Essa é minha primeira review e o primeiro show que faço para o Cultura em Peso, apesar daquela pequena ansiedade que bate em frente à novas situações, tudo correu tranquilamente.
18 de Novembro de 2023. Cheguei na casa por volta das 16:30h, o calor estava infernal, a fila não estava grande e a casa não estava lotada (a princípio), o que foi muito bom para o público, visto que a temperatura beirava os 40 graus.
O Inluzt entrou pontualmente as 17:00h no palco com uma energia explosiva, Fabz, o vocalista, disparando agudos selvagens e rasgados, o baixo do Lexxi bem cadenciado e peso, Luke, o guitarrista da banda apresentando uma guitarra sólida e firme com um timbre bastante agradável. Luke interagia de forma engraçada as vezes, agitava os braços, distribuia algumas garrafinhas de água às vezes, dançava por todos os lados e punha o microfone na boca de alguns fãs que cantavam junto, evidentemente estava muito feliz , por isso exalava uma simpatia e conexão impar com o publico. Em um momento em que ele deitou na ponta do palco, alguém veio e começou a coçar a ponta do seu nariz provocando alguns risos. A combinação som pesado + brincadeiras despretensiosas deu certo, dando muita energia positiva pro público continuar curtindo.
Após mais ou menos 30 minutos o Nite Stinger entrou apresentando um rock mais lento e pesado, o calor aumentava junto com o público. Não deixaram falha na apresentação, uma pegada Hard Rock extremamente sólida e concisa com vocais mais macios e graves do que a banda anterior (Inlutz), algumas melodias embalaram memórias afetivas dos tempos áureos da rádio, isso denota uma relação estreita e sincera com a proposta sonora que adotaram, destaque para a energia “Beat It”, a penetrante “Gimme some Good Lovin’”. Apesar da postura um pouco mais ‘’tímida’’ foi uma ótima preparação de terreno pra chegada do Hardcore Superstar.
No intervalo que durou aproximadamente meia hora encontrei com a Dani (@daniaguiarfoto), uma fotógrafa de shows que decidiu tirar uma folga e curtir um som já que acompanha a banda há 20 anos, não perderia jamais a primeira passagem deles pelo Brasil.
O público praticamente dobrou, mas, por sorte, não foi suficiente para lotar a casa, já que o calor aumentava junto com o público. As cortinas do palco se abriram e uma luz azul tomou conta do palco, o Hardcore Superstar abriu com “Abrakadabra”, o vocalista Joakim Berg demonstrava grande presença, usava no peito a frase “You Can’t Kill My Rock’n’roll”, corria pela ponta do palco tocando a mão dos fãs que enlouquecidos entoavam a evocação “Abrakadabra” em conjunto e cooperavam para o momento mágico.
Após mais ou menos 15 minutos do início o calor foi tão intenso que o PA dos caras fritou, a guitarra perdeu potência e o microfone vocal foi desligado, fui informado que parte do equipamento realmente havia torrado por conta do excesso de calor, nem o público e nem a banda baixaram a bola, nesse pequeno intervalo também de uns 15 minutos a banda distribuiu diversas garrafinhas de água, cerveja, copinhos com licores e por último copinhos com uísque, o primeiro instrumento a voltar foi a guitarra, Thomas Silver (fiel à sua jaqueta de couro, não a tirou mesmo num calor de quase 40 graus) brincou um pouco com a platéia tocando alguns riffs até o som voltar integralmente.
Retornaram com “Into Debauchery”, a qualidade do som mudou um pouco, o que não atrapalhou a performance da banda que retornou com a mesma energia, interagindo com o público, fazendo com que a platéia cantasse junto, Joakim agitando os braços como se emanasse um forte magnétismo sobre a galera deu mais energia para que curtíssemos “Wild Boys” e “My Good Reputation” com a pressão lá encima, as baladas “Standin on the Verde” e “Someone Special” abaixaram a velocidade permitindo um momento de respiro quebrado com mais pancada em “Last Forever”, “Moonshine”, “Bar on Your Head” e “Last Call for Alcohol”.
O biz foi alucinado com “We Don’t Celebrate Sundays” e fechando com “You Can’t Kill my Rock’n Roll”.
Set List:
- Abrakadabra
- Electric Rider
- Into Debauchery
- Wild Boys
- My Good Reputation
- Liberation
- Standin’ on the Verge
Jocke Berg e Vic Zino
- Someone Special
- Last Forever
- Moonshine
- Bag on Your Head
- Last Call for Alcohol
- Encore:
- We Don’t Celebrate Sundays
- You Can’t Kill My Rock ‘n Roll