Entrevista com Mozine da banda Mukeka di Rato

Perguntas: Cremogema
Resposta: Mzine M.D.R

O Mukeka di Rato já se tornou uma instituição do hardcore, essa era uma das pretensões da banda a 13 anos atrás?

Não, a gente não tinha pretensão nenhuma, era um bando de moleque tocando mesmo sem saber exatamente o que estava fazendo. Hoje em dia vemos o respeito que ganhamos de algumas pessoas, dos guris, é gratificante, já que dinheiro a gente não ganha mesmo heheheheh

Qual o aprendizado adquirido neste tempo?

Respeito, entender que a banda é uma válvula de escape, que temos amigos em todos lugares do mundo, e que viajamos, nos divertimos, distribuímos nosso material e as vezes ainda ganhamos uma merrequinha.

A cada disco lançado pode se perceber o teor de violência sonora e sarcástica aumentar, essa é a proposta do quarteto?

A gente é bem livre, por exemplo, apesar de ter algumas letras e bases já engatilhadas não tenho a mínima noção do que será o novo disco do mukeka, acredito que deve vir bem pesado sim, mas nada impede a gente de fazer um disco meio fugazi, um disco mais rock n roll, ou um disco hc tosco fyp, ou na linha do mukeka mesmo, ou com tudo isso misturado, como costuma ser, mas realmente o carne assustou um pouco porque todo mundo quando ficou sabendo que a gente assinou com a deck achou que íamos abrir as perninhas.

Quais os principais aspectos da mini turnê realizada na terra do sol nascente ?

Essa foi uma parada impressionante que eu acho que dificilmente qualquer coisa que a gente faça em outro lugar vai ser igual, acho que até mesmo pro japão se voltarmos, o que eu acho impossível, não seria igual essa primeira. Um amigo nosso editou e decupou alguns vídeos do japão e também depois de uma tour que fizemos na américa do sul. Essa tour da américa do sul foi muito boa, mas em relação as imagens que ele tinha visto antes falou comigo algo do tipo, nossa, como foi ruim essa tour ai da américa né? É que realmente as coisas foram muito impressionantes por la no japão, fica o aprendizado ai pra sempre e a memória.

O punk foi uma base de protesto para o Mukeka?

Sei la, talvez quando criança sim, mas eu não tenho nada a ver com o punk e acredito que os outros integrantes também não. Talvez o sandro tenha sua veia política bem mais forte e latente do que a gente, mas também não creio em envolvimento dele com movimentos punk.

O que representa a volta do Sandro para o M.D.R?

Representa a volta da alma da banda, e retornar no tempo, tocar com mais alegria.

As principais influências da banda, tanto sonoras como políticas?

Fyp, nirvana, hc nacional anos 80, hc finlandês anos 80, dk, black flag, fugazi. Referencias políticas prefiro não citar nenhuma, somos influenciados por tudo que esta nos atingindo no dia a dia, seja um livro do george orewal ou uma noticia no jornal nacional mentirosa.

Bate e volta:

4 bandas nacionais:Discarga, leptospirose, zemaria, assflavor

4 bandas internacionais: Não tenho escutado nada gringo atualmente, só as bandas antigas.

1 livro: O ultimo que li foi o que editei, “guitarras e ossos quebrados”
1 cd: Fyp – toylet kids bread

Nos tempos livres: Bebo e como.

Uma frase: Não fume maconha, chupe laranja.

O que era para ser uma “onda” ainda pertuba, falo dos emos … você que acredita que eles sejam um mal necessário ou algo totalmente inútil?

Mais uma moda igual todas outras ridículas, raves, trance, anos 80, folk, terninhos, tudo é moda, umas dão mais ou menos dinheiro, outras incomodam mais ou menos, to cagando e andando pra isso.

O que planejam para 2009?

Eu acredito que vamos gravar um disco novo mas isso não é certo. Tinah vontade de lançar um dvd do japão mas também não eh nada certo. Faremos em abril uma tour com vivisick e fuck on th ebeach do japão, e pretendemos mais pro final do ano ou meio fazer uma tour no nordeste, local que estamos muito empolgados em tocar mais. Gostaria muito de tocar também em Belém, Cuiabá e/ou Palmas, três locais que não conhecem e me falaram bem.

Você (Mozine) é um dos integrante com maior participação nas composições, de onde vem inspiração?

No mukeka pode-ser dizer que fica 50 / 50 comigo e com sandro. Sinceramente não sei da onde vem a inspiração, acredito que já tenho um “manual” pra fazer letras e musicas pro mukeka, acho que posso fazer uma nova letra ou nova musica agora se quiser, sem inspiração, mas obvio que as vezes surge uma idéia, um trocadilho que se destaca dos outros, geralmente vem das gírias que usamos no dia a dia, etc.

Qual o intuito de disponibilizar a discografia da banda para download “ exceto o disco carne” no site tramavirtual?

Tentar ganhar algum dinheiro, já que é inevitável que a discografia esteja toda disponível em diversos blogs, etc.

O que a banda pensa sobre a pirataria? Sobre idéias circularem de os downloads passarem a ser remunerados?

Acho que a não venda de cds atual, é uma situação que vai alem da pirataria, alem dos downloads, além de tudo isso, é uma mudança cultural muito mais profunda. Eu acredito sim que downloads remunerados ou bancados por grandes empresas possam sim dar algum dinheiro pra bandas e gravadoras novamente, mas acrdito que o somatório de tudo vai sero mais interessante. Myspace é sem duvida uma ferramenta muito útil para as bandas em diversos aspectos mas não me conformo em imaginar que a banda vai ser resumir apenas a ter suas musicas ali vinculados, acho estranho não ter um vinil, um cd, por isso acredito que por mais que essas antigas mídias não sejam um produto lucrativo de mercado, nunca deixaram de existir.

O cd intitulado “Carne” teve a repercussão que você esperava?

Sim, até maior, mas não teve a vendagem esperada, que foi bem baixa, mas a gente está muito satisfeito com o cd, nosso publico e a critica em geral também.

Como foi o processo desde a criação das músicas, aos shows deste trabalho?

O processo foi rápido e despretencioso como sempre no mukeka, temos uma incrível dificuldade pra nos reunirmos porque nosso baterista mora em são paulo, então começamos a fazer algumas musicas eu, paulista e sandro e depois fomos passando pro brek, e depois no carnaval ele veio ao ES, nos enfurnamos numa casa terminando e fazer algumas outras musicas e completamos pro disco.

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Cremo
Sejam bem-vindos ao meu mundo onde a música é pesada, a arte visual é uma paixão e a tecnologia é uma busca incessante pela excelência. Sou um aficionado por Death, Thrash, Grind, Hardcore e Punk Rock, trilhando os ritmos intensos enquanto mergulho no universo da fotografia. Mas minha jornada não para por aí; como programador e analista de segurança cibernética, navego pelas correntes digitais, sempre sedento por conhecimento e habilidades aprimoradas em um campo em constante mutação. Fora do reino virtual, vibro intensamente com as cores do Boca Juniors, e meu tempo livre é uma mistura de leitura voraz, exploração de novos lugares e uma pitada de humor. Seja nas areias da praia, nas trilhas das montanhas, acampando sob as estrelas ou viajando para terras desconhecidas, estou sempre pronto para a próxima aventura. E claro, não há nada que eu ame mais do que arrancar um sorriso do rosto das pessoas com minhas piadas e brincadeiras. Junte-se a mim nesta jornada onde a música, a tecnologia, o esporte e o entretenimento se entrelaçam em uma sinfonia de diversão e descobertas. E lembrem-se: Hail Odin e um firme 'foda-se' ao fascismo e ao nazismo!