Uma grande noite de Metal Extremo vinha sendo anunciada há tempos para esse dia 27/05 em Porto Alegre.

E após essa longa espera, eis que o dia chegou e pudemos presenciar um festival de profissionalismo e música extrema de qualidade. Crypta, Nervochaos, Krisiun e Belphegor eram o cast do evento, nessa respectiva ordem.

E ele começou com Crypta que era uma das grandes expectativas da noite, pois a banda está em uma escala ascendente em termos de credibilidade e aceitação por parte de público e crítica que muito me deixa feliz. Por vários motivos, dentre eles, pelo fato de ser mais uma banda brasileira de mulheres entrando como um aríete em um meio masculino. O show começou com um volume de som e definição um pouco embolados, mas logo na segunda música esse detalhe foi corrigido e pudemos ouvir e perceber com clareza como as meninas estão mandando muito bem no palco, tanto em sonoridade quanto em performance. Fernanda Lira é um show à parte e domina o palco muito bem, e apesar da banda contar com um repertório pequeno, pois teoricamente ainda é uma banda nova, a baixista e vocalista comandou o set da Crypta de forma magistral. A nova guitarrista Jéssica, que entrou no lugar da Sonia Anúbis já entrou no time mostrando muito entrosamento e química no palco com as meninas. Como era de se esperar, o ponto alto do show foi a já clássica From the Ashes, com o Opinião cantando junto o refrão e confesso que foi de arrepiar. Primeira vez da Crypta em Porto Alegre e certamente esperamos que voltem em breve.

Logo em seguida foi a vez do Nervochaos apresentar um set coeso, nova formação e um show pesado e denso em sonoridade. É curioso ver um vocalista “gringo” cantando em uma banda brasileira e me fez lembrar das primeiras vezes em que o Mr Green se apresentou com o Sepultura em solo brasileiro, arriscando uma ou outra palavra em português. Curiosidades a parte, Brian Stone tem uma ótima performance no palco, tem um vocal cavernoso que encaixou muito bem com o som da banda. Com o disco “All Colors of Darkness” lançado esse ano, o Nervochaos não decepciona, apresentando um show muito pesado, bem entrosado e com ótima recepção do público, que conhece a banda há anos e já sabe que pode esperar pedreira atrás de pedreira no palco com muita competência.

Chega a hora do Krisiun subir ao palco e o que dizer? Eles estão em casa e como se espera, estão à vontade. A máquina de guerra do metal da morte não perdoa, não dá trégua e deixa clara a satisfação eterna de estar tocando em solo gaúcho, sua casa e onde tudo começou. Krisiun é sinônimo de agressão sonora, carisma e performance de palco impecáveis e profissionalismo e humildade exemplares. Se há alguém do Sul que ainda não tivesse presenciado isso tudo em outras oportunidades, nesse dia pode comprovar e até se surpreender com tudo que já ouviu falar. Krisiun também tem disco nosso sendo lançado em 2022 e está no forno, tendo o primeiro single desse disco sendo lançado no dia desse evento. Vários clássicos presentes no set, como: Combustion Inferno, Blood of Lions, e claro o set terminou com o Black Force Domain reafirmando o Krisiun como o nosso maior orgulho do metal nacional e mundial.

Pra terminar com essa noite que ficará em nossas memórias, o Belphegor sobe ao palco pra entregar um show hipnotizante, no mínimo. Por conta da sonoridade da banda e principalmente pela performance de Helmuth, o Belphegor prendeu a atenção do público durante todo o set. Diferente das outras bandas da noite que interagiram bastante com a plateia, os austríacos são mais performáticos (típico do estilo Blackned Death Metal), o que não diminui em nada o valor da apresentação, pois pra mim proporcionou uma catarse profunda. Digna de nota a apresentação da banda, pois o som estava perfeito, a performance como já dita, hipnotizante e como atração principal foi impecável. Alguns dos sons mais conhecidos dessa nova (nem tão nova assim) fase do Belphegor, como: Belphegor – Hell’s Ambassador e Lucifer Incestus estavam presentes e fizeram a alegria dos apreciadores da blasfêmia e do massacre sonoro.

Mais um evento com o selo de qualidade Ablaze, em um lugar perfeito para o evento, como o Opinião, entra para a nossa conta. Dá orgulho ver nossas bandas brazucas não devendo nada para qualquer banda gringa, pelo profissionalismo, dedicação, garra e empolgação no palco. Conjurando as negras forças do Death Metal e compartilhando essa energia sombria com os presentes. Quem viu, viu. Quem não foi, infelizmente perdeu uma bela celebração do metal extremo de qualidade.

Resenha por Lohy Silveira e fotos por Indy Lopes via Noisy Productions em parceria com Cultura em Peso

 

Confira o álbum de fotos do Evento no link abaixo, são mais de 60 fotos do Evento.

 

Fotos feitas por Indy Lopes da Noisy Productions.

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