Perguntas: Cremogema

Respostas: Laurence

Tudo tranqüilo Laurence? Como tem sido a luta da Lycanthopy?

Opa, tudo tranqüilo. Cara, a luta tem sido tranqüila também. Tudo que se faz com amor acaba não refletindo em desgaste.

Neste momento , o que tem sido mais complicado para a banda ?

Bom, acabamos de lançar a demo. Estamos correndo atrás de um espaço na cena regional, acho que divulgar por meio de shows tem sido o mais complicado, já que os eventos de Metal não ocorrem com tanta freqüência.

Qual foi o trabalho mais árduo para o lançamento desta demo “Burn while you can” ?
Bom, eu não diria árduo, mas acho que a falta de tempo foi o mais trabalhoso. Tivemos o final de dezembro e início de janeiro para iniciar e finalizar as gravações. Todos da banda tem outros afazeres, então conciliar a gravação com as demais ocupações exige um pouco de flexibilidade para com o tempo. Mas deu tudo certo, ainda bem.

De quais paradguimas você fala , quando diz que quebrar paradguimas era o comum dos integrantes da banda no ato de sua formação?

Falo dos paradigmas de um modo geral, tanto nas letras quanto na melodia. Nas letras, tentamos passar algumas reflexões sobre o ser humano, sobre como este lida com a própria realidade. A massa ainda tem uma visão limitada sobre realidade, pensam que a realidade é externa a elas, quando na verdade é interna. Criam um inferno e culpam os outros por isso. Isso está implícito em nossas letras. Na parte da melodia, tentamos trazer um novo tipo de som. O nosso instrumental tem uma mescla de muitas vertentes do Metal, e o vocal não é do tradicional Death Metal. Essa junção é a tentativa de mostrar um som novo e original. Vejo muito as pessoas comentarem sobre a nossa busca pela originalidade. Nem sempre as críticas são favoráveis a este tipo de inovação, mas isto sem dúvidas… me deixa feliz, afinal, já diziam que toda unanimidade é burra.

Então a banda quer destruir padrões com essa descentralização do vocal death?

Não destruir, mas talvez apresentar algo novo, diferente do tradicional, sem desmerecer o que já foi feito.

Influências ?

Uma grande referencial para a Lycanthropy é o Death de Chuck Schuldiner. Acho que todos aqui gostam do que Chuck e demais comparsas fizeram. Agora, não podemos esquecer das tradicionais bandas nacionais que nos influenciam bastante, como o Sepultura, Sarcófago, Dorsal Atlântica, Torture Squad, Krisiun e por aí vai. Essas bandas nos influenciam coletivamente. Individualmente tem várias….outras bandas, passando do Maiden ao Immortal.

Responda rápido:

4 bandas nacionais: Sepultura, Sarcófago, Dorsal Atlântica e Krisiun
4 bandas internacionais: Death, Atheist, Megadeth, Iron Maiden (sempre).
1 cd : Symbolic (Death)
1 livro: O homem é aquilo que ele pensa (James Allen.)
1 frase: “Castigar a si mesmo pelas faltas dos outros é a maior loucura.
A flecha mental que sai do arco de outra pessoa é praticamente inócua, a não ser que nosso próprio pensamento lhe afie a ponta” Mary Baker Eddy E se perguntasse um filme, eu diria “Clube da Luta”, é uma verdadeira porrada na nossa cara.

Qual o maior aprendizado que o metal lhe deu ?

O Metal tem me ensinado sempre, aprendo constantemente com as letras que leio de outras bandas e com as que componho, assim como com os insights que tenho quando estou viajando no instrumental. Uma nova visão de mundo acho que é a principal mudança que o Metal me oferece, um desvio do óbvio, da chatice e da monotonia.

O que você tem a dizer da cena de Uberlândia ? Quais os principais aspectos positivos e negativos ?

Não vejo motivos para reclamar das pessoas daqui. A galera é bem acolhedora. Apóia de verdade. Falo isso baseado nos únicos dois shows que fizemos aqui. O público participou bastante, mesmo quando tocamos apenas músicas próprias, o pessoal participou ativamente. Ainda não encontrei um lado negativo.

O aumento de pessoas nos shows denominados tributos ou covers pode atrapalhar a cena underground? Já que a diferença de publico é evidente , qual o método de chamar este publico aos shows de bandas próprias ?

Não acho que atrapalhe o underground, pois o público é diferente. Tem gente que não tem dinheiro pra ver o seu ídolo, então se satisfaz assistindo uma banda cover. É normal. O ideal é atrair pessoas interessadas em ver bandas de som próprio, e isso ocorre naturalmente de acordo com o surgimento das bandas, independente de visar atrair este ou aquele público.

O que a banda tem programado para este ano?

Este ano vamos ficar por conta da divulgação do “Run While You Can” além de ampliar nosso repertório, já que estamos tocando apenas músicas próprias

A banda já tem algum selo em vista ?

Chegamos a flertar com alguns selos regionais, mas ainda não fechamos com ninguém. Em breve creio que virá notícia boa por aí.

Qual a visão de banda que você tinha ao montar a Lycanthopy, e qual a visão de hoje?

Quando montamos nós sabíamos que iríamos compor, gravar e divulgar, mas eu não tinha noção do quanto isso seria divertido. Na época, nós pensávamos apenas em divulgar o nosso som para os amigos e também fazer da banda uma forma de realização pessoal, mas agora a coisa já tomou outro âmbito.

Ituiutaba é uma cidade com poucas bandas, isso foi um aprendizado para evolução ou um obstáculo ?

Um obstáculo que resultou em aprendizado. Para formar a banda foi um custo, pois faltam músicos, ainda mais que gostem do mesmo gênero e que tenha visão semelhante. Aprendizado pois nessas condições você acaba tento que se desdobrar e doar mais de si mesmo.

O que cada integrante da banda tem como ocupação diária? É fácil conciliar o tempo?

Eu sou estudante de Psicologia, o Diogo será um futuro metaleiro farmacêutico, o Silas é estudante de música e o Sidney é professor de informática e trabalha como músico além de levar o espírito headbanger para o curso de Matemática (UFU-Ituiutaba) De fato não é fácil, seja o emprego ou o estudos estão sempre esbarrando, mas a gente dá um jeito

O que a família diz a respeito da banda?

Apoio total. Meu pai é fã, apesar de não conhecer quase nada do meio. Mas eu percebo que ele fala com orgulho para os amigos dele: “meu filho tem uma banda de rock”. Hahaha. Minha mãe também sempre dá um apoio moral. A família do Diogo, Silas e Sidney também está firme nesse barco. Sempre percebo a presença dos familiares deles.

Qual a importância do metal hoje em sua vida?

O Metal faz parte de mim. Hoje e sempre ele será muito importante, pra me divertir, pra manter o equilíbrio ou pra me lembrar da minha história.

Como você vê a aceitação de “Run While You Can” ?

Tem sido gratificante. Desde que rolou a gravação a gente ficou focado em que daria certo. O pessoal, de um modo geral, está curtindo bastante. Vamos continuar divulgando e aproveitando todas as críticas pra que possamos melhorar nas próximas gravações.

A falta de estrutura para a gravação , interferiu no resultado final?

Saiu melhor do que o esperado. O lado financeiro não era dos mais agradáveis (rs). Então no final até ficamos surpresos. A qualidade não está como de bandas profissionais, mas o objetivo de um cd-demo, que é divulgar, está sendo atingido.

O Brasil é vasto no underground, cheio de bandas boas , mas todas as bandas querem ir pra Europa, querem aparecer em outros locais, qual a melhor maneira de fazer aqui ser um mercado em potencial para estas bandas ?

Essa é difícil, hahaha. Talvez apoiar o underground, comparecendo em eventos, comprando o material das bandas (isso ajuda muito), acho que é isso. Penso também que essa estrutura já está se firmando, ao menos percebo que o apoio ao underground tem crescido.

Deixe sua mensagem para as pessoas que acompanham a banda, o metal da região (“que já tem renome mundial”) e os contatos :

Primeiramente quero agradecer ao Cremogema pelo espaço e parabenizá-lo também pelo que ele tem feito para as bandas da região e para a cena como um todo. Agradecer também aos bangers que comparecem aos eventos para ver a Lycanthropy, a gente fica muito satisfeito com essa presença, ela é fundamental pra dar o “punch” enquanto estamos no palco. A mensagem que eu deixo é até um pouco clichê, mas por mim é considerada uma verdade incontestável: sempre corra atrás daquilo que você deseja, mantendo o ânimo, a tranqüilidade e a consciência de que tudo é capaz de ser tornar real. Dê ouvidos a si próprio e esqueça o impossível, ele não existe.
Quem quiser ver a Lycanthropy quebrando o pau com o bom e velho Metal, ligue para 34-99966454 (Laurencce), ou pode mandar um email para [email protected].

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Cremo
Sejam bem-vindos ao meu mundo onde a música é pesada, a arte visual é uma paixão e a tecnologia é uma busca incessante pela excelência. Sou um aficionado por Death, Thrash, Grind, Hardcore e Punk Rock, trilhando os ritmos intensos enquanto mergulho no universo da fotografia. Mas minha jornada não para por aí; como programador e analista de segurança cibernética, navego pelas correntes digitais, sempre sedento por conhecimento e habilidades aprimoradas em um campo em constante mutação. Fora do reino virtual, vibro intensamente com as cores do Boca Juniors, e meu tempo livre é uma mistura de leitura voraz, exploração de novos lugares e uma pitada de humor. Seja nas areias da praia, nas trilhas das montanhas, acampando sob as estrelas ou viajando para terras desconhecidas, estou sempre pronto para a próxima aventura. E claro, não há nada que eu ame mais do que arrancar um sorriso do rosto das pessoas com minhas piadas e brincadeiras. Junte-se a mim nesta jornada onde a música, a tecnologia, o esporte e o entretenimento se entrelaçam em uma sinfonia de diversão e descobertas. E lembrem-se: Hail Odin e um firme 'foda-se' ao fascismo e ao nazismo!