Criar oportunidades no Caos, seria esta uma boa descrição do surgimento da Invisible Control?

R: Sim, com certeza! A Invisible Control surgiu em meio ao caos da pandemia de Covid-19, com integrantes de três estados diferentes. Mas em meio a todas essas adversidades e distâncias, com a ajuda da tecnologia e a força de vontade de todos da banda, conseguimos trabalhar pesado e fazer trabalhos de muita qualidade, tanto que o nome do nosso álbum é “Created in Chaos”.

As letras da banda remetem a atual situação política do Brasil?

R: As letras da Invisible Control abordam vários temas e dentre eles falamos sobre assuntos introspectivos, sentimentos, transtornos, depressão e ansiedade, mas algumas letras são sim direcionadas a atual situação do Brasil, assim como “COLD BLOOD”, no qual fazemos uma analogia aos procedimentos da Criogenia, comparando com a nossa situação atual política, remetendo a um futuro morto/inexistente. Temos também a música intitulada “INVISIBLE” que traz em sua letra uma temática bem forte sobre desigualdade social, pessoas que são “invisíveis” diante aos olhos da sociedade, e que muito pouco ou quase nada é feito por elas.

Como foi o convite para a estrear logo durante o Fest Online da Roadie Crew?

R: Estrear a nossa banda e o nosso primeiro trabalho em um grande Festival de renome como a Roadie Crew, foi uma puta honra e totalmente incrível! Tivemos uma repercussão muito boa e críticas positivas, a partir dali surgia a I.C. a todo vapor, muitas pessoas passaram a nos acompanhar nas redes sociais, e isso foi muito importante para nós no início dessa jornada. Ahh e sem contar também, no grande privilégio de sermos anunciados por Steve Grimmett.

Voces vão participar do Festival “FORA GENOCIDA METALFEST II“ qual a expectativa?

R: Estamos muito felizes em fazer parte do Fora Genocida Metal Fest II, acompanhamos a primeira edição e realmente foi muito foda. E essa segunda edição também conta com uma porrada de bandas boas, que fazem um trabalho incrível, tratando de uma temática de grande relevância, principalmente na atualidade que vivemos. Acredito que esse Fest é uma grande oportunidade para que as bandas possam expor a revolta de todo o caos e incoerência em que nos encontramos. E essa também é uma grande forma de protestar!

Aproveitando a pergunta anterior e tocando no tema política nacional, não há dúvidas que o governo atual não pode continuar por mais 4 anos na liderança do país, porém na visão da banda, há algum horizonte entre as demais opções que irão disputar o poder nas próximas eleições? Qual será o futuro do Brasil?

R: Acho que todo esse caos só provou ainda mais que Bolsonaro não é e nunca foi político, e sim um cara que só quer ver o circo pegar fogo, um cara que inspirou racistas, homofóbicos e radicais extremistas a sair do armário. Isso sempre existiu, ele só deu a voz e a ordem. Mas isso foi uma tragédia anunciada, se as pessoas pesquisarem sobre sua história, irão ter conhecimento sobre seu passado sombrio. Mas a rejeição dele está crescendo cada vez mais, e acredito que qualquer pessoa que estivesse no lugar dele nessa situação que estamos vivendo, teria agido diferente, ele é responsável sim por muitas mortes referente ao Covid-19.

Sobre o futuro, acho que temos que ter consciência de tudo o que aconteceu nesse governo e procurar o melhor. Ainda irão ficar sequelas e o caminho é longo mas acredito que podemos ter um país melhor, só depende de nós.

Recentemente a banda completou um ano de existência, e qual é feedback pessoal sobre esta temporada?

R: Tivemos e ainda estamos tendo um feedback muito positivo do nosso público e pessoas que nos seguem. A cada participação ou trabalho que lançamos temos muito reconhecimento da galera, e isso é totalmente satisfatório para nós, nos dá um tremendo gás para continuar nesse caminho.

 

Daniela, mulheres com protagonismo na cena deixou de ser novidade, passou a ser cotidiano, mas ainda assim, vocês mulheres enfrentam muito ceticismo e continuam sendo obrigadas a provar dia a dia por que estão, onde estão. Porque ainda existente tanto preconceito / machismo dentro de um cenário que se diz/prega ser tão igualitário culto e libertário?

R: Também me pergunto diariamente como as pessoas vivem com essa incoerência no nosso meio “igualitário”, e vejo que o preconceito e o machismo não vêm apenas dos homens, mas também das mulheres. O que me leva a querer entender o porquê de isso ainda acontecer, mas na minha visão, é que parte das pessoas não querem ver outras crescerem, podem até ter um discurso de que é apoiador ou apoiadora das bandas, das mulheres do metal, mas no fundo as pessoas colocam seu ego sempre à frente de tudo, mas para mim é muito claro que a união é o que realmente nos fortalece. Cada artista passa por um processo para conseguir se manter na atividade, para produzir e cada pessoa tem o seu peso e o seu próprio tempo, tudo isso deve ser levado em consideração e principalmente respeitado. Mesmo sendo muito difícil lidar com o preconceito e o machismo, devemos nos manter firme e continuar trabalhando pesado pelo o que realmente acreditamos e queremos.

 

Como tem sido a produção do disco?

R: A produção do disco foi incrível, terminamos as gravações em Agosto, e o nosso material já foi mixado e masterizado pelo incrível Martín Furia (o que é uma grande honra e conquista para nós), já temos todas as artes e fotos, mas só iremos lançar nosso álbum em 2022. Produzimos o nosso CD totalmente à distância, nos dividimos entre três estados Nordestinos – Alagoas, Pernambuco e Rio Grande do Norte, cada integrante da banda fazendo a sua parte, conseguimos fazer tudo realmente em um período muito curto! Posso dizer com propriedade, que todos se doaram e se esforçaram muito para a banda, e que o nosso material ficou muito, muito bom, estou bem ansiosa para mostra-lo ao mundo.

Jogo rápido:

4 bandas nacionais: Sepultura, Krisiun, Korzus e Torture Squad

4 bandas internacionais: Arch Enemy, Lamb of God, Spiritbox, Fit for an Autopsy

1 livro: Quem sou eu, e se sou, quanto sou?

1 cd : Khaos Legions – Arch Enemy

Brasil: Cheio de bandas fodas que o mundo precisa conhecer.

Mulher No Metal: Extremamente foda!

Underground: Onde tudo começa, onde criamos laços verdadeiros e onde nos apoiamos.

Onde conhecer a Invisible Control?

R: Temos material nas principais plataformas de streaming como; Spotify, Amazon, Deezer entre outros, mas podem nos encontrar também no;


Youtube.com/invisiblecontrol
https://www.facebook.com/invisiblecontrolband
– https://www.instagram.com/invisiblecontrolband/

Mensagem final:

R: Gostaria de agradecer imensamente pela entrevista e pela oportunidade de compartilhar e contar um pouco sobre o trabalho da Invisible Control e seus planos futuros, isso é de extrema importância para as bandas. E quem ainda não nos conhece, corre lá nas nossas redes sociais e acompanha a gente, vem muita coisa boa por aí!

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Cremo
Sejam bem-vindos ao meu mundo onde a música é pesada, a arte visual é uma paixão e a tecnologia é uma busca incessante pela excelência. Sou um aficionado por Death, Thrash, Grind, Hardcore e Punk Rock, trilhando os ritmos intensos enquanto mergulho no universo da fotografia. Mas minha jornada não para por aí; como programador e analista de segurança cibernética, navego pelas correntes digitais, sempre sedento por conhecimento e habilidades aprimoradas em um campo em constante mutação. Fora do reino virtual, vibro intensamente com as cores do Boca Juniors, e meu tempo livre é uma mistura de leitura voraz, exploração de novos lugares e uma pitada de humor. Seja nas areias da praia, nas trilhas das montanhas, acampando sob as estrelas ou viajando para terras desconhecidas, estou sempre pronto para a próxima aventura. E claro, não há nada que eu ame mais do que arrancar um sorriso do rosto das pessoas com minhas piadas e brincadeiras. Junte-se a mim nesta jornada onde a música, a tecnologia, o esporte e o entretenimento se entrelaçam em uma sinfonia de diversão e descobertas. E lembrem-se: Hail Odin e um firme 'foda-se' ao fascismo e ao nazismo!