1) CULTURA EM PESO (CEP) –  O que te fez seguir pelo metal negro, Érica?
Érica –
Sempre tive atração por coisas sombrias e sinistras. Levei um tempo transitando entre alguns estilos até encontrar o Black Metal onde mais me identifiquei tanto no quesito artístico como de minha personalidade.

2) CULTURA EM PESO (CEP) –  Utiliza-se de um pseudônimo chamado Maharany. Há algum significado obscuro por trás?

Érica –Maharany é um pseudônimo que me acompanha há muitos anos. Ele não tem um significado obscuro, mas posso dizer que é de origem hindu e é um nome que trás poder.

3) CULTURA EM PESO (CEP) –  Já fez parte da banda Diablerie Progenie, anteriormente, que assim como a Amplexus Mortem era de Black Metal. Teve alguma outra experiência em banda de outra vertente do metal? Ou o propósito desde sempre foi o Black Metal?

Érica –Sim, já participei da banda Cestycercosi que era de Death Metal com a qual fiz alguns ensaios e um show em 2014, tive alguns outros projetos, mas meu chão sempre foi o black metal.

4) CULTURA EM PESO (CEP) –  Como vê a cena feminina brasileira do metal negro? Acha que há poucas representantes ainda? Ou é um gênero para poucos mesmo?

Érica –Hoje em dia temos mais representantes femininas no metal extremo do que há alguns anos atrás. Acho que ainda pode aumentar sim, dentro do Black Metal em si, ainda temos poucas.

Amplexus Mortem: da esq. p/dir.: Maharany e Anubis.

 5) CULTURA EM PESO (CEP) –  Qual vocalista feminina de Black Metal que mais admira?

Érica –Cadaveria do Opera IX.

6) CULTURA EM PESO (CEP) –  As tuas letras são bastante complexas e interessantes. Estuda bastante ocultismo? Quais obras considera referência para desenvolver as letras da Amplexus Mortem?

Érica –Sim, estudo bastante conteúdo ocultista, satanista e filosófico. Como referência citaria o Liber Azerate e The Book of Sitra Achra.

7) CULTURA EM PESO (CEP) –  Falando na temática lírica, o debut álbum recém lançado, e que de passagem está muito bem produzido, intitulado “The Eleven Seals of Azerate” é conceitual, gostaria que explicasse como foi a concepção deste álbum.

Érica –A ideia por trás deste álbum é uma viagem através da árvore da morte e o encontro com as energias e entidades regentes de cada esfera. O processo de composição foi totalmente aleatório até que por fim todas as peças se encaixaram formando o que hoje formou o The Eleven Seals of Azerate.

8) CULTURA EM PESO (CEP) –  Qual a letra que mais reflete a tua essência? Por quê?

Érica –Progeny of Choleric Chaos, não somente por ter sido o primeiro trabalho mas também pelo fato de que eu já tinha esta letra antes mesmo de existir a Amplexus Mortem e antes de conhecer muita coisa que conheço hoje em dia e mesmo assim se encaixou perfeitamente em todos os aspectos.

 9) CULTURA EM PESO (CEP) –  A Amplexus Mortem é bastante ativa em suas composições, algo admirável. A banda iniciou as atividades em 2019 e já conta na sua discografia 02 EPs, 05 Singles e, agora, o recém lançado debut com 11 sons. Isso se deve ao bom entrosamento com Anubis (guitarrista e arranjos musicais) ou pelo fato da atual situação global de pandemia que oferece mais momentos de reflexão e criatividade? Explique.

Érica –Realmente sempre tivemos esse bom fluxo de trabalho e as coisas se conectam no tempo certo. A pandemia acabou favorecendo a composição do nosso debut, mas mesmo antes em 2019 já fluía muito bem essa parte.

10) CULTURA EM PESO (CEP) –  Bem assertiva a missão da Amplexus Mortem: “Missão em espalhar o caos-gnosticismo.” Como definiria tal caos?

Érica –Em todas as religiões, mitologias e até mesmo na ciência se observa que existe uma coisa em comum: “No princípio era o Caos”. Eu resumiria o Caos-Gnosticismo como o conhecimento adversário da Serpente que nos permite libertar nosso espírito das amarras cósmicas.

11) CULTURA EM PESO (CEP) –  As artes da banda são bem criativas e impressionantes. Quem é o artista responsável por elas?

Érica –Os primeiros trabalhos fomos nós mesmos que formulamos as artes, no entanto no single Antinomian Poison of Serpent e agora em nosso debut as artes foram feitas pelo Frater Zeroth Qayn com quem tenho um forte laço.

12) CULTURA EM PESO (CEP) –  Para quem está iniciando ou almeja ser compositora e vocalista do metal negro, qual dica satânica tu, Maharany, daria?

Érica –Para a composição de letras sugeriria muita leitura, meditação e contato com a natureza. Para a técnica vocal, muito estudo e treino para não se machucar, pois ser vocalista é ter em seu próprio corpo seu instrumento, portanto cuidar bem e hidratar-se é primordial.

13) CULTURA EM PESO (CEP) –  Parabéns pelo trabalho obscuro de extrema qualidade desenvolvido na Amplexus Mortem, Érica. Deixe uma mensagem para os leitores do Cultura em Peso e contatos da banda para adquirir o material.

Érica –Eu quem agradeço pelo espaço Débora, a honra é toda minha. Os materiais físicos estão um pouco complicados devido à pandemia, porém sempre que saem novidades, divulgamos no Facebook e Instagram @amplexusmortem.

CHAO AB ORDO! XI

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