Helheim, também conhecido como Hel, figura entre os nove domínios da cosmologia nórdica e o destino derradeiro daqueles que não encontram o fim em campos de batalha gloriosos. Sob o domínio da deusa Hel, onde os falecidos levam uma existência desprovida de brilho.
Origem e Características:
Helheim é mencionado em várias fontes da mitologia nórdica, incluindo a Edda Poética e a Edda em Prosa, ambas compiladas por Snorri Sturluson no século XIII. O reino é retratado como um local frio e úmido, situado sob as raízes da majestosa árvore Yggdrasil. A passagem para Helheim é vigiada pelo cão Garmr, enquanto o rio Gjallarbrú, denominado “ponte do estrondo“, separa o reino dos vivos dos mortos.
Habitantes de Helheim:
Nem todos os que sucumbem são destinados a Helheim. Aqueles que perecem em confrontos heroicos são acolhidos em Valhalla, o salão de Odin em Asgard, enquanto os que encontram a morte por doença ou idade avançada são encaminhados a Fólkvangr, o salão regido pela deusa Freya. Helheim é reservado àqueles que não se enquadram nessas categorias, incluindo os que cometeram transgressões ou optaram pelo suicídio.
A Deusa Hel: (Falarei dela num artigo exclusivo)
Hel, a divindade que governa Helheim, é frequentemente retratada como uma figura sombria e lívida, com metade de seu corpo exibindo vida e a outra metade, a morte. Filha do deus Loki e da gigante Angrboda, sua presença simboliza a morte e o reino dos mortos.
Simbolismo e Importância:
Helheim personifica o desfecho da existência e o começo da jornada para o submundo. Este domínio é emblemático da finitude humana e da inevitabilidade do óbito. Todavia, Helheim também pode ser interpretado como um refúgio para aqueles que conduziram vidas dignas e honradas.