O Hammurabi é uma banda oriunda de Belo Horizonte e que tive a oportunidade de conhecê-los através de todo esse movimento underground que está efervescente por todo o Brasil ! O ponto que chama muito a atenção na banda (além do excelente som e o extremo bom gosto nas linhas de baixo) é o profissionalismo com o qual a banda encara sua carreira, a configuração de seu material e toda a cena em geral. Tive a oportunidade de conversar com Daniel e ouvir o excelente EP Shelter of Blames, o qual dá uma prévia do que será o full álbum da banda. Confiram agora o Hammurabi !!!
Opa Daniel, tudo bem? Como e quando começou o Hammurabi e o por que do nome ?
Grande Guilherme, tudo bem. Primeiramente gostaria de agradecer a oportunidade pela entrevista no Cultura em Peso e estender esse agradecimento a família Krow, pra mim uma das grandes bandas brasileiras da nova geração, e a todos os fãs do Hammurabi e do Metal Nacional.
O Hammurabi surgiu em 2006, após a saída do nosso até então baixista, Johnny. Essa dissolução apontou para um novo caminho e resolvemos seguir em power-trio onde assumi os graves da banda.
O nome surgiu em uma aula de história de arte. Pesquisamos mais e de repente nos identificamos de tal forma com a história, ideologia e o código de leis criado em uma época tão remota que adotamos o nome para identificar o nosso trabalho.
Cara a cena de Belo Horizonte é mundialmente famosa, por ter um público totalmente qualitativo, ou seja, é um público que vai aos shows para sacar bem qual a real do som da banda e não apenas para fazer volume nos eventos, além de ter revelado ao mundo uma safra de bandas consideradas precursoras na arte do som extremo, como Sextrash, Witch Hammer, Holocausto, Chakal, Sarcofago, Sepultura, The Mist, entre outras. Como a banda lida com isso? Vocês veem esse fator como algo que faz com que a banda evolua profissionalmente?
Temos um imenso orgulho por termos cada uma dessas bandas nascidas em Belo Horizonte. Naturalmente, tratamos com grande responsabilidade essa notoriedade e sempre buscamos fazer um trabalho onde o profissionalismo seja tão evidente quanto o dessas bandas, mas nunca nos comparamos, cada trabalho possui suas particularidades e isso é o que distingue a identidade de cada uma delas.
Como tem sido a divulgação do som de vocês dentro e fora de BH? E o novo EP, como tem sido a repercussao de Shelter of Blames ?
Nossa principal fonte de divulgação é a web, a abrangência dessa ferramenta é incomparável e se bem trabalhada possui uma capacidade descomunal. Mas trabalhamos bastante presencialmente também, nos shows mantemos um corpo a corpo freqüente com os fãs para saber também sobre o que eles pensam e como eles enxergam a cena tanto a nível nacional quanto nos nichos em que cobrimos em cada cidade e/ou região. Sobre “Shelter of Blames”, é interessante saber a capacidade de um MCD bem projetado, trabalhamos duro para tudo que envolva o nome da banda seja o mais interessante possível e neste caso, esse MCD vem cumprindo bem sua tarefa. Tivemos a oportunidade de visitar cidades antes não visitadas estendendo a divulgação do nosso trabalho e ainda de lançarmos esse material em BH em uma ocasião muito especial, o “open act” do Sodom no ano passado.
Shelter of Blames é um título interessante, fale sobre o conceito desse material…
Na verdade não trabalhamos um conceito específico em “Shelter of Blames”, mas conceitos diferentes através de cada uma das músicas, até mesmo porque não paramos para compor e as músicas foram acontecendo, mas necessariamente, ele traduz um pouco daquilo que somos ideologicamente. Falamos de comodismos, preconceitos e fundamentalismos e as letras falam disso e nossa energia é captada através de cada nota que tocamos, quer seja raiva e ódio, ou melancolia e desgosto. “Shelter of Blames” acontece em um formato diferenciado em todos os sentidos, seja em relação a sua produção ou mesmo em sua concepção e isso se torna evidente em qualquer contato com a banda, tanto através do MCD, nosso trabalho em Social Media quanto nos shows, no cenário que apresentamos e em nossa presença de palco.
Quais os planos para o futuro, agenda de shows cheia ? Fiquei sabendo q vocês estão para gravar um full lenght, correto ?
A incessante busca por shows mas que atualmente se resume a tocar onde ainda não estivemos, essa é nossa busca atual até para fortalecer o nome da banda onde só tivemos a oportunidade de chegar através da web. Sobre o full, sim… faz parte do nosso plano de ações e deve ter início no fim deste ano e desta vez, acho que será um material que tenha um contexto ainda mais sólido do que “Shelter” em termos conceituais.
O espaço agora é para você falar com nosso público, muito obrigado por responder à entrevista no Cultura em Peso, um grande abraço e longa vida ao Hammurabi !
Gostaria de agradecê-lo pela oportunidade e abertura para usar esse espaço possibilitando assim o público de saber mais sobre o nosso trabalho, a nossa dedicação e a responsabilidade que desempenhamos ao fazer parte deste cenário tão rico que compõe o metal nacional.
A todos os fãs, amigos e admiradores, em nome do Hammurabi, agredeço o apoio e a energia que nos envolve em cada show, em cada mensagem e/ou email que recebemos.
Longa vida ao metal nacional!!!