A banda italiana de rock alternativo Lost Zone comemorou o lançamento do seu segundo álbum, “Ordinary Misery” – pela gravadora Drakkar Entertainment – com o lançamento do videoclipe da faixa “All Again” no YouTube. A música tem a participação de Philip Wilhelm da banda From Fall To Spring, que adicionou uma estrofe cantada de forma acelerada, com muita influência hip hop comum ao gênero nu metal/metal core que a banda tem como inspiração.

“All Again” é a terceira faixa do álbum “Ordinay Misery”, que também conta com a participação das bandas Dystropia e Bluthund em outras duas faixas. Confira abaixo o videoclipe oficial:

Ainda sobre o álbum, em “Ordinary Misery” os Lost Zone trazem faixas que têm riffs pesados de guitarra, vocais melódicos e screaming, instrumentais com um toque de experimentação e variações que combinam toda uma mistura que equilibra as influências do nu metal, do hardcore, do screamo e até mesmo do pop, com muito uso de sintetizador, batidas eletrônicas e hip hop.

Tracklist:
1. Fighting Demons
2. Shadow of my Memory
3. All Again (feat. Philip From Fall to Spring)
4. Can’t keep running (feat. Dystropia)
5. Devil in Disguise
6. You’re the one
7. Out of my mind
8. Voices (LZ Version)
9. Hold me Tight
10. Foreshadowing (feat. Bluthund)
11. Where will this end?
12. Nothing but a Dream

1. Fighting Demons

A canção de abertura do álbum inicia com muita energia, riffs rápidos e distorcidos, letra fácil de assimilar e com vocais que vão do melódico a um screaming de tirar o fôlego no clímax da música, voltando ao melódico na terceira parte em diante. Podemos dizer que a banda começa com o pé direito, mostrando todo potencial e talento usados neste projeto.

2. Shadow of my Memory

Na segunda faixa, a banda traz uma música menos acelerada, com muita distorção e com diversos breakdowns que alterna momentos mais calmos a momentos em que a banda explode com uma melodia mais pesada e vocais agressivos, decadenciando em camadas harmônicas em uma mesma música. Com certeza, uma das melhores de todo o álbum e acrescentamos que o videoclipe também vale a pena ser visto, pois traz cenas capturadas em shows e em backstage onde ficamos conhecendo um pouco mais da vibe da banda.

3. All Again (feat. Philip From Fall to Spring)

Como falamos a pouco, o single que teve o seu videoclipe lançado junto com o álbum é um nu metal perfeito, com muitas variações, distorções e breakdowns, para a além da participação marcante dos vocais de Philip Wilhelm, da banda From Fall to Spring, que agregou a camada hip hop presente na segunda parte da música. A música retoma a terceira parte com toda energia até o final cantando os versos do refrão. Destaco a capacidade vocal de Florian Mahlknecht ao impostar toda a emoção que quer transmitir nesta música, pois é fácil deixar-se tomar pela energia desta música.

4. Can’t keep running (feat. Dystropia)

Esta faixa diverge bastante das anteriores, trazendo ainda mais distorção e uso de sintetizador e batidas eletrônicas que, após o refrão, unem-se à guitarra de uma forma muito harmônica. Os vocais aqui são na sua maioria em hip hop, com excessão do refrão, o que dá muita personalidade à música.

5. Devil in Disguise

Nesta canção ouvimos um teclado bem marcado acompanhando a guitarra. A música tem variações harmônicas em que até a guitarra e a bateria são silenciadas para dar espaço para vocais quase sussurantes, que logo são interrompidos por todo o conjunto de instrumentos e vocais mais marcantes e acelerados. Aqui já entendemos que Lost Zone é mestre em dominar a variação de ritmos e influências neste álbum.

6. You’re the one

Se todo álbum precisa ter uma balada, podemos dizer que do “Ordinary Mistery” é esta. Mas esta faixa está longe de ser uma balada comum, pelo contrário, pois estamos falando de Lost Zone. O que começa lento e calmo, logo deixa espaço para riffs acelerados e muita percussão. Aqui não há quase nada de distorções, apenas rock cru com pequenas doses de melancolia e muita emoção no vocal.

7. Out of my mind

Os pianos iniciam o tom da música com algo que parece ser um coral erudito distorcido que vai aumentando o tom e sumindo em meio ao som de guitarras e batidas eletrônicas até chegar ao ápice nessa combinação pesada, acelerada, brutal e industrial de gêneros. A música é apenas instrumental e tem a duração de apenas 1:51 de completa catarse de sons desconexos que se conectam para algo único e supreendente.

8. Voices (LZ Version)

Aqui a banda volta com mais uma faixa que contém todos os elementos que compõem as principais músicas do álbum: variações harmônicas, distorções, breakdowns, screamings e pequenas estrofes hip hop, além de um som mais pesado e riffs acelerados que marcam toda a canção.

9. Hold me Tight

Temos aqui mais uma música que distoa das demais. Com vocais quase que declamando um poema com uma distorção suave e calma ao fundo, a música logo na primeira parte encaminha para um refrão mais melódico junto ao som de um violão. Os vocais que inicialmente pareciam declamar, ao final da segunda parte da música dão lugar à guitarra e vocais mais graves e bateria mais marcante, finalizando a música com a energia de um descarregamento emocional.

10. Foreshadowing (feat. Bluthund)

Essa música é uma das melhores de todo o álbum na minha opinião. Mais acelerada e cheia de camadas, a faixa conta com a participação de Bluthund que agregou elementos do rap cantado em alemão, o que foi algo inesperado e surpreendente. O som é mais acelerado e pesado, reúne todas as variações presentes em outras músicas do álbum, mas com uma energia mais agressiva. A banda buscou falar na música contra ódio online e assédio moral e, seu videoclipe que está acima é muito bem produzido, com imagens que fazem alusão a problemas sociais e ambientais, saúde mental e a tecnologia.

11. Where will this end?

A penúltima faixa é a mais curta de todo o álbum com os seus 1:21 de duração, que cria uma atmosfera de expectativa enquanto o volume cresce e termina em seu ápice. Um verdadeiro anticlímax que deixa a curiosidade se seria apenas a intro de algo mais que pode ser lançado no futuro ou se a intenção era apenas causar a sensação de “quero mais” ao final.

12. Nothing but a Dream

A última faixa é talvez a mais pop do álbum, mais lenta, com muito sintetizador e cantada de forma mais leve que as demais, mesmo quando nos momentos do refrão quando a guitarra e a bateria são evidenciadas. Não se destaca tanto como outras faixas do álbum, o que para mim, particularmente, acaba por terminar o álbum de forma morna e triste. Talvez se tivessem invertido a ordem para terminar com “Where will this end?”, finalizariam com um belo “gancho” para um futuro projeto.

Ainda sobre a sensação de tristeza deixada na última faixa, acredito que tenha sido essa de fato a inteção da banda, que definiu o álbum “Ordinary Misery” como “tristeza cotidiana/miséria cotidiana”.

“Por um lado, lemos e ouvimos todos os dias sobre as próximas ‘más notícias’ nos meios de comunicação e nas redes sociais, sobre a próxima catástrofe ou apenas sobre ações e declarações que nos irritam. O triste é que nos acostumamos tanto que muitas vezes nem nos afeta mais, apenas aceitamos, é apenas uma ‘miséria cotidiana’“, afirma a banda.

Ainda sobre a inspiração do álbum, a banda acrescenta: “O fato de geralmente não nos importarmos muito realmente nos preocupa como artistas. Por outro lado, todos nós lutamos com nossos demônios, como muitas pessoas fazem por aí. Também nunca falamos muito sobre isso, já nos acostumamos, é apenas o nosso ‘pacote’ do dia a dia que temos que carregar. Nosso álbum resume esses tópicos e nossos pensamentos sobre eles. É sobre como lidamos com isso, como nos sentimos em relação a isso, como nos damos coragem para melhorar algo para torná-lo mais fácil de lidar.”

Ouça o álbum completo aqui: https://lostzone.bfan.link/ordinary-misery

Sobre Lost Zone

Formada em meados de 2015/16 em Merano, norte da Itália, a banda de rock alternativo, Lost Zone – fundada por Florian Mahlknecht (vocal, guitarra) e Simon Mair (bateria) – chamou atenção do público quando publicaram o vídeo de uma versão cover de “In the End” do Linkin Park no YouTube que se tornou viral. Em seguida, lançaram em 2018 o primeiro single autoral e videoclipe, “Promises”, música esta que misturava elementos do Nu-Metal, Metalcore e do pop rock e que deu nome ao primeiro EP da banda.

Desde então, o trio italiano atua na cena do rock alternativo e não deixa de destacar as suas influências do metal, do core e do pop, com semelhanças sutis com bandas como Bring Me The Horizon, 30 Seconds To Mars e Linkin Park. Lost Zone escreve, grava e produzi inteiramente as suas músicas e no seu próprio estúdio, a Lost Zone Productions, que eles construíram em 2017.

Conheça mais sobre a banda nos links abaixo:

https://www.lostzoneofficial.com/

https://www.instagram.com/lostzoneofficial/

https://www.youtube.com/c/LostZone

https://www.facebook.com/lostzoneofficial/

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