É com grande prazer que faço este bate papo com EDU (NERVOCHAOS) um grande colaborador da cena underground brasileira!
1- Bem EDU apesar que o OBITUARY não tocou aqui em UBERLÂNDIA, mas os shows das outras bandas foi demais! NERVOCHAOS, ESCARAVELHO DO DIABO, SCOURGE E ACHERON detonaram! O que você achou do publico de Uberlândia e da cidade em si?
(Edu) É verdade, foi uma pena o que aconteceu com o OBITUARY, mas como você falou, as demais bandas representaram muito e a galera apoiou em peso. Para nós, tocar em Uberlândia pela primeira vez foi um enorme prazer e uma grande honra, gostamos muito e esperamos poder voltar em breve para mais. O público é insano, mostrando que a cena vive forte como nunca e em um excelente momento.
2-O NERVOCHAOS conseguiu cativar intensamente o publico daqui a galera de Uberlândia curtiu pacas o som da banda, vocês gostariam de tocar aqui novamente?
(Edu) É claro que sim. Ficamos muito honrados com a resposta positiva por parte do público, fizemos novos amigos e reencontrarmos alguns antigos também. E ainda, tivemos a oportunidade de dividir o palco com grandes bandas. Foi excelente, espero voltarmos em breve para mais.
3-Fale um pouco do novo trabalho da banda!
(Edu) O novo CD se chama “To The Death” e será lançado pela Cogumelo. É o nosso sexto trabalho, sendo o quinto de estúdio. Nele temos participações especiais de alguns guitarristas como o Jão (Ratos de Porão), Antônio (Korzus), Zhema (Vulcano), Cherry (Hellsakura) e Ralph Santolla (Deicide). A capa e contracapa foram feitas pelo mestre Joe Petagno (Motorhead, Krisiun, Led Zeppelin,…) e a parte gráfica pelo Fernando (Drowned). O CD foi mixado e masterizado na Itália, pelo Alex Azzalli (Mortuary Drape, Grave, Ragnarok,…) e a primeira prensagem vem com um presente especial para os fãs. O novo trabalho também será lançado em formato de vinil.
4-Qual o foco principal que o NERVOCHAOS aborda em suas letras?
(Edu) Nossa temática é basicamente focada em temas satânicos, de guerra, alguma coisa splatter e algo da dura realidade do dia-a-dia também. Não somos uma banda politizada e também não nos prendemos a rótulos pré estipulados que assolam a cena.
5-Cite 5 bandas nacionais e internacionais que você mais curte!
(Edu) Bem difícil essa pergunta, pois são várias as bandas que curtimos, mas vou tentar resumir em cinco conforme solicitado. Nacionais: KRISIUN, ANARKHON, IMPERIOUS MALEVOLENCE, DECOMPOSED GOD, HAMMURABI Internacionais: MORBID ANGEL, MARDUK, IRON MAIDEN, SLAYER, MOTORHEAD
6-Todos sabemos o quanto é difícil manter uma banda no nosso país,no seu ponto de vista o que tem que ser mudado no nosso país? O que deve mudar na cultura ?
(Edu) Realmente é bem complicado viver da música no Brasil, em especial da música extrema. Acredito que o país tem evoluído bastante, não só na cena mas como um todo, ou seja na parte social e financeira também. Acho que é cultural isso e um dos maiores empecilhos é a dificuldade de se fazer shows fora dos finais de semana, o que dificulta muito a realização de uma turnê completa em um espaço de tempo reduzido, como na Europa ou nos EUA. Como uma banda se faz ao vivo e vive dos shows, isso com certeza é um grande obstáculo cultural a ser vencido.
7-No seu ponto de vista qual a principal diferença na cultura underground brasileira para a de outros países?
(Edu) Headbanger é headbanger em qualquer lugar do planeta, não importa a sua raça, condição social, religião,…., a postura e as atitudes são bem similares em todos os lugares do mundo. O que vemos são regiões mais carentes de shows, onde o público é mais receptivo e mais empolgado com os shows do que em regiões onde os shows são mais frequentes, não que um seja melhor do que o outro, são somente maneiras diferentes de curtirem e apoiarem a cena. São muitas nações mas somente um underground.
8-No meu ver o que mais atrapalha uma banda são as constantes mudanças de formação, encontrar bons músicos é difícil, acima da musicalidade você acha que uma banda tem que priorizar a amizade?
(Edu) É verdade, as mudanças de formação de fato atrapalham bastante, mas muitas vezes as mudanças são necessárias para que a banda continue desenvolvendo um trabalho sincero e de qualidade. Tocar numa banda de música extrema não é para todos e sim algo que somente alguns conseguem fazer. A amizade, o respeito e o bom relacionamento numa banda é essencial. Todos precisamos estar com os mesmos objetivos, com a mesma dedicação e é claro conseguir conviver bem juntos.
9-Qual o show mais emocionante que o NervoChaos fez no Brasil? Conte sobre esse show!
(Edu) Todos os shows são especiais e importante para nós. Sempre nos dedicamos 120% em cada um destes shows, pois para nós uma banda se faz ao vivo e nós queremos sempre oferecer o melhor de nós para aqueles que nos apoiam e comparecem aos shows. Estamos fazendo a nossa nova turnê e esperamos poder voltar aos locais que já passamos e também tocar por novos locais onde ainda não atingimos.
10- Vou encerrando por aqui agradeço demais a sua atenção EDU! Me desculpe as perguntas toscas que eu fiz kkkkkkkk!Deixe um recado para os leitores do CULTURA EM PESO e para os fans do NERVOCHAOS , MUITO OBRIGADO E LONGA VIDA AO METAL NACIONAL!
(Edu) Muito obrigado a você pela excelente entrevista, pela oportunidade e pelo espaço cedido ao NERVOCHAOS. Continuem apoiando a sua cena local. Vejo vocês na estrada! To the death!