Entrevista concedida pelo baterista “Baby” no dia 10/10/2012 em Uberlândia/MG.

1- Qual o saldo que tiveram até então em face ao lançamento do CD “Rollercoaster Ride” juntamente com o clipe?

Então, desde o lançamento oficial do disco “Rollercoaster Ride” , que foi curiosamente lançado primeiramente fora da cidade (Goiania/GO em 23/06/2012) , tem sido bastante positivo. Para uma banda totalmente independente, ter seu disco vinculado, tocado,lançado e comprado em várias cidades , como : Barretos/SP , Passos/MG, Araguari/MG, Goiania/GO, Uberaba/MG, Uberlandia/MG, Patos de minas/MG, São José do Rio Preto/SP, Araxa/MG e Franca/SP( até novembro 2012) , é realmente uma sensação que descreve o porque de fazermos nossas músicas. Além de ter lançado nessas cidades, conseguimos mais de 30 resenhas ao redor de todo o mundo sobre nosso disco e clipe, e ainda, ultrapassamos a marca de 13.700 visualizações em 2 meses no ar, e ainda , estamos quase na marca de 380.000 visualizações de todo o canal. Então, meio que a gente ta vivendo um sonho em ver toda a galera comprando nosso disco, querendo nosso material e ainda, seguindo a banda. Hoje, possuímos mais de 380 exemplares vendidos, o que pra nós, é muita coisa e nos deixa mais que felizes com o resultado atingido em apenas 4 meses. Agora, iremos continuar com a divulgação dele, com uma turnê prevista de 45 dias nos estados unidos e Europa, juntamente com nossa gravadora italiana “Heart Of Steel Records”.

2- e o público? Como tem se comportado com suas apresentações do novo álbum?

Da melhor maneira possível, creio eu. De todas as vezes que nos apresentamos e lançamos ou tocamos as músicas do nosso disco, sempre tem pessoas que conhecem, pedem e cantam as músicas. Estar ali no palco tocando as suas músicas, e a galera vir dizer que prefere elas a covers e tudo mais, é muito gratificante. Isso mostra que por mais que tocar covers seja bom, o que vale mesmo, é a venda e produção da sua música, da sua identidade. E só assim, pra música nacional, pro rock nacional não morrer. Precisamos continuar a criar nossas identidades e mostrar que possuímos no Brasil, grandes compositores capazes de conseguir seus próprios espaços perante nível mundial, que é o nosso objetivo principal. Difundir nossa música, cultura e arte pra todo o mundo, mostrando a cara do rock nacional, tentando reinventar algo do passado, criado e tão bem executado por grandes bandas e que agora, temos que entender que chegou nossa hora de brigar por espaço no âmbito mundial da música. E quando nós conseguimos ser vistos por mais de 129 países diferentes, quase 350.000 vezes, isso nos vez ver que estamos no caminho certo. É acreditar, buscar e trabalhar, que se for pra ser, será. Mas pra isso, precisamos da ajuda da galera, de empresários e produtores, para acreditar que a musica nacional além de rentável , é coerente com a realidade mundial.

3- O que acham da cena atual brasileira dentro do estilo que propuseram a fazer?

Ai tenho duas diferentes visões sobre a cena atual brasileira. Uma delas, eu as trato como quase que igual, que é a cena da música popular brasileira , associada à um rock alternativo, que juntamente com o heavy metal tradicional, impulsionado pelo angra e sepultura, tem uma certa cara marcada na mídia e sim, possuem já um público e um certo retorno para os empresários. Tendo em vista grandes marcas que veiculam bastante mídia de bandas com o rock alternativo e, hoje não tanto, do heavy metal. Mas o estilo Hard rock underground não possui em si, um público dito fiel e comprador, que possa alegrar grandes produtores. Existem , claro, grandes fãs das bandas grandes e por ai vai. Mas o grande problema, está que essas pessoas não conseguem olhar pros talentos nacionais e ver que aqui , no Brasil, é possível se recriar grandes músicas e criar também, novos hinos que eles poderiam ouvir após um “Highway to hell” , ou “war pigs” , entende? É , muitas vezes, essa falta de interesse, não de qualidade das bandas nacionais, que levam a morte prematura de grandes talentos da nossa terra. Então, creio que no âmbito underground em si, tanto para hard rock quanto para rock em geral e suas mais diversificadas vertentes, é preciso ainda, mais olhar da galera e dos produtores, pra ajudarem as bandas que realmente precisam, a crescer e poder bater de frente com grandes bandas internacionais, para que assim,possam ter infra-estrutura necessária para crescer e se for merecida, fazer sucesso com seu trabalho.

4- No Brasil é muito difícil para uma banda que propõe cantar na língua inglesa. O que tem a me dizer sobre isso?

Não muito, pois grandes bandas como Angra, Sepultura e tantas outras que foram expoentes musicais em escala regional e mundial, já faziam isso. Isso possibilitou que a mente do ouvinte fosse aberta à outras línguas e claro, uma maior globalização da música que é nacional, porém cantada em uma língua universal. Mas existe sim, claro, um certo preconceito para quem curte de uma forma não tão forte, o Rock n’ roll. Mas pra quem curte mesmo, sabe que o idioma que a pessoa canta é o que menos importa na qualidade musical. Então, quanto a isso, felizmente não temos sofrido nenhum tipo de impacto negativo, muito pelo contrário, apenas positivo. Como por exemplo, a conquista da nossa gravadora e de selos internacionais, que se fossemos cantar em português, possivelmente seria mais difícil e menos atrativo de primeira vista, para conseguirmos difundir nossa música em âmbito mundial.

5- Como está a agenda de show até o final do ano?
Até o momento (10/10/2012) , temos já fechados as seguintes datas:
12/10/2012 – Show em Uberlandia/MG no London PUB.
19/10/2012 – Show em Uberlândia/MG no Gran hall junto com a banda Matanza.
20/10/2012 – Show de lançamento do disco em Rio Claro/SP
03/11/2012 – Show em Uberaba/MG
17/11/2012 – Show em Araguari/MG
23/11-2012 – Show em Franca /SP com a banda Krisiun.
Por enquanto são essas, mas ainda esperamos mais datas até o fim do ano.

6- O que estão achando da cena atual e o que esperam daqui pra frente?
Estamos achando que a cena ta forte, ta crescendo e se reerguendo. Mas é carente de atenção e de investimentos. É preciso olhar mais para as bandas locais,regionais e nacionais, afim de dar mais espaços e oportunidades à elas, para que cresçam junto com os empresários e as cenas locais, para gerarem maior qualidade, pra gerarem maior disputa pelas oportunidades pra no fim, gerar bandas com qualidade extrema de mercado capazes de brigar e de produzir música para conquistar o mundo todo.
Esperamos que tenham gostado da entrevista e que possamos continuar a conseguir sempre, cada vez mais, mais espaço para não só a Killer Klowns, mas também à todas as bandas que assim como nós, brigam pelo espaço e pelas suas próprias músicas. Fazem covers é bom, tocar, nossa… Muito bom. Mas não chega nem ao pés de como é você lançar sua música, e quando for tocar, tem centenas de pessoas esperando para ouvi-la finalmente ao vivo. Então, esse é meu recado pra galera que ta na luta no underground.
Nunca esqueçam do porque de vocês fazerem sua arte. É pra serem reconhecidos , pra conhecer gente com o ideal parecido, pra conquistar amigos e conhecer o mundo e ser reconhecido por ele pelo seu trabalho. Pelo seu suor. Então, se acredite na sua música, nunca desista. Que é p que estamos fazendo. Ache gente que curta a mesma coisa que você, e comece ai a construir seu público, dê a cara pra bater e ser batido milhares de vezes até que possamos conseguir então , nosso espaço.
O Brasil precisa de você . Nunca deixe de produzir sua música, acredite na sua arte e vamos reconstruir e reestruturar a cena do Rock nacional. Apóie as bandas, seja crítico, compre material e ajude a divulgar. Ajude as bandas a se estruturarem para que num futuro próximo,possamos assistir a shows com qualidade sempre superiores!
Muito Obrigado galera do Cultura em peso,em especial ao nosso grande parceiro de shows e amigo Victor Hugo, que nos ajudou a conseguir esse espaço. Espero que tenham curtido!
Pra galera que ainda não nos conhece, fica o convite e um muito obrigado por terem lido essa matéria. De coração. Se não fosse por pessoas como vocês que estão lendo, e como pessoas que fazem esse site acontecer, muito do rock nacional não iria existir. Um forte abraço!

Baby, Killer Klowns.
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