Perguntas: Cremogema
Respostas: Matanza

Tequila … Matanza … em todo este tempo de música oque ela te ensinou, oque você aprendeu com a música, o que você não pode fazer ou deixar de fazer com ela?

Jimmy:
– Cara olho só, musico não tem fim de semana na sua vida pessoal, você não vai no casamento dos seus amigos, você não vai ver o aniversário das suas sobrinhas, você trabalha fim de semana, a única coisa que eu aprendi de verdade meu irmão , é que tudo é vaidade, hoje você esta aqui fazendo um som pra esse tanto de galera, amanha você está sozinho, no dia seguinte você está e será o mesmo texto, então não se iluda é só vaidade.

Essa intensa correria, estavam tocando ontem, hoje estão em Uberlândia, amanha já estaram na estrada, como segura o batidão?

Jimmy:
– É a minha vida velho … acho que eu não eu não seguraria se fizesse outra coisa, mas isso aqui é minha vida.

O que o Matanza vem planejando após a gravação do dvd?

Jimmy:
– Shows, um ano de shows para depois pensar em disco novo.

O Matanza pensa em levar a arte de insultar para fora do Brasil, turnê européia, América?

Jimmy:
– Sinceramente o Brasil já é bem grande, já tem muito lugar para tocar, de uma certa maneira fazer show fora somente pra turismo só. É diferente de você estampar o seu país e fazer alguma coisa de verdade, a gente quer tocar no Brasil inteiro que já é grande para caramba.

– Quando o Jonny Cash passou a ser influência para você?

Jimmy:
– Ele já era antes de ter banda, então não tem Matanza sem Jonny Cash!

– Como surgiu a idéia de montar uma banda para falar de insultos?

Jimmy:
– Exatamente assim, ouvindo Jonny Cash que dizia que tínhamos que fazer alguma coisa que elevasse aquela porra que a gente estava ouvindo!

Valeu jimmy vou seguir a entrevista com o resto da banda!

Jimmy:
Obrigado, fica ai pra gente chapar …

– China … e segurar a onda no baixo como que fica, galera estava insana ali do seu lado…

China:
– O som foi bom pra caralho, equipamento estava bom, isso ajuda, e é isso ai, galera curte , é fãn!

Como é conviver com o assedio? Tanto que a barra de proteção quase cedeu…

China:
– A galera pira, sei lá .. mas tem que ser assim agora, por que a galera ficou fora de controle, imagina se invade o palco, tem que parar o show meu!

– Qual foi a pior situação que vocês já passaram?

China:
– Pior situação? Porra cara, agora eu não me lembro, mas tem várias situações ai que a galera invade o palco e rola o maior tumulto; foi em Brasília, nós tocamos em um lugar lá que deu em média umas 700 pessoas, foi mais do que comportava o lugar, não tinha estrutura, quando começou o show a galera começou a subir e derrubou um lado das caixas de PA, parou o show foi uma merda, e depois retornou o show com uma parede de seguranças na nossa frente. A gente não agitou, ficou parado tocando.

– Você pode definir o que é Matanza na sua vida?

China:
– Matanza … (pensativo) Matanza na minha vida… Matanza é o rock velho, é minha vida, é o rock, meu orgulho de tocar, zoar com a galera, beber a cerva, ganhar um dinheirinho também(risos).

– As influências do grupo, elas ficam somente entre o hardcore e o country, ou tem mais algo que alimenta a banda?

China:
– Porra cara, tem muita coisa, muita influência… eu mesmo curto mais as paradas de metal, thrash metal, death, as bandas clássicas de heavy, Iron, Accept enfim, tem muita coisa. Hoje em dia ando ouvindo mais Death metal, Behemonth, Marduk, só extremo cara.

– O que você tem para falar do Brasil que tem tanta coisa boa, mas ao mesmo tempo muita coisa ruim, e vocês só falam de insultos, bebidas, tem algum paralelo em questão de protesto como um paradoxo, ou vocês falam disso por que gostam mesmo?

China:
– Cara muita coisa rola por causa de grana, os caras estão no poder, podem enriquecer, todos que estão lá entram no esquema , eu não falo nada. Se fosse por mim, matava era todo mundo(RISOS), fazer a porra toda dinovo.

Cremogema
– Valeu …

China:
– Vai lá …

– Um ano de bateria no Matanza, como está sendo?

Jonas:
– Está maneiro, estamos ai com os calos, muitas bolhas, mas é maneiro, show é animadão e vai embora.

– Como você conheceu a galera, como recebeu o convite para entrar?

Jonas:
– Eu conheci o Fausto, último batera, a gente sair no role. E ele me viu tocando e pergunto use não daria pra fazer uns shows no lugar dele, que ele não poderia fazer por causa do trabalho. Fiz os shows , ele foi fazer outros trabalhos, pessoal curtiu pegou me telefone, e eu acabei entrando! Foi natural e deu certo!

– Bateria estava meio solta, como que foi para tocar?

Jonas:
– Pois é, bateria escorrega, sei lá é foda. A gente fica ali segurando o negócio, é meio chato, mas acontece, acostumado já. É chato, mas não compromete não.

– Expectativas, foram dentro dos conformes? Esperavam mais ou menos da galera?

Jonas:
O último show que teve aqui, foi lá no Londom pup, estava bem cheio, muito animado foi meio esquisito, mas aqui era pro rock’n’roll mesmo, foi muito bom, foi bacana mesmo, galera super na atenção, foi na moral, ficou cheio o lugar, horário bom, foi cedo, bem legal , firmeza.

– Jonas, para o China eu perguntei qual foi a pior situação que você já passaram, e pra você qual foi a melhor situação, o melhor show?

Jonas:
– Aqui por exemplo cara, foi muito bom … o que a gente tem é show que tudo funciona, que a galera comparece, que está em um astral.. todos os shows são muito bons cara, sem muito de um melhor que o outro. E já tem que é esquisito, que dá problema, que não tem estrutura, mas por exemplo o de hoje, a gente ainda vai lembrar!

– Donida, vocês já tocaram em dois ambientes totalmente diferentes em Uberlândia, Londom e Acrópole hoje, mas hoje o esquema era do rock, o que você considera?

Donida:
– A galera é a mesma, são todos os camisas pretas, que vem para se divertir . Não faz diferença do local, o som é o mesmo e a galera é a mesma, é o que vale, no final das contas o som está bom para todo mundo, é uma estrutura legal mesmo, para ficar mais bacana.

– Como foi a produção do dvd?

Donida:
– Foi muito simples , então foi mais um show da turnê, a gente fez 90 shows em 2007, então esse foi o último show e gravou, não teve muita novidade, chegar e tocar, Matanza é muito simples, guitarra, baixo , vocal e bateria , acabou …. Então tudo tem que ser coerente com isso. Matanza é assim, por isso foi muito fácil.

– Novas produções, somente ano que vem?

Donida:
– Só ano que vem, esse ano é fazer essa porrada de show, que é a coisa mais importante para gente, vai aos poucos fazendo, quando tiver material, a gente grava.

– Músicas novas, são feitas na estrada mesmo?

Donida:
– Não, é em casa. Música é igual redação de escola, tem que sentar e fazer, trabalhar em um tema, não é tanto um lance que fala de bobeira, no final quando você vai ler, você vê na memória coisas que você faz, que você cata , que você guarda, mas não é na hora, é o que você vive, que você passa , você vai lembrar depois.

– Mensagem do Matanza?

Donida:
– Matanza é puro ódio

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Cremo
Sejam bem-vindos ao meu mundo onde a música é pesada, a arte visual é uma paixão e a tecnologia é uma busca incessante pela excelência. Sou um aficionado por Death, Thrash, Grind, Hardcore e Punk Rock, trilhando os ritmos intensos enquanto mergulho no universo da fotografia. Mas minha jornada não para por aí; como programador e analista de segurança cibernética, navego pelas correntes digitais, sempre sedento por conhecimento e habilidades aprimoradas em um campo em constante mutação. Fora do reino virtual, vibro intensamente com as cores do Boca Juniors, e meu tempo livre é uma mistura de leitura voraz, exploração de novos lugares e uma pitada de humor. Seja nas areias da praia, nas trilhas das montanhas, acampando sob as estrelas ou viajando para terras desconhecidas, estou sempre pronto para a próxima aventura. E claro, não há nada que eu ame mais do que arrancar um sorriso do rosto das pessoas com minhas piadas e brincadeiras. Junte-se a mim nesta jornada onde a música, a tecnologia, o esporte e o entretenimento se entrelaçam em uma sinfonia de diversão e descobertas. E lembrem-se: Hail Odin e um firme 'foda-se' ao fascismo e ao nazismo!