O canal do YouTube HEAVY CULTURE recebeu no dia 26/10 o lendário guitarrista Rick Hunolt, membro da formação clássica do gigante do Thrash Metal EXODUS. Afastado da banda desde 2005, o músico, porém, tem se mostrado bastante ativo com a banda, tanto participando de shows quanto gravando alguns solos para o aguardado novo álbum, “Persona Non Grata”, que será lançado no dia 19 de novembro. Hunolt, no bate-papo, contou que gravar novamente com os ex-colegas depois de tanto tempo foi como se estivesse em casa, sentindo-se extremamente confortável. Sua participação em shows recentes – para levantar fundos para o tratamento de câncer do baterista Tom Hunting – também foram bem interessantes, o que tem levado algumas pessoas a questionar sobre seu retorno ao grupo. Para o HEAVY CULTURE, o guitarrista disse que se divertiu muito nos shows e que se o chamarem para tocar, ele o fará com prazer, não descartando a ideia de algum dia voltar ao line-up, pois, segundo ele, se houver uma proposta, ele retornaria, pois nada é impossível.
Indagado sobre sua importância para o Thrash Metal, sobretudo por sua pegada agressiva com riffs insanos ao lado de Gary Holt, o músico disse que não se considera um “riff master”, mas afirmou que está lá desde o começo do estilo. E é justamente este pioneirismo que foi destaque do papo, onde Hunolt diz que as velhas bandas continuam fiéis ao som de outrora, mas é importante que as bandas novas, mesmo seguindo as influências old school, tentem renovar o estilo, inserindo sua própria personalidade, e que os fãs precisam ter a cabeça aberta. “É importante que as bandas tenham identidade”, citou o guitarrista, lembrando das inovações que o Sepultura fez com “Roots”, adicionando elementos novos ao seu Thrash Metal e criando algo único.
Um dos assuntos mais festejados por Hunolt foram as lembranças sobre as turnês brasileiras, sobretudo aquela épica tour de 1998, quando o guitarrista relembrou os momentos que passaram na cidade de Paraty, localizada no litoral sul do estado do Rio de Janeiro. Naquela época o grupo divulgava o álbum ao vivo “Another Lesson in Violence”, lançado no ano anterior e marcando o retorno à ativa, tendo à frente o carismático vocalista Paul Baloff. O lendário frontman, que até hoje é lembrado com muito carinho pelos integrantes, gravou apenas um álbum de estúdio com a banda, o clássico “Bonded by Blood”, lançado em 1985. O staff do HEAVY CULTURE questionou Hunolt se o álbum em questão tivesse sido lançado antes – já que estava gravado há cerca de um ano– as coisas poderiam ter sido diferentes para a banda, talvez superando o Metallica ou talvez integrante o famigerado Big 4 do Thrash Metal. O guitarrista disse que todo tem seu lugar no Thrash Metal old school, mas admite que se não houvessem tantos atrasos nos lançamentos as coisas talvez tivessem tomado outro rumo, indicando ainda que terem tirado Baloff da banda dificultou ainda mais o processo, pois as pessoas o amavam, mas deixou claro que na época eles todos ainda eram muito novos e não sabiam o que estavam fazendo.
Assista ao bate-papo com Rick Hunolt:
A agenda de novembro do HEAVY CULTURE contará, até o momento, com as seguintes participações: 09/11 com o vocalista Steve Sylvester, da banda italiana Death SS, 23/11 com David DeFeis, vocalista do Virgin Steele e no dia 30/11 o canal receberá o guitarrista Craig Locicero, do Forbidden. Outras participações serão divulgadas em breve.
Créditos da foto: Raymond Ahner (Loudwire)
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