O dia começou cedo para a produção do festival, organizando os detalhes finais para o evento. Das 6 bandas envolvidas as quatro representantes das vertentes do metal passaram som, mais a banda Ch4rriot.
Ch4rriot:
Timidamente as meninas iniciaram sua apresentação no seu primeiro grande evento. Fizeram um show misto de músicas próprias e alguns covers, de forma acanhada iniciaram com Psicose e Amy, seguidas por “Eu bebo sim, Bad Reputation, Papai Noel Filho da Puta e Anarquia Oi”. Com influências de punk rock , rock , e hardcore faltou um pouco de pegada, de punch. Nos primeiros minutos de show pode-se perceber insegurança e nervosismo da banda, notou-se que a vocalista (Tamires) pouco olhava para frente (Público) e alguns desencontros. A partir da segunda parte do show, se viu uma banda mais solta, mais leve, onde o grupo estava executando principalmente suas músicas, em uma sequência de “Fugitiva”, “Suspeitos” e a sua mais conhecida canção “Natasha” que já se tornou clipe inclusive. Por obséquio, sendo a canção mais conhecida, foi a mais embalada pela banda, onde podemos destacar a maior desenvoltura. O show foi encerrado com “Eu quero ver o oco – Raimundos” e Killing in the name.
OBS: (Não há e nem houve intenção de prejudicar a banda, mas sim uma crítica construtiva, o Cultura em Peso louva a coragem e vontade em se fazer música autoral das meninas e torce para que sirva como aprendizagem, experiência e força para que as meninas da Ch4rriot sigam crescendo/evoluindo no caminho certo que elas tem seguido).
Explicita Revolta:
Os meses de hiato, trabalho intenso em gravações do vindouro EP, poliram o hardcore do grupo de Araranguá. Com um mais “redondo”, fruto da nova formação, mais empenhada m fazer acontecer , a banda vem de seu segundo show seguido, iniciaram a divulgação em Porto Alegre. No inferno Metal Fest notou-se a mudança de Alex do baixo para a guitarra, e a entrada de Leonardo também nas guitarras. Com influências claras do hardcore Nova-iorquino a banda iniciou com “Matando um Leão por dia”, “Não vou me entregar”, “Unrest (Parkway Drive), Evoluir e “”Out my face (Terror). O front-man Bruno mais solto e “presença de palco” demonstram o crescimento da banda ao todo, que definitivamente retorna a cena mais pesada, com mais bagagem , porém com o mesmo ideal, abrir olhos e mentes. O show continuou com “Você acha que é livre” hit da banda bem conhecido, e encerrou com “Informação manipulada”.
Pátria:
Vindos de Carlos Barbosa, a terceira banda do festival foi a representante do black metal nesta edição do festival. Um grupo extremamente maduro em cima do palco, fez um show memorável para os amantes do metal extremo, tocando sons de seus álbuns a banda encantou a União Mineira, dando lascivos hinos aos mais exigentes headbangers. Destaque para os hinos “Blood stormprophecy” e “Death’s empire conqueror”, dos quais foram os que mais agitaram o público local.
Dyingbreed:
Dividiu as atenções com a headliner da noite. Formada por um time de muito peso, técnica e experiência, liderada por Leonardo Schneider (vocal, membro da Hateworks, ex-Decimator e ex-Hammerfest), a banda ainda conta com Fabricio Bertolozi (baixo, ex-Horror Chamber e ex-Hammerfest), Ariel Boesing (Guitarra, ex-Unmaker), Felipe Nienow (guitarra, membro da Bloodwork e ex-Empire of Darkness), e o talentosíssimo jovem Daniel Vilanova (bateria, ex-Mental Horror e ex-South Legion). O primeiro solavanco “Workship no one” já estremeceu as estruturas da casa e demonstrou claramente que os gaúchos não vieram a passeio, seguida por “Kill the betrayer” e “Na eye for na eye”. Com o público já conquistado por todas as tijoladas sonoras da banda que haviam sido destiladas uma a uma, houve praticamente um casamento entre banda e público, quando o vocalista “Leonardo” disse que Santa Catarina é o estado mais “Metal” do Brasil. Destaque pra “Agent of chaos , “Cold Grave” e “Battalion of hell”. A sintonia na União mineira foi tão grande que o sentimento de um novo encontro e esperado pelas duas partes ansiosamente.
Daydream XI:
Com uma quebra brusca sonoramente brutal, a Daydream trouxe um outro tipo de som ao palco do Inferno, o prog metal. Com vocais perfeitos, excelente presença de palco, com a sintonia peculiar e de grande destaque do baterista Bruno Giordano fazendo backvocal , a banda trouxe 8 canções de altíssimo nível , tocando músicas inéditas de seu vindouro álbum que ainda esta em produção, com estimativa de lançamento em Outubro. O show foi iniciando com “Watch me rise” que pode ser claramente um clássico do metal progressivo por todo o sentimento, e emoções transmitidas em cada nota, em seguida timidamente o público foi se aproximando para verificar a alta qualidade sonora que o grupo desempenhava no palco, e música a música foi conquistando a casa! Windblown, A cup of agony e Painted smile foram as músicas do novo cd tocadas de forma inédita pela banda, que com certeza foram aprovadas no teste realizado pelos gaúchos!
Claustrofobia:
Enfim chega o momento mais esperado da noite. Claustrofobia com seus 22 anos de carreira, fincados e polidos em muita humildade, profissionalismo e entrega por amor ao metal subiram ao palco para mais um show devastador, como sempre foi do metal maloka! Com a tour do do disco “Peste” mais próxima do fim, o Claustrofobia trouxe na bagagem novidades do novo cd “Hatred”, voltou a Santa Catarina com formação nova, em uma era sem Alexandre de Orio nas guitarras, e com o talentoso Douglas no time. Com toda a expectativa girando em como seria o show do grupo, eles detonaram como sempre, muita energia e entrega do primeiro minuto até o último. Essa talvez seja a grande marca do Claustrofobia nos shows, não tem descanso, e eles iniciaram como “Generalized”, “Bastardos do Brasil” e “Thrasher”. A casa já não estava em seu momento mais cheio, a madrugada já dava o ar da graça, mas lá embaixo as rodas respondiam as vozes da banda que pediam rodas mais energéticas. A segunda parte do show foi cheia de emoções, primeiramente teve problemas no som da guitarra (Aparentemente foi o amplificador), após quase 5 minutos o problema foi resolvido e o “pau” comeu solto até o final, com uma sequência avassalador, “Download hatred” do novo disco, a clássica “Pinu da granada”, “Paga Pau”, “Paulada” também do novo disco, “Metal Maloka” , “Sabbath” e “Peste”. Um set agressivo, variado, insano e com muitas novidades preencheu a alegria dos fãns que esperaram por muito tempo a vinda do grupo a região carvoeira. Após o show Marcus e banda pediram desculpas pelos problemas no equipamento, demonstrando a imensa humildade dos músicos que são referência no metal nacional!
Quanto a produção, mais uma vez impecável, ficar fazendo elogios a equipe do IFM, seria redundância pois em todas edições eles te acertado!
Todo material realizado neste evento pelo CEP foi por Cremo (Iúri)
Confira as fotos do evento abaixo:
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