Pisca Produtora e Opinião unem Cólera e Garotos Podres pela primeira em Porto Alegre
Gaúcho que é da tribo do punk rock made in Brasil está se fartando este ano – 2023 promete. E o melhor de tudo é que bandas que fizeram a cabeça de quem viveu intensamente os anos 90 não param de entrar na agenda, causando até uma certa comoção e nostalgia. É o caso do encontro nunca antes ocorrido em Porto Alegre, de dois ícones brazucas (nada novatos) do gênero: Garotos Podres e Cólera.
O encontro será Bar Opinião (José do Patrocínio, 834 – Cidade Baixa, Porto Alegre/RS), dia 22 de outubro, domingo, às 19h, e a realização é da Pisca Produtora e do Opinião. Ingressos aqui.
Se você não lembra deles, eu te recordo: os caras dos Garotos Podres começaram sua carreira em 1982, emm Mauá, no ABC paulista, com influência de bandas punk do final dos anos 70 e 80. Como bons punk raiz, suas letras politizadas contestavam o sistema, e suas causas socias em movimentos na sociedade civil eram notórios. É deles a clássica “Papai Noel Velho Batuta”, uma dura crítica ao Natal, festa capitalista que é cruel com os pobres.
A letra é um clássico cuja letra vale a pena ser revisitada sempre:
Papai Noel velho batuta
Rejeita os miseráveis
Eu quero matá-lo
Aquele porco capitalista
Presenteia os ricos
Cospe nos pobres
Presenteia os ricos
Cospe nos pobres
José Rodrigues Mao Júnior, mais conhecido como Mao, fundador da banda, e também professor universitário, é super atuante na causa muitas de suas letras foram mudadas propositalmente para burlar a censura em plena época de Ditadura Militar – era necessário enviar cópias das letras das músicas para o Departamento de Censura Federal. A música “Johnny” e “Vou Fazer Cocô” foram censuradas, sendo proibida a sua execução bem como a do “Papai-Noel Filho da Puta” – que virou Papai-Noel Velho Batuta – e “Maldita Polícia”, que virou “Maldita Preguiça”.
Mesmo assim, o disco “Mais Podres do que Nunca”, editado pelo extinto selo Rocker e no ano seguinte pelo selo Lup-Som chegou à marca das 50.000 cópias vendidas, um recorde de vendagem de discos independentes na época e continua sendo distribuído em CD até hoje, ultrapassando a marca das 70.000 cópias.
A outra banda que toca essa noite é o Cólera, que também fez a cabeça dos jovens da geração X no Brasil. A banda, formada em 1979, também é um dos grupos mais importantes do movimento punk brasileiro.
Cólera foi responsável pelo clássico álbum “Grito Suburbano” (1982), com a presença do guitarrista e fundador Redson pozzi (1979 – 2011), um dos primeiros do estilo lançado por aqui em 1982. Com suas músicas simples e letras diretas, o grupo conquistou um público fiel que seguiu os acompanhando através dos anos.
Assim com muitas outras bandas, Cólera é representante do movimento punk paulisitano, que tem uma super importância para a história do rock brasileiro. Com o lema mundial “faça você mesmo”, o Cólera chegou a representar o Brasil em turnês pelo mundo, levando seu protesto que perdura até hoje. A formação atual da banda é composta por Pierre Pozzi na bateria e voz, Val Pinheiro no baixo e voz, Fábio Belluci na guitarra e Wendel Barros na voz principal.
SERVIÇO
Onde: Bar Opinião (José do Patrocínio, 834 – Cidade Baixa, Porto Alegre/RS)
Quando: 22 de outubro, domingo, às 19h
Abertura da casa: 18h
Classificação: 16 anos
Cronograma:
Abertura da casa: 18h
Cólera: 19h
Garotos Podres: 20:30
Ingressos:
Lote 1:
Inteira solidária (valor reduzido, com a doação de 1kg de alimento não perecível, disponível para qualquer pessoa): R$ 55
Meia entrada (desconto de 50%): R$ 50
Inteira: R$ 100
Lote 2:
Inteira solidária (valor reduzido, com a doação de 1kg de alimento não perecível, disponível para qualquer pessoa): R$ 65
Meia entrada (desconto de 50%): R$ 60
Inteira: R$ 120
Lote 3:
Inteira solidária (valor reduzido, com a doação de 1kg de alimento não perecível, disponível para qualquer pessoa): R$ 75
Meia entrada (desconto de 50%): R$ 70
Inteira: R$ 140
Lote 4:
Inteira solidária (valor reduzido, com a doação de 1kg de alimento não perecível, disponível para qualquer pessoa): R$ 85
Meia entrada (desconto de 50%): R$ 80
Inteira: R$ 160
* Os alimentos deverão ser entregues no Opinião, no momento da entrada ao evento.
Serão doados ao CELE (Centro Espírita Luz da Esperança de São Francisco de Assis).
** Para o benefício da meia-entrada (50% de desconto), é necessária a apresentação da Carteira de Identificação Estudantil (CIE) na entrada do espetáculo. Os documentos aceitos como válidos estão determinados na Lei Federal 12.933/13.
Demais descontos:
* 50% para idosos: Lei Federal 10.741/03 – obrigatória apresentação de identidade ou documento oficial com foto.
* 50% para jovens pertencentes a famílias de baixa renda: Lei Federal 12.933/13 – obrigatória apresentação da Carteira de Identidade Jovem e de documento oficial com foto.
* 50% para pessoas com deficiência (e acompanhante quando necessário): Lei Federal 12.933/13 – obrigatória apresentação do Cartão de Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social da Pessoa com Deficiência ou de documento emitido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
* 50% para doadores regulares de sangue: Lei Estadual n° 13.891/12 – obrigatória apresentação de documento oficial válido e expedido pelos hemocentros/bancos de sangue.
* 50% para sócios do Clube do Assinante ZH.
Realização: Pisca Produtora e Opinião (22 anos de parceria).
Apoio: Agência Lupis.
Ingressos:
Bilheteria oficial (sem taxa de conveniência – somente em dinheiro):
Loja Planeta Surf Bourbon Wallig (Av. Assis Brasil, 2611 – Loja 249 – Jardim Lindóia – Porto Alegre)
Horário funcionamento: das 10h às 22h.
Online: https://www.sympla.com.br/opiniao