Meu filho Lyon foi o primeiro a se contaminar, depois eu Alan e Lyon novamente, ajudei também a família de minha namorada trazendo eles para morarem em minha casa por alguns meses, enfim, não foi fácil, mas quando começou o papo da vacina comecei a ver uma luz no fim do túnel, aí comecei a escrever mensagens motivacionais em formas de texto e poesia, comecei a fazer e participar de lives, devo muito isso a minha assessora Isabele Miranda pelo apoio e incentivo naquele momento, enfim essa tragédia terminou para mim com a falência do meu estúdio e quase falência geral financeira, mas, com o apoio de meus amigos , familiares e principalmente meus fãs consegui dar a volta por cima e estou ainda num processo pós pandemia de recriação da minha pessoa.
-Você conseguiria listar suas músicas favoritas de sua autoria? Quais e porque são as favoritas?
Não, não tenho músicas minhas que são favoritas, todas eu amo por igual!
-A forma que consumimos música hoje em dia está bem diferente do que quando você começou na música, creio eu. Quais as diferenças você vê no cenário metal de antigamente e do de hoje em dia?
Tem muitas né, mas temos que nos adaptar com as novidades, não podemos ficar presos ao passado que nunca mais voltará, os métodos, as formas, os caminhos todos mudam, o mundo muda, enfim, há pontos positivos e negativos!
-Você também se aventura como apresentador e criou seu podcast, como que surgiu essa ideia e como tem sido a experiência?
A ideia começou em maio do ano passado quando pedi ajuda na internet porque estava praticamente falido financeiramente, o Hugo e o Edu me procuraram pra fazer o programa, demorou um pouco pra eu responder a expectativa deles, até porque eu me questionava se eu era capaz disso, fazer uma entrevista aqui e ali era ok, não me dava responsabilidade, mas, ter um programa semanal?
Era uma situação inusitada para mim, mas enfim, aceitei em fazer uma reunião com eles depois de uns 2 meses do primeiro contato, quando cheguei, eles me mostraram o programa, tinham feito um trabalho incrível de apresentação do projeto e me apaixonei na hora, fora que eles driblaram muito meu receio na função de entrevistador.
Estou gostando muito, a cada episódio vou melhorando, ouço muito as críticas e vou tentando fazer um programa informativo, sem polêmicas, sem mentiras, sem sensacionalismo com humor e seriedade, respeito pelo convidado seja quem for, procuramos também dar espaço para os novos, para o underground e também damos muita importância para os assuntos.
-Talvez seja difícil, mas quais os momentos mais especiais de sua carreira até agora?
Olha, acho que a primeira tour fora do Brasil, o momento que comecei a ganhar dinheiro para poder viver de METAL, os grandes festivais, os lançamentos de novos trabalhos, ganhar um Grammy, tem vários lances legais, afinal são 40 anos…
-Quais as maiores lições que você aprendeu com a música?
A maior delas é fazer tudo com verdade!
-E quais os seus planos para o futuro?
Como tenho mais passado do que futuro atualmente na minha carreira, cheguei ao ponto que não planejo mais, deixo os profissionais da minha equipe fazerem isso e eu digo sim ou não, no momento é mais fácil e confortável.
-Estamos finalizando a entrevista, gostaria de deixar esse espaço livre pra você mandar um recado para a galera!
Acreditem em você mesmo! Você pode! Você tem que acreditar e buscar seus sonhos!