Entrevista feita recentemente com o Rebaelliun a respeito do tempo em pausa devido a pandemia e o novo álbum, “Under the Sign of Rebellion” e ainda sem previsão de lançamento.
Lohy Silveira
I.L – Em algum momento da criação existiu o medo de contrair covid e não ser possível trabalhar neste álbum tendo em vista as questões respiratórias? (sequelas da covid)
Lohy Silveira: Certamente. Desde o início da pandemia esse medo é real e não era somente de não conseguir trabalhar no álbum, mas sim de morrer mesmo. Mesmo tomando todos os cuidados e evitando a aglomeração, é um receio que esteve presente antes, durante e depois de finalizar as gravações do álbum. Espero que a situação esteja mais sob controle para podermos voltar para a estrada para divulgar esse novo trabalho.
I.L – O que você sente em comparação ao primeiro disco lançado como músico em relação a hoje nos dias de lançar mais um?
Lohy Silveira: Nossa, faz tanto tempo que gravei meu primeiro disco…hahaha Mas claro, há uma clara diferença em relação a maturidade, isso não tenha dúvidas. Eu tinha muito menos controle do que queria em relação a proposta na minha primeira gravação e como chegar no resultado que queria atingir. Hoje em dia isso fica mais evidente com a experiência que adquiri como pessoa e músico, então hoje é muito mais tranquilo entrar em estúdio para gravar, já sabendo como buscar aquilo que preciso para a proposta que temos em mente. Mas o frio na barriga nunca some, tanto em entrar em estúdio para gravar, quanto em subir no palco para um show. É a apreensão que rola naturalmente e a expectativa que aconteça tudo como o planejado/ensaiado.
I.L – Você fez uma participação com a Nigurah cantando em português pela primeira vez, existe a possibilidade de um dia isso acontecer na Rebaelliun?
Lohy Silveira: Foi muito bacana essa participação, é uma experiência muito marcante pra mim, com certeza. O Rebaelliun sempre focou em compartilhar seu som com o máximo de pessoas ao redor do mundo e o inglês sempre foi a língua ideal para esse objetivo, mas não posso descartar essa possibilidade de ao menos incluir 1 ou mais sons em português nos próximos trabalhos pois foi algo muito gratificante pra mim cantar em português, sendo o mais direto e reto possível.
Evandro Passos
I.L – Como é escrever uma música extrema pela primeira vez? (suponho que seja, caso não seja, desconsiderar)
Evandro Passos: Foi muito massa por vários aspectos. Desde o ponto de vista técnico, tive que mergulhar de cabeça no mundo da música extrema, estudando muita teoria, músicas, álbuns e bandas importantes da cena mundial do Death Metal, o que por si só já me agrega muito como músico. E o processo de composição com os guris foi muito foda, feito de uma maneira bem orgânica e crua, com todos dando suas opiniões e participando de todo processo. E o resultado de tudo isso foi muito satisfatório, o que tornou a experiência de compor o álbum completo extremamente gratificante.
I.L – Criar algo com uma banda que já tem tantos anos de carreira foi uma pressão em algum momento?
Evandro Passos: Sinceramente não me senti pressionado pelo fato da banda já ter uma longa carreira. Acho que muito pelo lance dos guris me deixarem extremamente a vontade pra compor, pela parceria e pela forte ligação que nós criamos desde que eu entrei na banda, eu realmente me senti em casa para expor as minhas ideias. O fato de lidar com gente experiente e que sabe o que quer fazer, facilitou o processo tbm.
I.L – Você acredita que haverá comparações com o Fabiano? Como você lida e/ou irá lidar com isso?
Evandro Passos: As comparações com o Fabiano são inevitáveis. Ele era um grande músico, excelente guitarrista e compositor. Eu tento sempre me inspirar no legado que ele deixou pra dar seguimento na carreira do Rebaelliun. As comparações não me incomodam de forma alguma, pois eu sabia q iria existir, e de certa forma consegui transformar isso em vontade de fazer um trabalho cada vez mais foda com a banda. Eu não sinto que entrei no Rebaelliun no lugar dele, sinto como se fosse mais um no time. O trabalho dele com a banda deve e merece ser lembrado sempre, e eu fico honrado de poder continuar isso ao lado do Lohy e do Sandro.
Sandro Moreira
I.L – Você sente a idade interferir de alguma forma na execução das músicas ou você por ser educador físico te permite manter a qualidade das músicas?
Sandro Moreira: Sim, sinto um pouco a idade interferindo na performance, tento então equilibrar a perda de performance com os exercícios físicos, através do exercício conseguimos retardar consideravelmente a velhice, logo, a perda de força, resistência e todas as valências físicas vão declinando de forma menos acentuada, então o esforço maior para manter uma boa qualidade na execução das músicas de da mais no exercício físico do que na prática do instrumento.
I.L – Você se inspirou em algum músico para compor as linhas de bateria desse álbum?
Sandro Moreira: Sim, alguns bateras serviram de inspiração sim. Um pouco antes de iniciarmos a gravação da bateria, ouvi por diversas vezes o álbum Formulas Fatal To The Flesh do Morbid Angel, neste álbum, o Pete Sandoval, na minha opinião, está impecável, as linhas de batera são muito fortes, eu curto muito este álbum, também amigos bateras me inspiraram, e muito, como o Maurício Weimar, Cássio Canto, Max Kolesne, Daniel Vilanova, Victor Mendonça e Matheus Montenegro, são bateras que admiro muito e que acaba me influenciando na hora de compor.
Entrevista feita por Indy Lopes
Concedida a Noisy Productions
Fotos Flashbanger
Mais informações sobre a banda, acesse
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