Ray Coyote: Residências artísticas em Guadalajara no México

A banda tapatía Ray Coyote se despede momentaneamente dos palcos mexicanos com um conceito tão íntimo quanto ambicioso: Residências, um ciclo de cinco concertos no C3 Rooftop de Guadalajara, onde cada quinta-feira interpretarão um de seus discos no formato álbum completo.

Estas apresentações não apenas celebram a evolução sonora de uma das propostas mais singulares da cena independente nacional, mas também marcam o encerramento de um capítulo crucial antes de embarcarem em sua primeira turnê europeia, um feito que os posiciona como embaixadores de seu som híbrido fora do país.

Com influências que vão do rap ao post-rock, do noise à eletrônica experimental, Ray Coyote construiu uma linguagem própria ao longo de vários trabalhos que, nestas residências, serão revisitados em ordem cronológica, oferecendo ao público uma experiência imersiva e irrepetível.

Calendário de apresentações:

• Quinta-feira, 26 de junho – Colmillo
  O álbum de estreia que marcou seu estilo, com atmosferas densas, letras introspectivas e uma crueza emocional que estabeleceu as bases do projeto.
• Quinta-feira, 3 de julho – YHWHMUSRAY
  Um disco de ruptura e risco, onde as estruturas tradicionais colapsam para dar espaço a uma exploração espiritual e sonora.
• Quinta-feira, 10 de julho – Work Ethic
  Aqui a banda coloca o dedo na ferida com uma crítica ácida ao mundo contemporâneo. Batidas quebradas, spoken word, guitarras abrasivas.
• Quinta-feira, 17 de julho – Tetradracma
  Um ponto de maturidade estética. Este álbum sintetiza sua evolução musical com uma narrativa poderosa e uma produção mais afiada.
• Quinta-feira, 24 de julho – EPs
  A quinta data será um percurso por seus lançamentos mais breves, joias soltas que marcaram o pulso entre álbuns e que completam o DNA sonoro do Ray Coyote.

Mais que uma série de concertos, Residências é um diário de bordo vivo, uma retrospectiva emocional em tempo real e um agradecimento a seu público local, que acompanhou o projeto desde seus inícios. É, também, um convite para escutar com outros ouvidos, redescobrir álbuns no contexto em que nasceram: o palco.