A banda que nasceu entre as cidades de Verona e Veneza na Itália, Exitium já traz absoluta destruição e ruína no nome, e está prestes a lançar seu mais novo álbum, o “Imperitous March For Abysmal Glory”. O lançamento está previsto para o dia 12 de maio de 2023, pelo selo Time To Kill Records. E a resenha, o que diz?

A resenha diz que este é um dos últimos álbuns de death metal que realmente quebrou expectativas. São 10 faixas com letra conceitual onde falam sobre uma civilização obscura que existe dentro das camadas da terra e suas entidades externas. Acompanhando a letra e vocais agressivos e aterrorizantes estão as guitarras de riffs pesados e urgentes, e bateria alucinante. As faixas são compostas com introduções únicas e momentos que, mesmo sendo inesperados, são coesos em sua composição. Aliás, composição é o que não falta para criar uma atmosfera digna dos melhores filmes de terror com muito suspense.

Não há como não se sentir eletrificado pelo som produzido, o gutural pesado de T. (ex Skorbutiks) complementa o vai e vem da guitarra de M. (Sonum, ex Sinatras) com o baixo de N. (ex Skorbutiks e Apocryphal) enquanto o baterista G. (ex integrante do Membrance) absolutamente destrói. Há um alinhamento criativo absurdo entre os integrantes da banda, e não posso deixar de mencionar que isso está presente ao longo de todo álbum. 

Dou nota 10 para o álbum.

No momento a banda disponibilizou seu primeiro single “The Sinister Sedition” pelo canal do YouTube dos próprios. Vale conferir.


O álbum abre com a “
Incomb Intro”, que te coloca no meio de uma cena de filme de terror digno do mais lindo exorcismo. A impressão que dá é que até mesmo a luz do dia se vai, com direito a um padre em oração, gritos diabólicos e som ambiente que só faz crescer o suspense.

Na próxima música ‘Rooted in Blackened Soil” as inquietas guitarras abrem para um gutural e bateria pesados, com evoluções, quebradas e um som que te leva por momentos que criam uma energia absurda. Já falei que o poder de composição neste álbum está absolutamente incrível. O trabalho de gutural de T. nesta faixa é uma das minhas prediletas do álbum.

Seguimos com “Abyss Wolf” e sua abertura enlouquecedora entre vocal e guitarras. Já tem traços mais clássicos do death metal de manter uma trilha com quebradas de ponte e refrão, mas sem ser old school, a trilha continua mantendo toda ambientação da intro, entre momentos de baixos e as viradas de guitarra e bateria – sempre nervosa.

“Hammering The Walls of Grace” é como acordar no meio do moshpit que entra na melodia somente para criar a expectativa de mais. Nessa trilha, a bateria já traz o seu peso. Sem dúvida, mais uma das minhas preferidas, é uma rica composição que revela mais uma faceta do álbum. 

Falando em facetas, “Ephemeral (Instr.)” é uma segunda intro, porém instrumental. Essa faixa não é uma qualquer, o som da banda traz peso e continua contando a sua estória – afinal, este é um álbum conceito com direito a confrontos, berros em agonia e metais abusados. 

Assim chegamos ao primeiro single do álbum: “The Sinister Sedition”. Mais uma preferida? Pode apostar! Já começa na neura, te joga pro mosh dessa vez tu fica lá um tempo, até que permitem respirar. Os guturais diabólicos levados por riffs melódicos, a bateria nervosa até que tudo volta para aquela neura do início e te joga no mosh mais uma vez! 

Na próxima trilha “Led by a Scornfull Hand” o peso chega primeiro, aos poucos a elevação leva ao quebra de tudo. Já é uma trilha bem mais obscura, cria momentos de antecipação. As repetições em riffs adicionam à batida. O peso combinado com o solo de guitarra de alguma forma mantiveram uma eletricidade bastante clara. Admito que foi uma trilha que me fez sentar para trás e aproveitar. 

“Ab Aeterno” ou “desde a eternidade” é mais um momento de virada do álbum. Uma espécie de intro (a terceira) que combina música orquestrada, efeitos sonoros, alguma vocalização feita por coral sob o badalo do sino – que não poderia faltar. Mais um marco que nos leva para o encerramento e desfecho desta estória conceitual.

No penúltimo ato temos “Spoils of Defilement” já correndo, guitarras abrindo para a bateria e gutural que entram sincronia, são refrões e pontes que enriquecem a trilha. O som senta mais uma vez em raízes clássicas do death metal. A discussão entre instrumentos, viradas e riffs mais infectados faz dessa trilha a continuação perfeita de todos os momentos anteriores.

Fechando o álbum, temos “Dieu El Veut!” – a busca por interdição divina… já intenso nos primeiros acordes, cresce com peso e te leva a este último grande momento no qual a agressividade explode. A composição absurda entre caos, gutural, gritos, peso e agressão de todos. Uma trilha feita com seus próprios momentos, se é fechamento com chave de ouro? Absolutamente.

Tracklist:

  1. Incomb (Intro)
  2. Rooted in Blackened Soil
  3. Abyss Wolf 
  4. Hammering The Walls of Grace 
  5. Ephemeral (Instr.)
  6. The Sinister Sedition 
  7. Led by a Scornfull Hand 
  8. Ab Aeterno
  9. Spoils of Defilement
  10. Dieu El Veut!

 

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