O In Flames, para quem ainda não conhece, é uma banda Sueca de Metal fundada em Gotemburgo em 1990, eles lançam seu novo álbum intitulado “Foregone”, o 14º da carreira, e já mostram, logo no começo do ano, que o disco pode sim concorrer a um dos melhores do ano. “Foregone” foi lançado em 10 de fevereiro de 2023 pela Nuclear Blast e foi produzido por Howard Benson. É o primeiro álbum da banda a apresentar o guitarrista Chris Broderick, que substituiu Niclas Engelin, e o primeiro a apresentar inteiramente a bateria executada por Tanner Wayne.
Muito se esperava com o lançamento desse álbum, afinal, superar o anterior “I, the Mask” de 2019 era considerado, pois se existe uma banda que divide opiniões, essa banda chama In Flames, eles tem duas fases distintas no decurso de sua longa trajetória, uma bem orgânica e com os pés bem fincados no Death Metal no início da carreira, e outra, mais atual, mais moderna, mesclando elementos, que fez com que os mais radicais fãs da banda torcessem o nariz. Eu particularmente gosto muito das duas fases da banda, assumo que inicialmente não curti muito essa “nova” fase da banda, mas minha filha Branca (que é muito fã da banda) me fez ouvir com um pouco mais de atenção e hoje curto muito essa fase mais moderna.
Mas vamos ao que interessa, o disco começa com “The Beginning of All Things That Will End”, um instrumental bem estilo medieval, com violas fazendo dobras e deu um clima bem legal, que logo é quebrado pela violenta “State of Slow Decay”, que dá as cartas para o que vem por aí, uma cacetada, me fazendo lembrar da época mais antiga da banda, soturna, pesada e rápida, me trouxe mais expectativas para sequência, “Meet Your Maker” começa com uma palhetada absurda, a voz de Anders Fridên rasga, amacia depois, aliás a capacidade de alternar entre a desgraça e o melódico é muito notória, sendo o destaque dessa música juntamente com o excelente solo de guitarra que é fabuloso; “Bleeding Out” tem um começo que parece uma guerra do Game of Thrones, que grande sacada, a música segue mascada e melódica, mas o peso dessa música é incrível, aliás, que gravação Senhores, que produção!!! “Foregone, Pt. 1” é moderna, mas não pense que é uma música fraca, a bateria de Tanner Wayne é um trator, atropela ferozmente a música toda, mas com uns toques de violão no meio, climas de guitarra absurdas; “Foregone, Pt. 2” começa com um climão Medieval e as guitarras pesadas que mesclam muito bem, mais lenta, dá uma quebrada no clima, mas como eles fazem isso muito bem, refrão cantado, as vozes são bem alternadas, excelente música; “Pure Light of Mind” começa com um dedilhado dando um clima ameno, assim como segue o som, mais moderna, dá uma quebrada no peso que vinha até então, mas não pense que é uma música fraca, tem uma levada agradável aos ouvidos, remetendo a fase mais nova da banda; “The Great Deceiver” é pesada, cheia de climas e dobras de guitarra, outra música que garante aos fãs dessa fase mais nova vão gostar muito; “In the Dark” é uma música interessante, notas dissonantes, tempos quebrados, climas bem trabalhados, o refrão é bem legal, os vocais são bem trabalhados, um peso na medida, formidável; “A Dialogue in B Flat Minor” lembra bem o anterior “I, the Mask”, caracterização total, não tem quem ouça e não fale que é uma música do In Flames tamanha a identidade com o estilo que consolidou a banda; “Cynosure” tem um som de baixo impressionante, Bryce Paul viaja junto com as guitarras em uma conjunção que impressiona, a música é muito limpa, bem legal…”End the Transmission”, termina esse disco maravilhoso, com gostinho de quero mais!!! Mais uma vez o vocal de Anders Fridên se destaca e o solo de guitarra de Bjorn Gelotte da um toque especial nesse som que termina esse álbum meio que de repente.
Minhas impressões finais são as melhores possíveis, pois eles navegam muito fácil nas duas fases que caracterizam a banda e não deixam a desejar com os fãs, que muito esperavam esse disco e eles nunca decepcionam…Nota do editor 8,5/10
Não conhece o In Flames ?
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