De onde surgiu este nome? Porque Megaluce?

Luce é a história real que inspirou Moby Dick e devido ao seu tamanho chamavam esta baleia de Grande Luce, como sempre gostamos de baleias optamos pelo nome MegaLuce.

A banda desde seu início sempre trabalhou com a proposta autoral, nunca foi uma banda cover. Como foi a aceitação da cena local com essa proposta?

Isso é algo MUITO complicado, ainda mais porque em Lages a “cena do cover” (se é que isso pode existir) é grande e as cidades/bares/pubs não tem espaço e nem se interessam em incentivar bandas autorais, então só tocamos até hoje em locais que nos dão a liberdade para fazer o nosso som, como o Fatboo Studios (que sempre promove shows autorias), o Santana’s Sunday, Macaco Astronauta e os shows do projeto Palco Aberto e nesses locais encontramos um pequeno público que curte a nossa proposta e geralmente são bem receptivos.

Quais as principais diferenças sobre o olhar clínico auto crítico da banda do ep de 2012 para o cd em 2018?

Nosso compositor, cantor e guitarrista é o Guilherme e desde aquela época as composições eram dele, no primeiro EP (com a exceção de “Alice” que é do nosso ex guitarrista Vitor Xavier), foi uma fase um pouco mais rebelde, sabe como que é adolescente né? Meio revoltado, aí você faz umas músicas pra desabafar da sua vida e essas músicas foram basicamente feitas no estúdio ou muito pouco tempo antes de ir, mesmo assim tivemos um bom resultado e boas lembranças da época.
No disco tem um amadurecimento musical muito grande mesmo, isso na verdade começou no “Tamborete Vanguarda” com a mudança de integrantes que foi um fator muito importante nisso tudo, novas influencias, novos pensamentos e esse disco foi tocado por dois anos pelo menos, eram músicas que todos sabiam bem o que queriam e o que estavam tocando, sinceramente estávamos quase enjoando delas já, dessa forma conseguimos montar um disco com a cara de Megaluce.

Quais são as metas da Megaluce na atualidade?

Atualmente vivemos um período complicado, então por enquanto estamos fechados pra balanço, com planos de tirar longas férias ou lançar um single quem sabe, daqui um tempo, será? Não sei, single? Quem falou em single?

Como você qualifica o estilo da Megaluce? Vide que a banda tem muitos estilos mesclados.

Digo que o momento mais feliz da vida é quando alguém fala que “é bem Megaluce mesmo”, mas acho que é algo como um “indie mpblizado psicodélico”.

Jogo rápido:

4 Bandas Nacionais: Belchior, Far From Alaska, Froid e Jorge Ben.
4 Bandas Internacionais: Usted Senalemelo, Black Mountain, Metronomy e Benjamin Booker.
1 Disco: Canções de Apartamento – Cícero
1 Livro: O som e a fúria
Lages: Casa
Familia: Os amigos que a vida nos da
Rock: O rock é um grito no escuro, não ilumina o caminho, mas mostra a direção.
Frase: “Cabeça não é só pra usar chapéu”

Como foi a produção de cotidiano abstrato? Onde foi produzido?

Todas essas músicas já estavam no nosso repertório há alguns anos, testamos em shows, tocamos e retocamos até quase enjoar, entramos em estúdio com elas quase fechadas, começamos o disco com o Leandro Benedetti na Toca do Cachorro, devido um milhão de acasos Leandro foi embora da cidade e conhecemos o Steffan Duarte do Fatboo Studios e foi onde fizemos toda a captação do disco, a mixagem e masterização foram feitas pela própria banda (exceto a faixa “Retrato” por Steffan Duarte).

 

Como vocês trabalham com a distância dos membros vivendo em cidades diferentes?

Como diria um amigo meu “depois que inventaram o revolver e a retroescavadeira ninguém mais fez força né” é assim com a internet, estamos cogitando fazer algumas gravações a distância e quem sabe voltar a 2012 quando a Megaluce era uma banda de estúdio, quem sabe nos reunir pra um aniversário de um ano de hiato com o Hamon Ataíde saindo de dentro do bolo, mas são todas coisas que ainda estamos conversando e devido os compromissos dos membros cada vez mais espalhados por esses Brasilzão estamos adiando essa conversa séria.

 

Onde conhecer a megaluce ?

Estamos em todas as plataformas digitais que a OneRPM nos permite (baixe os incríveis ringtones da Megaluce), vocês podem nos encontrar no Deezer, no Spotify, pra quem é rico estamos na Apple Music, pra quem é humilde estamos no SoundCloud (/Megaluce), Youtube (/megaluceoficial), Instagram (@megalucee), Facebook (@megaluceoficial) e também estamos pelas ruas de Lages, São Joaquim e Erechim.

Mensagem final :

Primeiramente gostaríamos de agradecer imensamente ao Cultura em Peso por esse espaço, o trabalho que vocês fazem é fundamental para que se mantenham vivas as bandas que se aventuram nesse caminho do autoral e o obrigado a você caro leitor que teve saco de ler até aqui ou pulou todo o texto e viu só o final.

 

Facebook - Comente, participe. Lembre-se você é responsável pelo que diz.