O MIRAGE está decolando para o seu primeiro voo sob o comando de Rodrigo Feoli nos vocais, Cristiano Prado no baixo e Pedro Henrique Brito na bateria. A primeira viagem é a faixa ÓRBITA, que te leva por um inesperado passeio pelo Protopunk e pelo Funk setentista, com o direito a rasantes pelo rock alternativo dos anos 90. O baixo destorce e destaca uma melodia sinuosa e agressiva, que alterna entre o dançante e o soturno, enquanto a bateria turbina tudo isso com muita força, num registro delicado que a deixa visceralmente exposta. Os vocais, em português, trazem uma voz um tanto excêntrica, que pressuriza a melancolia nas estrofes para explodir num refrão irresistível. Em meio a essa vertigem, o guitarrista Braz Neme, do Hellbenders, é convidado especial a tripular este supersônico e traz na bagagem mais distorções e uma sensibilidade que deixa o voo ainda mais vertiginoso. O MIRAGE parte do rock de Goiânia e está pronto para se chocar contra o seu ouvido.
Por Giovanna Beltrão
Tenho mais discos que amigos: www.tenhomaisdiscosqueamigos.com/2015/02/24/mirage-divulga-clipe-para-faixa-orbita/
ÓRBITA (Letra)
Pelo lado escuro da sua lua eu cheguei
Me dar lugar ao sol foi tão em vão
Eu só existo nos limites de uma sombra
E invadi o espaço da sua escuridão
[Monster]
Te tirei de órbita
[Monster]
Te deixei sem norte ou sul
I’d like to be sorry but I can’t
[Black hole]
Te devolvo tempo-espaço
[Black hole]
Daqui a poucos anos-luz
I’m a cosmopath now let me go on
Deixei um vácuo amargo pra você tragar
Sem luz, nem gravidade ou som algum
Nem adiantaria nunca me odiar
Eu faço isso melhor do que qualquer um
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