entrevista
1- Necropsya está próximo de completar 13 anos, o numero do azar para muitos, conte-nos qual o apredizado que o underground deu nestes anos todos?
Salve à todos! Olha, neste tempo de banda, pudemos realmente sacar como é a cena só nestes últimos anos, que foi quando nos levamos mais a sério. Em poucas palavras, é um meio tortuoso, mas se você tem pessoas empenhadas e com paixão pelo o que fazem, já é um bom começo. O profissionalismo se constrói.
2- A banda começou fazendo covers para depois focar na musica autoral, por que esta escolha de fazer covers primeiro ?
Pois nossa posição é de que piazada de 15 anos na cara, como tínhamos na época, aprendendo a tocar um instrumento quererem já fazer música autoral é um tanto presunçoso! (risos). Nossa caminhada como músicos e compositores só se deu quando aprendemos a tocar as músicas dos nossos ídolos. Então, nossos primeiros anos nem havia o nome ‘Necropsya’, fazíamos tributos de várias bandas de metal, e a vontade de compor depois veio naturalmente.
3- “Destroy” foi a primeira demo lançada, porém não foi um material gravado de uma vez, e sim um apanhado de todas as faixas lançadas ao longo do tempo, foi a decisão mais viável na época?
Na verdade, não. Em 2005, fizemos a gravação de 3 músicas em um estúdio de um amigo, e divulgamos elas na internet para o pessoal baixar. Ao ver que houve repercussão por parte de produtores de fora, prensamos algumas cópias para divulgação, incluindo uma faixa que gravamos com a antiga formação, em 2003. O resultado destas 3 faixas com a antiga resultaram no EP Destroy, mas ao fim das contas, ele nem foi comercializado.
4- O primeiro álbum de fato só foi lançado em 2007, qual experiência foi levada para o estúdio nessa época?
A experiência das gravações anteriores, como músicos. Quem é músico sabe o nervosismo que dá na primeira gravação, isso foi algo que pudemos trabalhar, na época. Saber ouvir o produtor também é essencial. Para você ter uma idéia, começamos a gravar em 2006, mas fazendo, refazendo, e mexendo, acabamos lançando no ano seguinte, o que também nos ensinou a não ser tão perfeccionista. Talvez hajam mais coisas, mas de importante está aí!
5- Como foi dividir palco com Master, Krisiun, Chakal, Torture Squad?
Do caralho! Uma das realizações que tivemos com esta banda é a satisfação de dividir o palco e a experiência de estrada com cada uma destas e várias outras bandas de muito calibre que já tocamos – Claustrofobia, Overkill, Ratos de Porão, etc. Ver os caras na tua frente então fazendo a sonzeira então, nem se fala.
6- Jogo rápido:
4 bandas nacionais:
Citando as undergrounds: Krucipha (Ctba), Error (Foz do Iguaçu), Satisfire (Guarapuava) e Semblant (Ctba)
4 bandas internacionais: Generation Kill (EUA), Wargasm (EUA), Kuazar (Paraguai) e Climatic Terra (Argentina)
1 livro: Alucinações Musicais (Oliver Sacks)
1 cd: O nosso! Escute o “Distorted” no www.necropsya.net de graça.
Metal: no nosso DNA!
Familia: base primordial para cada um se respeitar.
Brasil: um lugar que iremos rodar muito pra tocar!
Uma frase: Lute ponto a ponto, e nunca desista.
7- Vocês vão tocar no Otacilio Rock festival, qual a expectativa? O que vocês conhecem do fest?
Estamos preparando nosso show de nº 100 nesse fest, então será especial. Fazem 3 anos que não tocamos no fest, já fomos convidados outras vezes, e curtimos tanto a infra-estrutura do local que acabamos até por ir mesmo como ouvintes, pois o lugar é foda e a interação com a galera é animal!
8- 2011 a banda recebeu o prêmio de melhor banda de Curitiba, como foi a recepção deste prêmio? Pode nos dar detalhes de como tudo aconteceu? Foi uma disputa, tinham bandas pré escolhidas?
Na verdade, recebemos o prêmio de “Melhor banda de rock/metal em 2010”. O prêmio Ivo Rodrigues foi um evento para fomentar a cultura do rock na cidade, capitaneado pela equipe que integra parte da cena curitibana – donos de zines, blogs, formadores de opinião, músicos e outros. Entre as outras categorias, várias bandas foram premiadas com um jurado, e a votação do público como sendo um jurado a mais. A recepção deste prêmio foi maravilhosa, começamos a dar mais a cara e ser reconhecidos.
9- Quais as principais influencias literárias da banda?
Liricamente é difícil dizer, nenhuma música que fizemos foi baseado em alguma outra obra literária. Não que isso não acontecerá, mas por ora, temos muito o que falar ainda só pelo o que vemos e passamos. Para não morder a língua, a música “Stress” é inspirada no filme “Um dia de fúria”, com o Michael Douglas.
10- O que vocês procuram expressar em suas letras?
Como a resposta acima já sugere, experiências pessoais. A nossa constante busca de equilíbrio dentro da sociedade tão desequilibrada nos dá muito pano pra manga para escrever letras.
11- Contatos:
Entrem em contato conosco pelo nosso facebook.com/necropsyabr ou no e-mail [email protected] para compras de nosso material e informações gerais da banda. Nosso site www.necropsya.net está recheado de informações, vídeos, músicas dos álbuns passados, fotos e, em breve, uma loja virtual.
12- Mensagem:
Agradecemos à todos que leram, espero que vocês tenham gostado. Apóiem a música autoral de qualidade e se o metal é tua praia, se sinta à vontade ouvindo nosso som, nos dê feedback, entrem em contato. A cena se faz com a interação e nisso queremos vê-los, especialmente nos nossos shows. Um abraço!