A mais recente edição do canal HEAVY CULTURE, exibida em 10 de agosto, contou com a participação do lendário baixista/vocalista Paul Speckmann, do MASTER, DEATHSTRIKE e inúmeros projetos dentro do Death Metal. As raízes do estilo estão intimamente ligadas à trajetória do próprio músico, que desde o início da década de 1990 vem trabalhando incansavelmente, tendo participado inclusive da banda Krabathor, que levou o músico a residir na República Tcheca desde o começo da década de 2000. Constantemente vemos – inclusive no próprio HEAVY CULTURE – debates sobre a criação do Death Metal, com Chuck Schuldiner e Jeff Becerra sendo apontados como os pais do estilo. Porém, ao mesmo tempo que a dupla fazia sua parte, Speckmann é tido como um dos seus fundadores, e desde o início da década de 1980 se mostrou incansável na arte do som extremo.
No bate-papo com o HEAVY CULTURE, Speckmann falou sobre o mais recente lançamento do Master, o disco ao vivo em vinil “Alive in Athens”, com tiragem limitada em 300 cópias. Questionado sobre este álbum, Paul disse que ainda há cópias disponíveis, e embora não tenha vendido todos os bolachões, ele contou que a venda de merchandising tem sido muito boa durante a pandemia, chegando a enviar cerca de 30 a 50 pacotes por semana, e que tem usado o álbum para ensaiar sozinho em seu porão. Segundo o músico, o áudio de “Alive in Athens” foi registrado de celular e posteriormente mixado e masterizado.
Sobre sua mudança dos EUA para a República Tcheca, Speckmann contou que tudo começou com uma turnê com o Malevolent Creation pela Europa em 1999, junto ao Krabathor (que substituiu o Vader na tour). Com dezenas de shows, Speckmann criou uma forte amizade com os integrantes do Krabathor, vindo a integrar a banda no início da década de 2000, gravando os álbuns “Unfortunately Dead” (2000) e “Dissuade Truth” (2003), vindo assim a se mudar para aquele país. “Let’s Start a War”, do Master, lançado em 2002, foi o primeiro registro da banda gravado na Europa, e contou com dois integrantes do Krabathor, Petr “Christopher” Kryštof na guitarra e Libor “Skull” Lebánek na bateria. Um dos fatos que fez Speckmann se mudar para a República Tcheca foi também a excelente receptividade que obteve na Europa, declarando: “Alcancei mais sucesso na Europa do que nos Estados Unidos”.
Outro assunto muito interessante foi a história que envolve o lançamento do primeiro álbum, o clássico autointitulado, com sua capa trazendo apenas o logotipo vermelho em fundo preto. Ele contou que chegaram a receber um contrato da Combat Records, mas que oferecia pouco dinheiro. No final da década de 1980 tudo mudou, com a chance de assinar com a Nuclear Blast, através de contatos feitos pelos integrantes do Righteous Pigs, Joe Caper e Mitch Harris. O staff também abordou temas como a relação de Speckmann com a natureza, seu método de composição, suas influências, as lembranças das turnês pelo Brasil e muito mais.
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A agenda de agosto segue no 24/08 às 18h, onde será a vez do folclórico THOR participar do programa, e para finalizar, no dia 31/08 o HEAVY CULTURE receberá MORTIIS, ex-Emperor¸ às 18h. Durante o mês também serão realizadas lives com temas específicos, como o Heavy Brasilis e o Vinyl Collection.
Créditos da foto: Florian Stangl (www.metal-fotos.de)
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